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"Não sei e não quero dizer" : tortura e infância na ditadura civil-militar brasileira (1964-1985)

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Previous issue date: 2015-06-30 / Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / This thesis analyzes the use of children of leftist activists in
their torture sessions conducted by the repressive apparatus of
the Brazilian civil-military dictatorship. Such apparatus made
use of several methods to eliminate the organized left and its
activists, who were considered as subversives according to the
National Security Doctrine, and effectively turned torture into
state policy. The dictatorial regime was aware of international
standards regarding Rights of the Child, having addressed
similar issues internally within Brazil through legislation and
reforms. Yet, they were violating some of these same rights and
standards with various, torturous methods to repress the
dissent. Documents were researched for this thesis at two
archives, Arquivo Público do Estado de São Paulo and Arquivo
Edgard Leuenroth. Such research disclosed a series of
complaints concerning the use of children in torture sessions
and these are here used as documentary sources. Such claims
contradict the representations of childhood the regime was
trying to propagate at the time, which was of a nation
concerned with its children. Narratives about the subject are
also elaborated in the present, notedly within truth
commissions. In addition to the archival documents,
testimonies given to the National Truth Commission as well as
the State of Sao Paulo Truth Commission and available trough
the National Truth Commission Final Report and the book
Infância Roubada issued by the Sao Paulo Commission are
also taken as documentary sources. These testimonies allows us
first hand access to the perspectives of the victims of these
crimes which are analyzed from a History of the Present Time
theoretical framework. / Esta dissertação aborda o uso de crianças, filhos e filhas de
militantes de esquerda, em sessões de tortura levadas a cabo
pelo aparato repressivo da ditadura civil-militar brasileira
contra os mesmos. Entende-se que tal aparato utilizou-se dos
mais diversos recursos para levar a cabo seu projeto de
eliminação das esquerdas organizadas e seus/suas militantes,
considerados/as subversivos/as de acordo com os preceitos da
Doutrina de Segurança Nacional, tendo sido a tortura uma
política de Estado no período. Compreende-se que o regime
civil-militar deu atenção a questões ligadas à infância e estava
em sintonia com os debates internacionais acerca dos Direitos
da Criança, não tendo, contudo, agido de acordo com os
mesmos. A partir de pesquisa no Arquivo Público do Estado de
São Paulo e no Arquivo Edgard Leuenroth uma série de
denúncias, feitas à época, de casos de tortura envolvendo
crianças foi encontrada e é aqui utilizada como fonte
documental. Essas denúncias contrapõem as representações que
o Estado brasileiro fazia então acerca da infância. Também
narrativas sobre tais práticas são elaboradas no presente,
notadamente a partir da criação de comissões de verdade, e o
conjunto de fontes documentais aqui utilizado é ainda
composto pelo Relatório Final da Comissão Nacional da
Verdade e do livro Infância Roubada, produzido pela Comissão
da Verdade do Estado de São Paulo Rubens Paiva . Tais
documentos permitem acessar os testemunhos das vítimas da
repressão e os mesmos são aqui abordados pela perspectiva da
História do Tempo Presente.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:tede.udesc.br #179.97.105.11:handle/1471
Date30 June 2015
CreatorsCardoso, Luisa Rita
ContributorsArend, Silvia Maria de Fávero
PublisherUniversidade do Estado de Santa Catarina, Mestrado em História, UDESC, BR, História
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UDESC, instname:Universidade do Estado de Santa Catarina, instacron:UDESC
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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