Return to search

Usos do passado Leitura da História na perspectiva jornalística de Laurentino Gomes no livro 1808

Made available in DSpace on 2015-05-14T12:23:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1
arquivototal.pdf: 1656718 bytes, checksum: 72173d4957ea10f577c37272ec9fe3cf (MD5)
Previous issue date: 2013-08-26 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES / Through the growing number of works of historical content written by journalists, accompanied by a significant rate of sales in the Brazilian publishing market, this paper proposes a case study having as object the book 1808 - As a mad queen, a prince and a nervous corrupt court deceived Napoleon and changed the history of Portugal and Brazil, the journalist Laurentino Gomes. As in the production of this type parameter are historiographical works and procedures aimed to understand how an author who has no historical training develops your "mechanics" of production, ie, a method of writing, the "handle" works of historians and extract these elements to the disclosure of their interpretations and construction of his narrative about the past, whose intention goes through the configuration of a palatable and attractive text about what happened. It is perceived that such production provides a fine line between history and journalism, to use elements from both camps. In this dissertation, raised the hypothesis that the work of Laurentino Gomes can be understood as a product of historical culture, when considering that revisiting the past is not an exclusivity of the historian. Although books like this said journalist contributing to the popularization of historical knowledge, not always depict plausibly, ie without anachronisms. Appears that 1808, to be "made-up" as a work of history, although its author emphasizes that this is journalism, brings the main epistemological implication of the fact to be taken by society as historiographical reference, as if the "make history "in the sense of institutionalized and metodizado knowledge was not restricted to the production of professional métier. Therefore, the practice of writing about the past can t historiographical legitimacy, but it is legitimized by the market-intakes and the social practices of reading, inserted in the cultural industry "past as a commodity." / Mediante o crescente número de obras de conteúdo histórico escritas por jornalistas, acompanhado por um expressivo índice de vendas no mercado editorial brasileiro, a presente dissertação propõe um estudo de caso tendo como objeto o livro 1808 Como uma rainha louca, um príncipe nervoso e uma corte corrupta enganaram Napoleão e mudaram a história de Portugal e do Brasil, do jornalista Laurentino Gomes. Como em produção desse tipo o parâmetro são obras e procedimentos historiográficos, objetivou-se entender como um autor que não tem formação histórica desenvolve sua ―mecânica‖ de produção, ou seja, um método de escrita, ao ―manipular‖ obras de historiadores e extrair delas elementos para a evidenciação de suas interpretações e construção de sua narrativa sobre o passado, cuja intenção perpassa pela configuração de um texto palatável e atraente sobre o acontecido. Percebe-se que tal produção estabelece uma linha tênue entre a História e o Jornalismo, ao recorrer a elementos de ambos os campos. Nesta dissertação, levantou-se a hipótese de que a obra de Laurentino Gomes pode ser compreendida como uma produção de cultura histórica, ao se considerar que revisitar o passado não é uma exclusividade do historiador. Embora livros como esse do referido jornalista contribuam para a popularização do saber histórico, nem sempre o retratam de forma plausível, ou seja, sem anacronismos. Constata-se que o 1808, ao ser ―maquiado‖ como obra de História, embora seu autor enfatize que se trata de trabalho jornalístico, traz como principal implicação epistemológica o fato de ser tomado pela sociedade como referencial historiográfico, como se o ―fazer histórico‖, no sentido de conhecimento institucionalizado e metodizado, não estivesse restrito à produção dos profissionais do métier. Portanto, tal prática de escrever sobre o passado não consegue legitimação historiográfica, mas é legitimada pelos aportes mercadológicos e pelas práticas de leitura sociais, inseridas na indústria cultural do ―passado como mercadoria‖.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.biblioteca.ufpb.br:tede/6002
Date26 August 2013
CreatorsBezerril, Simone da Silva
ContributorsFlores, Elio Chaves
PublisherUniversidade Federal da Paraí­ba, Programa de Pós-Graduação em História, UFPB, BR, História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFPB, instname:Universidade Federal da Paraíba, instacron:UFPB
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess
Relation2600208937974908513, 600, 600, 600, 600, 2149169990424633167, -3840921936332040591, 3590462550136975366

Page generated in 0.0035 seconds