Return to search

[fr] WALTER BENJAMIN: L ART DE CITER SANS GUILLEMETS / [pt] WALTER BENJAMIM: A ARTE DE CITAR SEM ASPAS

[pt] A pesquisa sobre a arte de citar sem aspas é um estudo
sobre a abrangência da
filosofia da linguagem de Walter Benjamin. Esse estudo
mostra que a arte de citar,
descrita no trabalho Paris capital do século XIX - o livro
das Passagens, responde
ao modo de constituição da verdade proposto no prefácio do
livro Origem do
drama barroco alemão. Sob um modelo epistemológico-
teológico e estético,
Benjamin articula linguagem, história, teologia, filosofia
e arte e propõe que o
trabalho filosófico se efetive como interpretação
alegórica. Benjamin está
convicto de que a dimensão expressiva da linguagem é o
lugar da verdade. Na
imediatidade e historicidade da linguagem, a verdade se
torna vis ível. Apresentase
na esfera das idéias: ela é nome, é forma lingüística que
confirma a união entre
sensível e inteligível. Ela é uma estrutura monadológica
que, como a obra de arte,
não está pronta. A verdade se realiza historicamente, em
uma configuração cuja
cognoscibilidade recupera o passado, citando-o como origem.
A arte de citar está
em estreita correlação com a arte da montagem surrealista e
em correlação com a
forma da verdade e a forma da história. O passado, isto é,
a história, pode ser
citada, pois o objeto histórico, arrancado de seu contexto,
explode o curso
evolutivo da narrativa da história. Esse processo
corresponde a uma intervenção
crítica destruidora que rompe com conceitos estabelecidos
e, alegoricamente,
constrói uma nova tradição. No momento da escrita, no
agora, a história é
renomeada. / [fr] La recherche sur l art de citer sans guillemets est une
étude sur la philosophie
du langage de Walter Benjamin. Cette étude montre que l art
de citer, décrite dans
le travail Paris capitale du XIXe siècle - Le livre des
Passages, répond à la façon
de constituer la vérité, proposée dans la préface du livre
Origine du drame
baroque allemand. D après un modèle épistémologique,
théologique et
esthétique, Benjamin articule langage, histoire, théologie,
philosophie et art, et
propose que le travail philosophique s effectue comme une
interprétation
allégorique. Benjamin est convaincu que la dimension
expressive du langage est
le lieu de la vérité. C est l immédiatité et l historicité
du langage qui rendent
visible la vérité. Celle-ci se présente dans la sphère des
idées: elle est le nom, la
forme linguistique qui ratifie l union entre le sensible et
l intelligible. La vérité est
une structure monadologique qui, ainsi que l oeuvre d art,
n est pas accomplie. La
vérité se réalise historiquement, dans une configuration
dont le savoir récupère le
passé, en le citant comme origine. L art de citer est en
étroite corrélation avec l art
du montage surréaliste, et en corrélation avec la forme de
la vérité et la forme de
l histoire. On peut citer le passé, c est-à-dire,
l histoire, parce que l objet
historique arraché à son contexte, fait exploser le cours
évolutif de la narration de
l histoire. Ce processus correspond à une intervention
critique destructrice, qui
rompt des concepts établis et, de façon allégorique,
construit une nouvelle
tradition. Au moment de l écriture, dans le maintenant,
l histoire est nommée
à nouveau.

Identiferoai:union.ndltd.org:puc-rio.br/oai:MAXWELL.puc-rio.br:6952
Date26 August 2005
CreatorsANA LUIZA VARELLA FRANCO
ContributorsKATIA RODRIGUES MURICY
PublisherMAXWELL
Source SetsPUC Rio
LanguagePortuguese
Detected LanguagePortuguese
TypeTEXTO

Page generated in 0.0083 seconds