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Influência da progesterona sobre a próstata do gerbilo (Meriones unguiculatus) = interações com o estrógeno e com a testosterona = Progesterone influence on gerbil (Meriones unguiculatus) prostat e: interactions with estrogen and testosterone / Progesterone influence on gerbil (Meriones unguiculatus) prostate : interactions with estrogen and testosterone

Orientador: Sebastião Roberto Taboga / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Biologia / Made available in DSpace on 2018-08-22T21:03:05Z (GMT). No. of bitstreams: 1
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Previous issue date: 2013 / Resumo: A próstata, glândula do sistema genital que tem origem embrionária a partir do seio urogenital, não é exclusiva do sistema reprodutor masculino, sendo também encontrada em fêmeas de vários mamíferos, incluindo humanos e roedores. No macho ela pode apresentar-se altamente desenvolvida em razão da maior quantidade do hormônio testosterona, e, apesar de pouco desenvolvida em fêmeas, devido à baixa quantidade desse mesmo tipo hormonal, é uma glândula funcional. Em fêmeas adultas de gerbilos, a próstata possui uma localização parauretral, exibindo íntimo contato com a parede proximal e medial da uretra, a qual é homóloga a próstata ventral de roedores machos. Embora se conheça a influência da progesterona na fisiologia do sistema reprodutor feminino e masculino, poucos estudos exploram a sua influência, especificamente, sobre a glândula prostática. Desta forma, este trabalho avaliou os aspectos morfofuncionais da glândula prostática masculina e feminina, resultantes da influência da progesterona, e de suas interações com o estradiol e a testosterona. Para isso, gerbilos machos e fêmeas foram castrados cirurgicamente no início do período puberal, aos 45 dias de idade. Ao completarem 90 dias de idade, os gerbilos receberam doses subcutâneas de progesterona ou desse somado a estradiol e testosterona, durante 14 dias. Nos animais castrados de ambos os sexos a próstata mostrou uma morfologia regredida, com uma redução significativa na sua capacidade de secreção, da quantidade de células receptoras de androgênio (AR) e receptoras de estrógeno ? (ER?), porém sem alterar a marcação para receptor de estrógeno ? (ER?). Dessa forma, a castração cirúrgica foi bastante importante, uma vez que permitiu mimetizar de forma satisfatória um ambiente prostático com baixos níveis hormonais. Nos dois sexos, a administração de progesterona isoladamente conseguiu reverter alguns desses efeitos, com uma melhora considerável no padrão secretório da glândula, porém estruturalmente essas mudanças ocorreram de forma moderada. Nesses animais, foi observado um aumento expressivo dos ERs ? e ?, além da presença de células receptoras de progesterona (PR). Em relação aos ARs foi evidenciado que a progesterona pode apresentar características indutoras ou inibitórias dependendo da sua concentração. O tratamento, simultâneo com a progesterona, de estradiol e testosterona desencadeou uma reestruturação glandular mais intensa nos machos e fêmeas, resultando em hipertrofia e hiperplasia do epitélio e do estroma glandular, recuperação do padrão de secreção e amplitude alveolar. Essas características, no entanto, foram acompanhadas pelo surgimento de lesões prostáticas como neoplasias intraepiteliais e o surgimento de debris celulares. A interação da progesterona com o estradiol também regulou positivamente os AR, ER? e ER?, porém não apresentou qualquer efeito sobre os PRs quando comparado aos animais tratados somente com progesterona. Em adição, nesses animais houve um aumento acentuado da proliferação celular, o qual foi contrabalanceado pelo aumento também do índice de morte celular. Nos animais tratados com progesterona e testosterona, a próstata também se desenvolveu e mostrou um aumento das células AR-positivas e do índice apoptótico, havendo, entretanto uma redução dos ER?, ER? e PR. Dessa forma, é razoável concluir que a próstata feminina e masculina comporta-se de forma bastante semelhante frente à ação dos hormônios progesterona, estradiol e testosterona. Ademais, embora a progesterona apresente efeitos estruturais razoáveis na glândula prostática, a sua interação com o estrógeno e a testosterona é capaz de promover uma intensificação desses efeitos, sem recriar, porém um ambiente homeostático semelhante aos dos animais intactos. A progesterona também mostrou ser um fator regulador em potencial da atividade proliferativa e apoptótica prostática, opondo-se aos efeitos da testosterona e do estradiol. Outro fator importante é a descoberta de que a progesterona pode induzir ou inibir a presença de células AR-positivas na glândula, e que esse dualismo funcional é resultado do efeito dose-dependente desse hormônio sobre a próstata / Abstract: The prostate is a gland of reproductive system that arises from the urogenital sinus, being located around the urethra below the bladder. The existence of this gland is not exclusive of the male reproductive system, being found in females of various species, including rodents and humans. In the male, it can be highly developed due to the increased amount of the testosterone, and although poorly developed in females, due to the low quantity of this hormone, it is a functional gland. The prostate of female gerbils has a paraurethral location, showing a closer contact with the proximal and medial urethra wall, being homologous to the ventral prostate of male rats. This study evaluates the morphofunctional aspects of the prostate gland in males and females, regarding the influence of progesterone, and their interactions with estradiol and testosterone. For this, male and female gerbils were surgically castrated in early pubertal period, at 45 days of age. At 90 days of age, the gerbils received subcutaneous doses of progesterone alone or associated to testosterone or estradiol during 14 days. In castrated animals of both sexes, prostate showed a regressed morphology, with a significant reduction in its secretion capacity, the amount of androgen receptor cells (AR) and estrogen receptor ? (ER?), but without changing the labeling for estrogen receptor ? (ER?). Thereby, surgical castration was very important, since it allowed mimetize a prostatic environment with low hormone levels. In both sexes, the administration of progesterone alone could reverse some of these effects with a considerable secretion improvement, but structurally these changes occurred in a moderate way. In these animals, we observed a significant increase of ER ? and ?, besides the presence of progesterone receptor (PR) cells. Regarding ARs, it was shown that progesterone can have inductor or inhibitory characteristics depending on its concentration. The treatment with progesterone plus estradiol and progesterone plus testosterone triggered a more intense prostate restructuration in male and female, resulting however in a hypertrophy and hyperplasia of the glandular epithelium and stroma, besides recovery of the alveoli amplitude and pattern of cellular secretion. These characteristics, however, were followed by the development of prostatic lesions like intraepithelial neoplasia and cellular desquamation. The progesterone and estradiol interaction also upregulated the AR, ER? and ER?, however had no effect on the PRs when compared to the animals treated with progesterone alone. In addition, in these animals there was a marked increase in cellular proliferation, which was counterbalanced by increased cell death. In animals of either sex treated with progesterone and testosterone, the prostate also became developed and showed an increase of AR-positive cells and apoptotic index, although there was a reduction of ER?, ER? and PR. Thus, it is reasonable to conclude that the female and male prostate behaves similarly after the progesterone, estradiol and testosterone administration. Moreover, although the progesterone has reasonable structural effects on the prostate gland, its interaction with estrogen and testosterone can intensificate these effects, but do not recover a homeostatic environment similar to that of intact animals. The progesterone also proved to be a potential regulatory factor of the proliferative and apoptotic activity, opposing the effects of testosterone and estradiol. Another important finding is that progesterone can induce or inhibit the presence of ARpositive cells in the gland, and this functional dualism is the result of dose-dependent effect of this hormone on the prostate / Doutorado / Biologia Celular / Doutor em Biologia Celular e Estrutural

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:repositorio.unicamp.br:REPOSIP/317913
Date25 February 2013
CreatorsFochi, Ricardo Alexandre, 1982-
ContributorsUNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS, Taboga, Sebastião Roberto, Oliveira, Classius de, Ribeiro, Daniele Lisboa, Fávaro, Wagner José, Junior, Luis Antonio Justulin
Publisher[s.n.], Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Biologia, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Estrutural
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Format164 p. : il., application/pdf
Sourcereponame:Repositório Institucional da Unicamp, instname:Universidade Estadual de Campinas, instacron:UNICAMP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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