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A percepção dos trabalhadores do programa saúde da família sobre a intersetorialidade / The perception pf the family health program workers about intersectoriality.

As ações intersetoriais emergem, contemporaneamente, como uma possibilidade de se enfrentar de forma mais integrada as necessidades da população, que são complexas, buscando reflexos de saúde a partir de intervenções na cadeia de determinação social do processo saúde-doença. Parte-se do princípio de que não é possível promover a saúde com o setor agindo isoladamente. Neste estudo se valoriza o Programa Saúde da Família pela possibilidade de inserção dos trabalhadores no território e por ser a estratégia nacional para reorientação do modelo assistencial, o que implica em mudanças na concepção de saúde-doença, na prática e paradigma sanitários. Buscou-se conhecer, então, a percepção dos trabalhadores do Programa numa região de São Paulo, Brasil, sobre trabalho intersetorial, através da análise hermenêutica-dialética das discussões realizadas numa oficina sobre o tema. Obteve-se que, apesar da percepção sobre a influência das precárias condições de vida e trabalho na saúde da população atendida, os trabalhadores não identificam a intersetorialidade como estratégia, apresentam esporádicos relacionamentos intersetoriais permeados por relações de poder e frágil participação social. As categorias analíticas que emergiram a partir do referencial teórico e da base empírica foram: relações de poder, empoderamento e participação social. Sugere-se a reavaliação do processo de capacitação desses trabalhadores visando a transformação gradual das relações de poder em autoridade compartilhada e sensibilização dos atores sociais sobre a importância do trabalho intersetorial. / The intersectorial action emerge nowadays, as a way of facing the needs of the population in the most integrated form which are complex, aiming at transmitting health through intervention in the chain of social determination of the health-illness process. The belief is that it is not possible to promote health if the sector works in an isolated manner. In this study the Family Health Program is emphasized through the possibility of the placement of workers in the territory and because it’s a national strategy for reorientation of the support model, which implies changes in the conception of health-illness in sanitary use and paradigms. Due to this, information on the perception of the Program workers was gathered in a region of Sao Paulo, Brazil, on intersectorial work through an analysis of the discussion held in a workshop on the subject. It was discovered that, although the workers know of the influence that bad working and life conditions affect the assisted population, they don’t identify intersectorialism as a strategy, they present sporadic intersectorial relationship permeated by relations of power and weak social participation. The analytical categories which emerged through theoretical reference and the empirical basis were: relations of power, empowerment and social participation. A reevaluation of the training process of these workers is suggested aiming at a gradual transformation of the relation of power in shared authority and sensibilization of the social actors on the importance of intersectorial work.

Identiferoai:union.ndltd.org:usp.br/oai:teses.usp.br:tde-02102006-143154
Date25 July 2006
CreatorsDomingues, Jessica
ContributorsChiesa, Anna Maria
PublisherBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Source SetsUniversidade de São Paulo
LanguagePortuguese
Detected LanguageEnglish
TypeDissertação de Mestrado
Formatapplication/pdf
RightsLiberar o conteúdo para acesso público.

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