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Filogenia de Mycalina Hajdu, van Soest & Hooper, 1994 (Poecilosclerida, Demospongiae): dados morfológicos e moleculares / Phylogeny of Mycalina Hajdu, van Soest & Hooper, 1994 (Poecilosclerida, Demospongiae): morphological and molecular data

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior / Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro / principalmente pelo baixo grau de complexidade de especialização, escassez de
caracteres distintivos e a elevada plasticidade morfológica. A partir do século XIX
emergiram classificações mais robustas. O que conhecemos hoje como Ordem
Poecilosclerida só começou a ser delineado pela iniciativa de Zittel (1878) com o
reconhecimento de Monaxonida, ou seja, reconhecimento de um padrão de
simetria nas categorias de espículas. Ridley e Dendy (1887) apresentaram uma
nova classificação para as esponjas do grupo Monaxonida utilizada por Topsent
(1894) para criação da Familia Poeciloscleridae, eregida a ordem por este último
autor em 1928, enfatizando a presença das quelas como microscleras.
Posteriormente, van Soest (1984) e Bergquist e Fromont (1988) empreenderam
discussões dessa classificação com base em uma perspectiva filogenética. Uma
classificação robusta e de consenso só foi conseguida a partir dos trabalhos de
Hajdu e colaboradores (1994a, 1994b) e Hajdu (1994, 1995), com o estabelecimento
das Subordens: Mycalina, Myxillina e Microcionina. Apesar disso, as relações
internas das famílias da Subordem Mycalina permaneciam com dúvidas,
principalmente no tocante à inclusão de Podospongiidae, Isodictyidae, e a relação
de Poecilosclerida com a Ordem Haplosclerida. Neste trabalho foi proposto a revisão
da classificação da Subordem Mycalina com base em dados morfológicos e
moleculares. Foram feitas análises filogenéticas em três níveis taxonômicos,
espécie, gênero e família, com base em dados morfológicos. Além disso, foi feita
uma análise filogenética molecular utilizando sequências parciais da subunidade
maior do RNA ribossomal (LSU do RNAr). As amostras de Mycalina foram
amplificadas via PCR e posteriormente sequenciadas. Com base nestes resultados
foi concluído que: as Familias Cladorhizidae, Guitarridae, Mycalidae e
Hamacanthidae são monofiléticas. Para esta última foi confirmada a série de
transformação sigmancistra > cirtancistra > diâncistra > clavidisco. A posição da
Familia Podospongiidae dentro de Mycalina está bem corroborada, porém, precisa
ser melhor estudada com dados moleculares para determinar, ou não, o seu
monofiletismo. A Familia Esperiopsidae precisa ser melhor estudada com base em
dados morfológicos e o gênero Amphilectus precisa ser revisado, provavelmente
uma parte deste estaria melhor alocado em Haplosclerida junto com Isodictyidae. A
Familia Desmacellidae não é monofilética, bem como Biemna e Neofibularia,
provavelmente, não são Poecilosclerida e deveriam ser transferidas para uma
posição próxima de Tetractinellida. Desmacella provavelmente é uma Mycalina com
posição basal na Subordem. Os demais gêneros precisam ser estudados com base
em dados moleculares. A Ordem Haplosclerida provavelmente é o grupo irmão de
Poecilosclerida e a série de transformação sigmas > quelas foi confirmada com base
em dados morfológicos e moleculares. A Subordem Mycalina não é monofilética
como definida em Hajdu e van Soest (2002a).
Palavras-chave: Sistemática. Porifera. Evolução. / At Phylum Porifera the proposition of classificatory schemes is troublesome,
especially by the morphological low level complexity of specialization, paucity of
distinctive characters and high plasticity. More robust classifications emerged since
the XIXth. century. Poecilosclerida Order only began to be outlined by the initiative of
Zittel (1878) with the recognition of "Monaxonida", i.e., a recognition of symmetry
pattern in spicules categories. Ridley and Dendy (1887) presented a new
classification of the sponges of the group "Monaxonida." Topsent (1894) created the
Poeciloscleridae Family, and latter (1928) erected to Order, by emphasizing the
presence of chelae as microscleras. Posteriorly, van Soest (1984) and Bergquist and
Fromont (1988) undertook a discussion of this classification based on a phylogenetic
perspective. A robust classification and consensus was not achieved before from the
works of Hajdu et al. (1994a, 1994b) and Hajdu (1994, 1995), with the establishment
of the Suborders: Mycalina, Myxillina and Microcionina. Nevertheless, the internal
relationship of Mycalina Suborders families remained in doubt, especially regarding
the inclusion of Podospongiidae, Isodictyidae, and the relationship between
Poecilosclerida and Order Haplosclerida. In this study, we proposed the revision of
the classification of Mycalina Suborder based on morphological and molecular data.
Phylogenetic analysis was performed in three taxonomic levels, Species, Genus and
Family, based on morphological data. The molecular phylogenetic analysis was
made using partial sequences of Large Subunit ribosomal RNA (LSU rRNA).
Samples of Mycalina were amplified by PCR and sequenced. Based of these, I
concluded that: Families Cladorhizidae, Guitarridae, Mycalidae and Hamacanthidae
are monophyletic. For this last, the transformation series, sigmancistra>cyrtancistra>
diancistra>clavidisc, was confirmed. The position of Family Podospongiidae within
Mycalina was well supported, but need to be studied with molecular data to
determine monophyletic status. Family Esperiopsidae needs to be further studied
based on morphological data; and Amphilectus Genus needs to be revised, probably
it is splited and would be transfered to Order Haplosclerida together with Family
Isodictyidae. Family Desmacellidae is not monophyletic, Biemna and Neofibularia are
probably not Poecilosclerida and should be transferred to a position close to
Tetractinellida. Desmacella is probably a true Mycalina with a basal position in the
Suborder. The other genera need to be studied with molecular data. Order
Haplosclerida is probably the sister group of Poecilosclerida; the series of
transformation sigma>chela was established based on morphological and molecular
data. Suborder Mycalina is not monophyletic as defined in Hajdu and van Soest
(2002a).

Identiferoai:union.ndltd.org:IBICT/urn:repox.ist.utl.pt:BDTD_UERJ:oai:www.bdtd.uerj.br:3783
Date29 February 2012
CreatorsBruno Cosme da Silva Gomes
ContributorsGisele Lôbo Hajdu, Eduardo Carlos Meduna Hajdu, Carla Zilberberg, Mariana de Souza Carvalho, Paulo Marques Machado Brito, Sonia Barbosa dos Santos
PublisherUniversidade do Estado do Rio de Janeiro, Programa de Pós-graduação em Ecologia e Evolução, UERJ, BR
Source SetsIBICT Brazilian ETDs
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
Typeinfo:eu-repo/semantics/publishedVersion, info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
Formatapplication/pdf
Sourcereponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ, instname:Universidade do Estado do Rio de Janeiro, instacron:UERJ
Rightsinfo:eu-repo/semantics/openAccess

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