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Idosos com e sem plano de saúde no município de São Paulo: estudo longitudinal, 2000-2006 / Elderly people with and without health care provider at São Paulo city: longitudinal study, 2000 2006.

Introdução: Um dos impactos sociais do envelhecimento diz respeito à oferta e demanda de serviços de saúde. O sistema brasileiro garante a prestação de serviços públicos em caráter universal e admite a participação do mercado na provisão de tais serviços. Assim, todo cidadão é usuário potencial de provedores de serviços financiados pelo Estado e pode, simultaneamente, usar provedores de natureza privada. Objetivo: Identificar a ocorrência de mudança de provedor prioritário de serviços de saúde, bem como características socioeconômicas e epidemiológicas e respectiva associação com a condição de ter ou não ter plano de saúde, na população idosa do município de São Paulo, no período 2000 / 2006. Material e método: estudo de coorte desenvolvido no âmbito do Estudo SABE (Saúde, Bem-Estar e Envelhecimento). A coorte iniciou-se em 2000 com 2.143 participantes de 60 anos e mais e, em 2006, contava com 1.115 pessoas. A variável dependente é ter plano de saúde e as independentes abrangem características sociais e demográficas; morbidade referida; autoavaliação de saúde; atividades básicas de vida diária; ações de prevenção e uso de serviços de saúde. Os dados, obtidos por meio de entrevista domiciliar, foram analisados de forma descritiva e pelo desenvolvimento de um modelo de regressão logística por passos (stepwise). Resultados: Há diferenças, favoráveis aos titulares de planos, nas variáveis renda, escolaridade e condições de vida pregressa. O grupo sem planos privados realizou menos prevenção contra neoplasias e mais contra doenças respiratórias; esperou mais para ter acesso a consulta de saúde; realizou menos exames pós consulta; referiu menor número de doenças; teve maior proporção de avaliação negativa da própria saúde e relatou mais episódios de queda. Os titulares de planos privados relataram menos dificuldades no desempenho em ABVD e menor adesão à vacinação. Dentre os titulares de planos que se internaram, em 2000, 11,1por cento tiveram sua internação custeada pelo SUS. Em 2006 essa proporção se eleva para 17,9por cento . A única enfermidade associada à condição de titular de plano privado foi a osteoporose. Não houve mudança significativa entre provedores prioritários de serviços de saúde. Conclusão: as associações encontradas relacionaram-se mais às questões sociais e demográficas e ao uso de serviços do que às condições de saúde dos indivíduos / Background: Population aging influences the offer and search for health services. The Brazilian health system (Sistema Único de Saúde SUS) warrants universal access to public health services and allows the participation of the private sector. Thus, each and every citizen is a potential user of services both provided by the State and by the private sector. We assume that private health insurance holders will have their health services preferentially provided by the private sector. Objective: To identify the occurrence of changes in priority health care provider, as well as socioeconomic and epidemiologic characteristics associated with having or not private health insurance in the elderly population in the city of São Paulo from 2000 to 2006. Methods: retrospective cohort study carried out as part of the Survey on Health and Wellbeing of Elders (SABE Saúde, Bem-estar e Envelhecimento). This cohort started in 2000 with 2,143 participants aged 60 years and, in 2006, had 1,116 participants. Having a private health insurance is the dependent variable and independent variables include sociodemographic characteristics; referred morbidity, self-assessment of health, basic activities of daily living (BADL), preventive actions and the use of health services. Descriptive analysis and stepwise logistic regression were used to assess data collected in home visits. Results: There were significant changes in income, scholarship and earlier life conditions in favor of insurance holders. The group that had no private health insurance was less subjected to cancer and more subjected to respiratory disease prevention, waited longer for health appointments, did less postappointment examinations, had a more negative self-assessment of health and reported higher frequency of falls. Private health insurance holders reported less difficulty to perform BADL and lower adhesion to vaccination campaigns. Among holders that were hospitalized, 11.1per cent had their medical expenses paid by SUS in 2000 and 17.9per cent in 2006. The only morbidity associated with being a private health care insurance holder was osteoporosis. There were no significant changes in priority health provider throughout time.Conclusion: The study population/group tended to keep the same type of health care provider and associations found were more related to socio-demographic characteristics and the use of services than with health conditions of the elderly

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-14042011-092103
Date12 April 2011
CreatorsElizabeth Sousa Cagliari Hernandes
ContributorsMaria Lucia Lebrao, Claudio Gastão Junqueira de Castro, Ana Maria Malik, Sergio Marcio Pacheco Paschoal, Oswaldo Yoshimi Tanaka
PublisherUniversidade de São Paulo, Saúde Pública, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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