Return to search

O papel da turbinectomia inferiorparcial endoscópica narinosseptoplastia : um ensaio clínico randomizado com avaliação de qualidade de vida

Objetivos: Avaliar o papel da turbinectomia inferior parcial endoscópica (TIPE) na rinosseptoplastia primária sobre os desfechos de qualidade de vida, complicações e tempo cirúrgico. Delineamento: Ensaio clínico pragmático, randomizado, duplo-cego em um centro único e de grupos paralelos. Métodos: Indivíduos maiores de 16 anos, com queixas estéticas e obstrução nasal, candidatos à rinosseptoplastia primária, avaliados entre março de 2014 e maio de 2015, em um Hospital Terciário Universitário no Brasil. Pacientes elegíveis foram randomizados para receberem ou não TIPE concomitantemente à cirurgia. Desfechos: Diferença absoluta dos escores pré e pós-operatórios em qualidade de vida específica, pela aplicação dos questionários Nasal Obstruction Symptom Evaluation Portuguese (NOSE-p) e Rhinoplasty Outcome Evaluation (ROE), e geral, através de aplicação do World Health Organization Quality of Life (WHOQOL)-breve. Os desfechos eram cegados e acessados somente três meses após a cirurgia. O protocolo foi registrado no ClinicalTrials.gov (NCT02231216). Resultados: 50 pacientes foram incluídos, maioria caucasiana com rinite alérgica com sintomas moderados a severos. A média de idade foi 36 (±14,5) anos. Os escores de qualidade de vida específicos e gerais melhoraram independentemente da intervenção TIPE (p < 0,001). ANCOVA foi aplicada para controlar potenciais fatores confundidores. Não houve divergência entre a diferença absoluta nos pacientes submetidos ou não a TIPE nos escores NOSE-p (-50,5 vs. -47,6; p=0,723); ROE (47 vs. 44,8; p= 0,742) e todos os domínios do WHOQOL-breve (p > 0,05). Não houve diferença entre os grupos sobre a presença de complicações. O tempo cirúrgico foi maior no grupo TIPE (212 minutos ± 7,8 vs. 159,1 ± 5,6; p ˂ 0,001). Conclusão: A redução das conchas inferiores através da TIPE durante a rinosseptoplastia primária não melhorou, em curto prazo, a qualidade de vida geral nem específica. O uso de TIPE aumenta o tempo cirúrgico consideravelmente, sem adicionar benefício aos escores avaliados. Não houve diferença na incidência de complicações no pós-operatório, sugerindo a segurança da técnica. / Objectives/Hypothesis: To evaluate the impact of endoscopic partial inferior turbinectomy (EPIT) associated with primary Rhinoseptoplasty on quality of life outcomes (QOL), complications, and surgical duration. Study Design: Randomized clinical trial. Methods: Individuals with nasal obstruction aged ≥ 16 years who were candidates for functional and aesthetics primary Rhinoseptoplasty were evaluated from March 2014 through May 2015 at a tertiary university hospital in Brazil. Eligible participants were randomly allocated to rhinoseptoplasty with or without EPIT. Outcomes: Absolute change (postoperative –preoperative) in the following QOL scores: Nasal Obstruction Symptom Evaluation-Portuguese (NOSE-p), Rhinoplasty Outcome Evaluation (ROE) and World Health Organization Quality of Life (WHOQOL)-bref (to measure general QOL). Outcomes were blindly assessed 3 months postoperatively. The protocol was registered at ClinicalTrials.gov (NCT02231216). Results: Fifty patients were studied. Most were Caucasian and had moderate/severe allergic rhinitis symptoms. Mean age was 36 (±14.5) years. Rhinoseptoplasty was associated with improvement in all QOL scores irrespective of turbinate intervention (P <0.001). ANCOVA was conducted to control for potential confounders. There was no difference between the groups in absolute score changes for NOSE-p (-50.5 vs. -47.6; P=0.723); ROE (47 vs. 44.8; P = 0,742), and all WHOQOL-bref score domains (P >0.05). There were no differences between the groups regarding presence of the complications. Surgical duration was higher in the EPIT group (212 minutes ± 7.8 vs. 159.1 ± 5.6; p ˂ 0.001). Conclusions: Turbinate reduction through EPIT during primary rhinoseptoplasty did not improve short-term general and specific QOL outcomes. The use of EPIT increases surgical time considerably without improving QOL scores. There was no difference in postoperative incidence of complications, suggesting that EPIT is a safe technique.

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/oai:www.lume.ufrgs.br:10183/165669
Date January 2017
CreatorsMoura, Bianca Hocevar de
ContributorsWolff, Michelle Lavinsky
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/masterThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UFRGS, instname:Universidade Federal do Rio Grande do Sul, instacron:UFRGS
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

Page generated in 0.0022 seconds