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[en] EYE IN THE SKY: WASHINGTON, HOLLYWOOD AND THE ANNIHILATION-IMAGE / [pt] EYE IN THE SKY: WASHINGTON, HOLLYWOOD E A IMAGEM-ANIQUILAÇÃOGABRIEL FERNANDES CAETANO 08 January 2024 (has links)
[pt] O objetivo desta tese é abrir os olhos à violência contida na imagem
enquanto agente semiótico-material da guerra contemporânea. No século XXI, o
drone armado militar, uma arma imagem-centrada, tem encabeçado a curadoria
geopolítica dos EUA no âmbito da guerra ao terror. Na esteira do emaranhado entre
Washington e Hollywood, observa-se que a violência drônica guarda as mesmas
características do cinema: imagem e movimento. Contudo, a imagem de um drone
não é puramente o reflexo da natureza da guerra; ela é mais que representacional, é
performativa. A partir do conceito de imagem-aniquilação, esta tese argumenta que
a imagem possui uma agência destrutiva ao transitar da reflexão à difração
(Haraway, 1992; Barad, 2007). Ao invés de espelhar a realidade, a imagem-aniquilação cria um brutal padrão de diferença no mundo. Trata-se de uma
ontologia destrutiva na qual ver e aniquilar estão em estado de superposição. Logo,
tudo aquilo que está enquadrado, está potencialmente morto. É dizer, ao enquadrar
corpos e objetos no terreno, cria-se um estado de violência superposicional em que
se está vivo, mas virtualmente morto. Tal movimento ocorre a partir de um forte
apelo transdisciplinar, no qual a disciplina de Relações Internacionais (RI) é
apoiada por conceitos e ideias da Filosofia, da História da Arte, dos Estudos
Culturais e dos Estudos Fílmicos do cinema. A criação do conceito de imagem-aniquilação é fruto da combinação entre a filosofia de Gilles Deleuze (Deleuze e
Guattari, 1996), entendida como prática que fabrica conceitos, e a abordagem de
Michael Shapiro (2020), que busca extrair teoria política das imagens fílmicas. Para
a realização desde exercício, aborda-se o filme Eye in the Sky (2015), do diretor
Gavin Hood. A escolha desta obra cinematográfica advém da sua crítica
amplamente positiva, bem como seu status como filme que revela a realidade da
guerra de drones. Desse modo, esta tese contribui tanto para a compreensão dos
imaginários sociotécnicos da guerra contemporânea a partir do continuum guerra-imagem-cinema, quanto para a inovação epistêmica e metodológica nas RI. / [en] The purpose of this thesis is to shed light on the violence inherent in the
image as a semiotic-material agent in contemporary warfare. In the 21st century,
the armed military drone, an image-centered weapon, has spearheaded the
geopolitical curatorship of the USA in the context of the war on terror. In the wake
of the entanglement between Washington and Hollywood, it is observed that drone
violence shares the same characteristics as cinema: image and movement. However,
a drone s image is not purely a reflection of the nature of war; it is more than
representational, it is performative. Building upon the concept of annihilation-image, this thesis argues that the image wields a destructive agency as it transitions
from reflection to diffraction (Haraway, 1992; Barad, 2007). Rather than mirroring
reality, annihilation-image creates a brutal pattern of difference in the world. It is a
destructive ontology in which seeing and annihilating are in a state of superposition.
Therefore, everything that is framed is potentially dead. That is to say, by framing
bodies and objects in the terrain, a state of superpositional violence is created in
which one is alive, but virtually dead. This movement is driven by a strong
transdisciplinary appeal, in which the discipline of International Relations (IR) is
informed by concepts and ideas from Philosophy, Art History, Cultural Studies, and
Film Studies. The development of the concept of annihilation-image is the result of
the combination of Gilles Deleuze s philosophy (Deleuze and Guattari, 1996),
understood as a practice that create concepts, and Michael Shapiro s approach
(2020), which seeks to extract political theory from cinematic images. For the
purpose of this exercise, we examine the film Eye in the Sky (2015), directed by
Gavin Hood. The choice of this cinematic work is derived from its widely positive
critical acclaim, as well as its status as a film that exposes the reality of drone
warfare. Thus, this thesis contributes to both the understanding of the sociotechnical
imaginaries of contemporary warfare within the war-image-cinema continuum and
to the epistemic and methodological innovation in (IR).
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