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Cidades e subjetividades homossexuais: cruzando marcadores da diferença em bares nas \'periferias\' de São Paulo e Belém / Cities and homosexual subjectivities: crossing markers of difference in bars in the peripheries of the cities São Paulo and Belém, BrazilReis, Ramon Pereira dos 13 December 2016 (has links)
Esta é uma pesquisa antropológica sobre agenciamentos, disputas e segregações socioespaciais entre homens que se autoidentificam como gays ou homossexuais em contextos de periferia das cidades de São Paulo e Belém. Objetivamos perscrutar o processo de produção social das diferenças entre esses homens, frequentadores de bares com expressiva sociabilidade homossexual, localizados em regiões periféricas da zona leste de São Paulo e em um bairro de periferia de Belém: o Guingas Bar (em São Mateus), a Plasticine Party, que acontece quinzenalmente no Luar Rock Bar (em Itaquera), e o bar Refúgio dos Anjos (no Guamá), respectivamente. A chave analítica que nos conduziu à temática e aos espaços mencionados partiu da problemática, ainda pouco explorada na antropologia urbana brasileira, entre periferia e homossexualidade, ou melhor, entre os estudos urbanos e os estudos de gênero e sexualidade. Compreendemos que a partir dos anos 2000 a relação destes campos de conhecimento ganhou fôlego no cenário nacional a partir das pesquisas antropológicas sobre sociabilidade homossexual, porém parte desses esforços se concentraram nas regiões centrais das cidades brasileiras. Mais do que reconhecermos distinções regionais e geográficas, procuramos esquadrinhar narrativas sobre cidade que borram o binômio centro-periferia. Para isso, tomamos como um dos vetores argumentativos a mobilidade, enquanto alusão e/ou prática, mas sobretudo como empoderamento, articulando-o aos marcadores sociais de gênero, sexualidade, classe social, raça/cor e territorialidade, com vistas a observarmos como os interlocutores negociam suas existências no espaço urbano. Nossa empreitada propõe contribuir aos estudos urbanos e aos estudos de gênero e sexualidade seja para fazer conversar periferias e homossexualidades, cidades, produção da diferença e sociabilidades homossexuais, seja para mostrar que as transformações urbanas de cada contexto citadino, relacionadas ao percurso histórico dos bares e ao que denominamos de movimento-ações, são peças-chave para a compreensão de termos como resistência, família, comunidade, amizade, sinalizando, desta feita, que tais compósitos extrapolam os sinônimos da ausência e da precariedade, ao mesmo tempo em que as relações estabelecidas não se bastam pela via do lazer e da diversão. Portanto, ao longo da tese percebemos que tais contextos estão em constantes negociações e disputas interpeladas diretamente pelos modos como as cidades são acessadas e desejadas. / This is an anthropological research on socio-spatial agency, disputes and segregations between men who self-identify themselves as gays or homosexuals in periphery contexts of the cities São Paulo and Belém, Brazil. We aim to examine the social production process of the differences between these men, who are frequenters of bars with expressive homosexual sociability, located in peripheral regions of the east side of São Paulo and in a periphery neighborhood of Belém: the Guingas Bar (in São Mateus), the Plasticine Party, held every two weeks in the Luar Rock Bar (in Itaquera), and the bar Refúgio dos Anjos (in Guamá), respectively. The analytical key that led us to the theme and spaces mentioned came from the problematic, still little explored in Brazilian urban anthropology, between periphery and homosexuality, or rather, between urban studies and the gender and sexuality studies. We understand that from the 2000s the articulation of these fields of knowledge gained ground in the national scenario based on anthropological research on homosexual sociability, but part of these efforts were concentrated in the central regions of Brazilian cities. Rather than recognizing regional and geographical distinctions, we seek to sift through city narratives that blur the downtown-periphery binomial. In order to do this, we take as one of the argumentative vectors the mobility, as allusion and/or practice, but above all as empowerment, articulating it with social markers of gender, sexuality, social class, race/color and territoriality, as a way of observing the management of the interlocutors in the urban space. Our project proposes to contribute to urban studies and the gender and sexuality studies, either to talk about peripheries and homosexuality, cities, the production of difference and homosexual sociabilities, or to show that the urban transformations of each urban context, related to the history of bars and what we call movement-actions, are key pieces for the understanding of terms such as resistance, family, community, friendship, signaling, this time, that such composites extrapolate the synonyms of absence and precariousness, at the same time that established relationships are not enough for the way of leisure and fun. Therefore, throughout the thesis we perceive that such contexts are in constant negotiations and disputes directly questioned by the ways in which the cities are accessed and desired.
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Cidades e subjetividades homossexuais: cruzando marcadores da diferença em bares nas \'periferias\' de São Paulo e Belém / Cities and homosexual subjectivities: crossing markers of difference in bars in the peripheries of the cities São Paulo and Belém, BrazilRamon Pereira dos Reis 13 December 2016 (has links)
Esta é uma pesquisa antropológica sobre agenciamentos, disputas e segregações socioespaciais entre homens que se autoidentificam como gays ou homossexuais em contextos de periferia das cidades de São Paulo e Belém. Objetivamos perscrutar o processo de produção social das diferenças entre esses homens, frequentadores de bares com expressiva sociabilidade homossexual, localizados em regiões periféricas da zona leste de São Paulo e em um bairro de periferia de Belém: o Guingas Bar (em São Mateus), a Plasticine Party, que acontece quinzenalmente no Luar Rock Bar (em Itaquera), e o bar Refúgio dos Anjos (no Guamá), respectivamente. A chave analítica que nos conduziu à temática e aos espaços mencionados partiu da problemática, ainda pouco explorada na antropologia urbana brasileira, entre periferia e homossexualidade, ou melhor, entre os estudos urbanos e os estudos de gênero e sexualidade. Compreendemos que a partir dos anos 2000 a relação destes campos de conhecimento ganhou fôlego no cenário nacional a partir das pesquisas antropológicas sobre sociabilidade homossexual, porém parte desses esforços se concentraram nas regiões centrais das cidades brasileiras. Mais do que reconhecermos distinções regionais e geográficas, procuramos esquadrinhar narrativas sobre cidade que borram o binômio centro-periferia. Para isso, tomamos como um dos vetores argumentativos a mobilidade, enquanto alusão e/ou prática, mas sobretudo como empoderamento, articulando-o aos marcadores sociais de gênero, sexualidade, classe social, raça/cor e territorialidade, com vistas a observarmos como os interlocutores negociam suas existências no espaço urbano. Nossa empreitada propõe contribuir aos estudos urbanos e aos estudos de gênero e sexualidade seja para fazer conversar periferias e homossexualidades, cidades, produção da diferença e sociabilidades homossexuais, seja para mostrar que as transformações urbanas de cada contexto citadino, relacionadas ao percurso histórico dos bares e ao que denominamos de movimento-ações, são peças-chave para a compreensão de termos como resistência, família, comunidade, amizade, sinalizando, desta feita, que tais compósitos extrapolam os sinônimos da ausência e da precariedade, ao mesmo tempo em que as relações estabelecidas não se bastam pela via do lazer e da diversão. Portanto, ao longo da tese percebemos que tais contextos estão em constantes negociações e disputas interpeladas diretamente pelos modos como as cidades são acessadas e desejadas. / This is an anthropological research on socio-spatial agency, disputes and segregations between men who self-identify themselves as gays or homosexuals in periphery contexts of the cities São Paulo and Belém, Brazil. We aim to examine the social production process of the differences between these men, who are frequenters of bars with expressive homosexual sociability, located in peripheral regions of the east side of São Paulo and in a periphery neighborhood of Belém: the Guingas Bar (in São Mateus), the Plasticine Party, held every two weeks in the Luar Rock Bar (in Itaquera), and the bar Refúgio dos Anjos (in Guamá), respectively. The analytical key that led us to the theme and spaces mentioned came from the problematic, still little explored in Brazilian urban anthropology, between periphery and homosexuality, or rather, between urban studies and the gender and sexuality studies. We understand that from the 2000s the articulation of these fields of knowledge gained ground in the national scenario based on anthropological research on homosexual sociability, but part of these efforts were concentrated in the central regions of Brazilian cities. Rather than recognizing regional and geographical distinctions, we seek to sift through city narratives that blur the downtown-periphery binomial. In order to do this, we take as one of the argumentative vectors the mobility, as allusion and/or practice, but above all as empowerment, articulating it with social markers of gender, sexuality, social class, race/color and territoriality, as a way of observing the management of the interlocutors in the urban space. Our project proposes to contribute to urban studies and the gender and sexuality studies, either to talk about peripheries and homosexuality, cities, the production of difference and homosexual sociabilities, or to show that the urban transformations of each urban context, related to the history of bars and what we call movement-actions, are key pieces for the understanding of terms such as resistance, family, community, friendship, signaling, this time, that such composites extrapolate the synonyms of absence and precariousness, at the same time that established relationships are not enough for the way of leisure and fun. Therefore, throughout the thesis we perceive that such contexts are in constant negotiations and disputes directly questioned by the ways in which the cities are accessed and desired.
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Les femmes noires qui aiment les femmes : résistances aux rapports de pouvoir enchevêtrésAlmeida, Jade 08 1900 (has links)
« Les femmes noires qui aiment les femmes : résistance aux rapports de pouvoir enchevêtrés » aborde les questions de survie d’un point de vue queer et diasporique. Cette thèse soutient que les pratiques et positionnements au quotidien des participantes se situent dans les failles d’un système qui criminalise l’existence même des personnes noir.e.s. L’analyse des conditions de vie de ces femmes permet de mieux comprendre le panorama complexe des systèmes de pouvoir à l’intersection des rapports de classe, de genre, de race et de l’hétéropatriarcat. Elle permet également de reconnaitre leur capacité à créer un espace alternatif, un univers des possibles qui s’oppose aux catégories normatives et hégémoniques. Les réalités des participantes génèrent donc des points de départ où l’altérité devient outil de pensée critique, moyen de résistance et fondement d’un futur substantiellement différent infusé par l’espoir de l’amélioration. Cette recherche se base sur l’autoethnographie, une ethnographie de la participation et des entretiens semi-dirigés de 22 personnes qui s’identifient comme femmes, noires et ayant des rapports sexo-affectifs avec d’autres femmes. Cette thèse porte donc sur le désir et s’appuie sur de multiples apports, majoritairement de théoriciennes racisées, qu’elles soient issues du milieu académique ou fassent partie de mon cercle privé. Elle est formée par de puissants récits, mais également par des silences tout aussi évocateurs, par une attention accrue au domaine du micro et à la description, par une autoethnographie de la participation et par la volonté de dépeindre sur quelques pages ne serait-ce qu’un extrait de la flamboyance de ces femmes. / "Black Women Who Love Women: Resisting Entangled Power Dynamics" addresses issues of survival from a queer and diasporic perspective. This thesis argues that the participants’ everyday practices and positioning are situated within the cracks of a system that criminalizes the very existence of Black people. Analysing these women’s living conditions allows to better understand of the complex landscape of power systems at the intersection of class, gender, race and heteropatriarchy. It also recognizes their ability to create an alternative space, a universe of possibilities that opposes normative and hegemonic categories. The participants’ realities, thus, generate starting points where otherness becomes a tool for critical thinking, a means of resistance, and a foundation for a substantially different future infused with the hope of improvement. This research is based on autoethnography, an ethnography of participation, and semistructured interviews of 22 individuals who identify as female, Black, and have romantic and sexual relations with womens. This thesis, then, centers on desire and draws on multiple inputs, mostly from racialized female theorists, whether from the academic world or from my private circle. It is shaped by powerful narratives, but also by equally impactful silences, by a strong attention to what happen on the micro scale and to description, by an autoethnography of participation, and by a willingness to depict in a few pages even a snippet of these women’s flamboyance.
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