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Impacto da gestação na aquisição de medicamentos no Brasil

Introdução: o consumo de medicamentos cresce a cada ano no mundo inteiro e os gastos com estes produtos comprometem grande parte do orçamento doméstico das famílias brasileiras. Sabe-se que as mulheres consomem mais medicamentos que os homens e quando estão grávidas esta prática também é bastante comum, com prevalências variadas, porém expressivas. Objetivos: descrever e comparar a aquisição de produtos farmacêuticos realizada por gestantes, não-gestantes, lactantes e homens, avaliando qual o impacto da gestação na aquisição de medicamentos. Métodos: estudo transversal de base populacional, realizado a partir dos dados disponíveis na Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2002-2003/ IBGE. A pesquisa foi realizada entre julho de 2002 e junho de 2003 e o desenho da amostra foi estruturado para propiciar a publicação de resultados para todo o Brasil. Os dados foram obtidos através de aplicação de questionários específicos sob a forma de entrevista. As informações referentes aos moradores e às despesas individuais com produtos de saúde foram analisadas no programa SPSS 13.0. Resultados: 34,8% da população pesquisada adquiriu algum produto farmacêutico nos 30 dias anteriores à entrevista. As lactantes foram as que mais adquiriram produtos farmacêuticos com 58,4%, seguidas por 53,2% das gestantes, enquanto 29,7% dos homens e 39% das mulheres adquiriram algum produto. As gestantes adquiriram aproximadamente cinco vezes mais vitaminas e antianêmicos do que as outras mulheres. As mulheres nãogestantes gastaram mais dinheiro com medicamentos em todas as idades, já entre 15 e 35 anos as lactantes o fizeram. As gestantes, por sua vez, tiveram um gasto médio proporcional à renda líquida mensal cerca de 45% maior do que as não-gestantes entre 15 e 35 anos.Analisando o gasto médio proporcional à renda líquida mensal estratificado por quintis de renda entre 15 e 35 anos, foi observado que no primeiro quintil, onde se encontram os mais pobres, as gestantes gastaram 40% a mais que as não-gestantes com produtos farmacêuticos, enquanto no quintil 5, onde se encontram os mais ricos, as gestantes gastaram 25% menos que as não-gestantes com a aquisição destes produtos. Conclusão: a gestação leva a mudanças no perfil de aquisição de medicamentos e quanto menor a renda das pessoas, maior o impacto da gestação na aquisição de medicamentos e, por conseqüência, maior o impacto no orçamento e na qualidade de vida das gestantes. / Introduction: medicine’s consumption grows in the whole world every year and the expenses with these products compromise a big amount of the Brazilian families’ budget. It is known that women consume more medicines than men and when are pregnant this practice is also very common and its prevalence may vary but is certainly expressive. Objectives: to describe and compare the purchase of pharmaceutical products by pregnant, non pregnant, breastfeeding women and men, evaluating the impact of pregnancy on medicines’ purchase. Methods: population based study with data available from the Survey on Household Budgets (POF). The research took place between july 2002 and june 2003 and the sample design allows results’ publication for the whole country. The data was obtained by interview with the families and was analyzed in the SPSS 13.0 program. Results: during the research period 0,8% of the population was pregnant, the majority had white skin and more than 30% had few years of study. 34,8% of the population (61.107.726) had purchased at least one medicine on the 30 days before interview. The breastfeeding women purchased more medicines (58,4%), followed by 53,2% of pregnant women, while 29,7% of the men and 39% of non pregnant women purchased at least one medicine. Pregnant women purchased about five times more vitamins and antianemics than non pregnant women. Women expend more money with medicines in all ages, but between 15 and 35 years old the brestfeeding did it. The pregnants had an income’s proportion expense about 45% bigger than women between 15 and 35. Analyzing the average expense and the income’s proportion expense by income level between 15 and 35 years old, we notice that in the first and poorest level pregnant women expend 40% more than non-pregnant women with the purchase of medicines, as while as in the last and richest income level pregnant women expend about 25% less than non-pregnant women with these products. Conclusion: pregnancy leads to changes in the medicines’ purchase profile, and the smallest is the income, the higher is the impact of pregnancy in the purchase of medicines and, by the way, higher is the impact on these pregnant`s budgets and life quality.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/11085
Date January 2007
CreatorsKnop, Flavia Pozzobon
ContributorsMengue, Sotero Serrate
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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