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Transtorno de pânico um estudo sobre as matrizes sociais de seu surgimento: a sociedade do risco e a construção contemporânea de bioidentidades / "Panic disorder" - a study of the social matrices of its emergence: the risk society and the contemporary construction of bioidentitiesLuciana Oliveira dos Santos 23 May 2007 (has links)
O transtorno de pânico é uma das questões preocupantes em termos de saúde coletiva. Pensamos que tal transtorno se configura como uma nova forma de adoecimento psíquico, categoria que tem penetrado em diferentes espaços sociais,
e suas descrições vêm sendo incorporadas ao arcabouço identitário dos sujeitos. Problematizar as matrizes culturais da emergência e difusão deste transtorno, no campo da construção de subjetividade e de identidade, é o objetivo deste estudo. Na pós-modernidade, por um lado, nos centramos nas características do que se denomina sociedade de risco, (BECK, 1998) a qual gera sentimentos de imprevisibilidade, desenraizamento e desfiliação; por outro, juntamente com o desprestígio do ideal da interioridade, observa-se um recurso a se recorrer ao registro do corpo e da biologia como âncora subjetiva. (COSTA, 2005). Com a
predominância de um cenário de incerteza e de risco permanente, cria-se uma atmosfera em que a previsibilidade e a confiabilidade são constantemente ameaçadas, Ou seja, o valor da confiança no registro da ontologia refere-se à existência de um ambiente suficientemente confiável e previsível para que os sujeitos experienciem uma constância dos ambientes de ação social e material circundante (WINNICOTT, 1963). Verificaremos, em meio a um cenário de risco ambiente, como o pânico emerge e é difundido com base em matrizes desviantes. O transtorno de pânico, pretensamente radicado no cérebro e determinado pela
genética, parece ser uma das entidades às quais as pessoas aderem e ao redor das quais se agregam. Nesse sentido, defendendo que os tipos de patologia, nos quais se inclui o transtorno de pânico, podem servir também como redes de
pertencimento, formas de sociabilidade que se organizam em torno de predicados físicos, tanto na esfera da normalidade quanto da patologia, entre as quais o corpo anatomofisiológico se destaca como fenômeno identitário, denominado por alguns
autores de bioidentidade (ORTEGA, 2000). Humanizar o conceito transtorno de pânico, portanto, é afirmar que tais sintomas já conheceram outras utilizações. Entendendo o sujeito como um conjunto de crenças podem ser alteradas, revistas, repensadas, redimensionadas (COSTA, 1994). Ao sair da esfera da universalidade e essencialidade, típicas de classificações reducionistas no campo da psiquiatria, para
a perspectiva de que existem jogos de linguagem diferentes para se referir ao pânico, percebemos que em vez de o transtorno de pânico existem os pânicos, ou seja, são plurais e diversificadas as diferentes gramáticas para se falar daquilo a que se reduz hoje essa classificação psiquiátrica. / Panic disorder is one of the worrying questions in terms of collective health. We believe that such disorder is a new form of mental illness, a category that has penetrated different social spaces, and its descriptions have been incorporated into
the identitary framework of subjects. This study aims to question the cultural origins of the emergence and diffusion of this disorder in the field of subjectivity and identity construction. In post-modernity, on the one hand, we focus on the characteristics of what is called risk society (BECK, 1998), which generates feelings of unpredictability, unrootedness, and disaffiliation; on the other hand, together with the lack of prestige of the interiority ideal, individuals tend to resort to the register of the body and of biology as subjective anchor (COSTA, 2005). With the predominance of a scenario of uncertainty and permanent risk, an atmosphere is created in which predictability and trustworthiness are constantly threatened. That is, the value of trust in the register of ontology refers to existence of an environment that is sufficiently trustworthy and predictable so that the subjects experience a constancy of the surrounding environments of social and material action (WINNICOTT, 1963). We shall verify,
within a risk scenario, how panic emerges and is diffused based on deviating origins. The panic disorder, which is supposedly rooted in the brain and determined by genetics, seems to be one of the entities to which people adhere and around which they aggregate. In this sense, we defend that the types of pathology in which the panic disorder is included may also function as belonging networks, forms of sociability that are organized around physical characteristics, both in the sphere of normality and of pathology, among which the anatomo-physiological body emerges as an identitary phenomenon, which some authors call bioidentity (ORTEGA, 2002). Humanizing the concept of panic disorder, therefore, means stating that such symptoms have already known other uses. If one understands the subject as a set of beliefs and desires, whose identity is under permanent reconstruction, these beliefs can be altered, revised, rethought, re-dimensioned (COSTA, 1994). When we leave the sphere of universality and essentiality, typical of reductionist classifications in the field of psychiatry, and embrace the perspective that there are different language games to refer to panic, we perceive that, instead of the panic disorder, there are panics, that is, the different grammars used to talk about that to which this psychiatric classification is reduced today are plural and diversified.
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Transtorno de pânico um estudo sobre as matrizes sociais de seu surgimento: a sociedade do risco e a construção contemporânea de bioidentidades / "Panic disorder" - a study of the social matrices of its emergence: the risk society and the contemporary construction of bioidentitiesLuciana Oliveira dos Santos 23 May 2007 (has links)
O transtorno de pânico é uma das questões preocupantes em termos de saúde coletiva. Pensamos que tal transtorno se configura como uma nova forma de adoecimento psíquico, categoria que tem penetrado em diferentes espaços sociais,
e suas descrições vêm sendo incorporadas ao arcabouço identitário dos sujeitos. Problematizar as matrizes culturais da emergência e difusão deste transtorno, no campo da construção de subjetividade e de identidade, é o objetivo deste estudo. Na pós-modernidade, por um lado, nos centramos nas características do que se denomina sociedade de risco, (BECK, 1998) a qual gera sentimentos de imprevisibilidade, desenraizamento e desfiliação; por outro, juntamente com o desprestígio do ideal da interioridade, observa-se um recurso a se recorrer ao registro do corpo e da biologia como âncora subjetiva. (COSTA, 2005). Com a
predominância de um cenário de incerteza e de risco permanente, cria-se uma atmosfera em que a previsibilidade e a confiabilidade são constantemente ameaçadas, Ou seja, o valor da confiança no registro da ontologia refere-se à existência de um ambiente suficientemente confiável e previsível para que os sujeitos experienciem uma constância dos ambientes de ação social e material circundante (WINNICOTT, 1963). Verificaremos, em meio a um cenário de risco ambiente, como o pânico emerge e é difundido com base em matrizes desviantes. O transtorno de pânico, pretensamente radicado no cérebro e determinado pela
genética, parece ser uma das entidades às quais as pessoas aderem e ao redor das quais se agregam. Nesse sentido, defendendo que os tipos de patologia, nos quais se inclui o transtorno de pânico, podem servir também como redes de
pertencimento, formas de sociabilidade que se organizam em torno de predicados físicos, tanto na esfera da normalidade quanto da patologia, entre as quais o corpo anatomofisiológico se destaca como fenômeno identitário, denominado por alguns
autores de bioidentidade (ORTEGA, 2000). Humanizar o conceito transtorno de pânico, portanto, é afirmar que tais sintomas já conheceram outras utilizações. Entendendo o sujeito como um conjunto de crenças podem ser alteradas, revistas, repensadas, redimensionadas (COSTA, 1994). Ao sair da esfera da universalidade e essencialidade, típicas de classificações reducionistas no campo da psiquiatria, para
a perspectiva de que existem jogos de linguagem diferentes para se referir ao pânico, percebemos que em vez de o transtorno de pânico existem os pânicos, ou seja, são plurais e diversificadas as diferentes gramáticas para se falar daquilo a que se reduz hoje essa classificação psiquiátrica. / Panic disorder is one of the worrying questions in terms of collective health. We believe that such disorder is a new form of mental illness, a category that has penetrated different social spaces, and its descriptions have been incorporated into
the identitary framework of subjects. This study aims to question the cultural origins of the emergence and diffusion of this disorder in the field of subjectivity and identity construction. In post-modernity, on the one hand, we focus on the characteristics of what is called risk society (BECK, 1998), which generates feelings of unpredictability, unrootedness, and disaffiliation; on the other hand, together with the lack of prestige of the interiority ideal, individuals tend to resort to the register of the body and of biology as subjective anchor (COSTA, 2005). With the predominance of a scenario of uncertainty and permanent risk, an atmosphere is created in which predictability and trustworthiness are constantly threatened. That is, the value of trust in the register of ontology refers to existence of an environment that is sufficiently trustworthy and predictable so that the subjects experience a constancy of the surrounding environments of social and material action (WINNICOTT, 1963). We shall verify,
within a risk scenario, how panic emerges and is diffused based on deviating origins. The panic disorder, which is supposedly rooted in the brain and determined by genetics, seems to be one of the entities to which people adhere and around which they aggregate. In this sense, we defend that the types of pathology in which the panic disorder is included may also function as belonging networks, forms of sociability that are organized around physical characteristics, both in the sphere of normality and of pathology, among which the anatomo-physiological body emerges as an identitary phenomenon, which some authors call bioidentity (ORTEGA, 2002). Humanizing the concept of panic disorder, therefore, means stating that such symptoms have already known other uses. If one understands the subject as a set of beliefs and desires, whose identity is under permanent reconstruction, these beliefs can be altered, revised, rethought, re-dimensioned (COSTA, 1994). When we leave the sphere of universality and essentiality, typical of reductionist classifications in the field of psychiatry, and embrace the perspective that there are different language games to refer to panic, we perceive that, instead of the panic disorder, there are panics, that is, the different grammars used to talk about that to which this psychiatric classification is reduced today are plural and diversified.
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Subjetividade e novas tecnologias: um estudo da mediação tecnológica de telefones celulares, nas interações de jovens / Subjectivity and new technologies: a study of the technological mediation of cellular telephones, in the interactions of youngLIMA, Lúcio Flávio Gomes de January 2006 (has links)
LIMA , Lúcio Flávio Gomes de. Subjetividade e novas tecnologias: um estudo da mediação tecnológica de telefones celulares, nas interações de jovens. 2006. 152f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2006. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2012-03-13T18:41:57Z
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Previous issue date: 2006 / A utilização de mediadores tecnológicos nas relações entre os jovens faz parte de nossa contemporaneidade, cabendo à psicologia investigar as repercussões psíquicas provenientes do uso desses artifícios. Dentre estes aparelhos, os telefones celulares parecem ocupar local de destaque, por uma série de razões, dentre as quais, sua alta acessibilidade, por grande parte da população. As cores, os modelos e as funções dos telefones celulares constituem-se em atrativos que chamam a atenção dos jovens, fortalecendo o consumo destes bens, os quais estão inseridos em lógica de promoção publicitária que alardeia elementos signos. Nessa forma de publicização, os atributos técnicos dos aparelhos perdem espaço frente aos aspectos sígnicos. As relações estruturadas a partir desses mediadores, ou mesmo que têm sua manutenção garantida por eles, podem eliciar uma série de elementos constitutivos inéditos nas relações. Dessa feita, o presente trabalho tem por objetivos: identificar as repercussões psicossociais mais significativas derivadas do consumo de telefones celulares entre jovens na faixa etária de 14 a 18 anos, de ambos os sexos e de níveis socioeconômico A e B; avaliar possíveis mudanças nas estratégias de inserção/exclusão grupal, decorrentes da mediação tecnológica da relação entre os jovens pesquisados e por fim analisar criticamente o discurso dos jovens relacionando-o com os dados quantitativos, com os dados qualitativos e com o referencial teórico pesquisado. Para tanto, a metodologia empregada atuou em duas frentes. Na primeira, quantitativa, desenvolveu-se uma escala de atitudes, a qual foi aplicada em uma amostra de vinte oito jovens. Essa, foi selecionada a partir da aplicação do Critério de classificação Econômica Brasil (ANEP). Na parte qualitativa, foram realizados quatro grupos de discussão, com um encontro cada um e posterior análise das falas dos jovens. Nessa etapa foram selecionadas quatro categorias de análise: relação de amizade, relação amorosa, tecnologia/ publicidade e público/ privado. Os resultados mais significativos sugerem que os telefones celulares têm sua importância ligada à manutenção das relações já estabelecidas, que as relações mesmo mediadas necessitariam de um encontro cara-a-cara para só possa perdurar e que o telefone celular rivaliza com outros sinos do consumo,como elemento balizador das estratégias de exclusão e inclusão social
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Tecendo saberes, articulando alianças: um estudo sobre a subjetividade contemporânea a partir das contribuições de Adorno e de GuattariXAVIER, Monalisa Pontes January 2009 (has links)
XAVIER, Monalisa Pontes. Tecendo saberes, articulando alianças: um estudo sobre a subjetividade contemporânea a partir das Contribuições de Adorno e de Guattari. 2009. 165 f. Dissertação (Mestrado em Psicologia) – Universidade Federal do Ceará, Departamento de Psicologia, Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by moises gomes (celtinha_malvado@hotmail.com) on 2012-04-02T18:40:19Z
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Previous issue date: 2009 / The present work aims at developing a study of the contemporary subjectivation processes, departing from the influence of the capitalist system on them. For so, a theoretical articulation will be drawn among the writings of Theodor W. Adorno – frankfurtian theorist – and Félix Guattari- theorist and institutional analyst, who acts in several domains: psychiatry, anthropology and politics. Such thinkers based their studies on subjectivity, distinctive moments of the capitalist system of production and consumption. In such articulation, we take the concepts of “individualization” and “singularity” developed by Adorno and Guattari, respectively. Therewith, we aim, by opposing the ideas of the authors, to increase the understanding over the process of constitution of contemporary subjectivity, as well as to perceive the existence of “individual” and/or “singularized” existence. It was developed a theoretical research ruled in bibliographical review of the respective authors’ writings as well as of other speakers who made possible the enrichment of understanding concerning the object of study. To reach the proposed goal, we followed some steps: in the first chapter we exposed a possible intersection between Adorno and Guattari, departing from the philosophical tendency of the ontology of the present; in the following chapter, we discussed Adorno’s theory and the process of individuation; then we went through the Guatarri’s theory and the singularization movement; at last, we looked up articulations and tried to catch a glimpse into alliances between the two theorists. By the end of the research we emphasized the need to consider each of the theories in accordance with the Theoretical-Philosophical tradition to which it is affiliated. Therefore, it is made impossible a logical articulation among what the two of them have as important for the understanding of our object. Nevertheless, it is departing from the tension and contradiction existing among them that we can reach a better understanding concerning the processes of subjectivation in the present days, which is not that about which Adorno’s reflexions would be devoted to neither the same proclaimed by Guattari. / Essa dissertação tem como proposta desenvolver um estudo dos processos de subjetivação contemporâneos a partir da influência que o sistema capitalista exerce sobre eles. Para tal, será traçada uma articulação teórica entre alguns escritos de Theodor W. Adorno – teórico frankfurtiano – e de Félix Guattari – analista institucional e teórico atuante em diversos domínios: psiquiatria, antropologia, política –, pensadores que pautaram seus estudos sobre a subjetividade em momentos distintos do sistema capitalista de produção e consumo. Nessa articulação, tomamos os conceitos de “individuação” e de “singularização”, desenvolvidos por Adorno e por Guattari, respectivamente. Com isso, objetivamos, no contraponto das idéias dos autores, ampliar a compreensão sobre o processo de constituição das subjetividades contemporâneas, bem como perceber a possibilidade de existência de subjetividades “individuadas” e/ou “singularizadas”. Foi desenvolvida uma pesquisa teórica, pautada na revisão bibliografia dos escritos dos respectivos autores, bem como de outros interlocutores que possibilitaram o enriquecimento da compreensão acerca do objeto de estudo. Para alcançar o objetivo proposto, seguimos os seguintes passos: no primeiro capítulo expusemos uma possível interseção entre Adorno e Guattari a partir da corrente filosófica da ontologia do presente; no capítulo posterior, discutimos a teoria adorniana e o processo de individuação; em seguida, passamos para a teoria guattariniana e o movimento de singularização; e, por fim, buscamos estabelecer articulações e vislumbrar alianças entre os dois teóricos. Ao final do trabalho, enfatizamos a necessidade de considerar cada uma das teorias segundo a tradição teórico-filosófica a que se encontra filiada. Assim, torna-se impossível uma articulação harmônica entre o que as duas trazem de importante para a compreensão de nosso objeto. No entanto, é a partir da tensão e da contradição existente entre elas que podemos alcançar uma melhor compreensão a respeito dos processos de subjetivação nos dias atuais, que não é mais aquele sobre o qual se ocupavam as reflexões de Adorno e nem o mesmo proclamado por Guattari.
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