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Trajetórias e resistências de mulheres sob o colonialismo português (Sul de Moçambique, XX) / Lives and women\' s resistence under Portuguese colonialism (Southern Mozambique, XX century)

Esta pesquisa de doutorado teve como objetivo deslindar trajetórias individuais e coletivas das mulheres no Sul de Moçambique sob o jugo do colonialismo português. A partir de diferentes tipologias documentais atinentes à primeira metade do século XX, a investigação buscou compreender como viveram aquelas com o status de indígenas. Ser indígena era estar atrelado ao um status, determinado por um conjunto de leis, decretos e práticas coloniais, que basicamente estabeleceu as relações entre cidadãos (brancos, indianos e negros e mulatos assimilados) e indígenas (africanos/negros), os últimos considerados pelos colonizadores portugueses como sub-humanos e, por isso, relegados à uma cidadania de segunda classe. Nossa proposta foi fazer uma história social e feminista das mulheres indígenas privilegiando a agência feminina tendo em vista (e apesar d)a violência estrutural do projeto de dominação, patriarcal, colonial e capitalista levado à cabo pelos portugueses. Pretende-se demonstrar que as mulheres que viveram no Sul de Moçambique na primeira metade do século XX, apesar da brutalidade misógina expressa tanto pelas tradições africanas como pela administração colonial, foram capazes de ativar diversas estratégias e práticas que contrariavam a dominação masculina. / This PhD research aimed to disentangle individual and collective trajectories of women in southern Mozambique under the control of Portuguese colonialism. From different document types relating to the first half of the twentieth century, the study aimed to understand how they lived those with the status of indigenous people. Being Indian was to be linked to a status determined by a set of laws, decrees and colonial practices, which basically established the relationship between citizens (whites, Indians and blacks and assimilated mulattoes) and indigenous (African / black), the latter considered by Portuguese colonists as subhuman and therefore relegated to one second-class citizenship. Our proposal was to make a social history and feminist indigenous women focusing on women\'s agency for (and despite of) the structural violence of domination project, patriarchal, colonial and capitalist carried out by the Portuguese. We intend to show that women who lived in southern Mozambique in the first half of the twentieth century, despite the misogynist brutality expressed by both African traditions and the colonial administration, were able to various strategies and practices opposed to male violence.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:teses.usp.br:tde-25102016-124247
Date05 August 2016
CreatorsJuliana de Paiva Magalhães
ContributorsMaria Cristina Cortez Wissenbach, Tania Celestino de Macêdo, Fábia Barbosa Ribeiro, Fernanda do Nascimento Thomaz, Stella Maris Scatena Franco Vilardaga
PublisherUniversidade de São Paulo, História Social, USP, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP, instname:Universidade de São Paulo, instacron:USP
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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