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[es] LA LABOR DE LOS TRABAJADORES SOCIALES QUE TRABAJAN EN LA POLÍTICA PÚBLICA DE ASISTENCIA SOCIAL: PARTICULARIDADES DE LAS FAVELAS DE ROLLAS Y ANTARES EN EL MUNICIPIO DE RIO DE JANEIRO / [pt] O TRABALHO DAS ASSISTENTES SOCIAIS QUE ATUAM NA POLÍTICA PÚBLICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL: PARTICULARIDADES DAS FAVELAS DE ROLLAS E ANTARES NO MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO / [en] THE WORK OF SOCIAL WORKERS WORKING IN PUBLIC SOCIAL ASSISTANCE POLICY: PARTICULARITIES OF THE FAVELAS OF ROLLAS AND ANTARES IN THE MUNICIPALITY OF RIO DE JANEIRO

CARLA CRISTINA MARINHO PIVA 04 July 2024 (has links)
[pt] Esta tese analisa o trabalho das assistentes sociais que atuam na Política Pública de Assistência Social nas favelas de Rollas e Antares, na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro. O estudo teve como objetivo geral analisar como se configura o trabalho, buscando identificar a organização dos processos de trabalho dessa categoria de profissionais. A pesquisa é um estudo qualitativo realizado por meio de análise documental e bibliográfica, com entrevistas semiestruturadas para assistentes sociais da gestão da PSB, PSE de Média Complexidade, CAS, CRAS e CREAS da SMAS/RJ. As favelas como processo social-econômico do capitalismo, as formas pelas quais o Estado intervém nas conformações dos territórios desiguais, o desenho da gestão municipal nas relações com a classe de assistentes sociais e as reflexões sobre alguns aspectos da sociabilidade das favelas de Rollas e Antares constituíram bases centrais para as reflexões. O Estado e os grupos milicianos compõem uma dupla regência no que concerne ao poder e ao controle, estabelecendo regras para esses territórios. Ao adentrar o tema da violência urbana e suas distintas expressões no Rio de Janeiro, constata-se que o fenômeno dos conflitos armados materializa-se pelas relações de disputas entre diferentes atores. A partir da análise do capitalismo de desenvolvimento desigual e combinado, o Estado e a formação do espaço urbano na cidade, discute-se o trabalho profissional nos cenários da violência. O estudo demonstrou que o trabalho das assistentes sociais está circunscrito a um modelo de gestão pautado em reedições de acordos de resultados que se configuram como um jogo da gestão municipal. No que concerne às formas de interferências dos conflitos armados, as trabalhadoras respondem a esses episódios, por meio de estratégias que transitam desde comunicações internas com a gestão até a interface com as unidades públicas da saúde que utilizam um protocolo formal. Revelou, ainda, que, em geral, essas profissionais estão distanciadas da participação em organizações políticas como movimentos sindicais, sociais, partidos e das entidades de representação da categoria como o CRESS e o CFESS. Entre o medo que impõe silêncio e as metas circunscritas na tríade da organização dos processos de trabalho, as relações e as experiências com os conflitos armados, evidencia-se um amalgamado entre atribuições, competências profissionais e sofrimento. As favelas cariocas, consideradas como consequência do desenvolvimento desigual e combinado do capitalismo, conformam-se nas cidades em territórios hierarquizados, intrínsecos à desigualdade própria do modo de produção capitalista. A ampliação do poder dos grupos que controlam esses territórios e disputas entre o Estado, suscita problematizar o trabalho profissional possível nas relações sociais de produção vigentes no cotidiano das favelas. / [en] This thesis analyzes the work of social workers in Public Social Assistance Policy in the Rollas and Antares favelas of Rio de Janeiro, West Zone, Brazil. The general objective of the study was to analyze how work is configured, seeking to identify the organization of work processes for this category of professionals. The research is a qualitative study carried out through documentary and bibliographic analysis, with semi-structured interviews for social workers in the management of PSB, Medium Complexity PSE, CAS, CRAS and CREAS of Rio de Janeiro SMAS. Favelas as a social and economic process of capitalism, the ways in which the State intervenes in the formation of unequal territories, the design of municipal management in relations with the class of social workers and reflections on some aspects of sociability in the favelas of Rollas and Antares constituted the central bases for reflections. The State and the militia groups make up a double regencyin terms of power and control, establishing rules for these territories. When approaching the topic of urban violence and its different expressions in Rio de Janeiro, it is clear that the phenomenon of armed conflicts materializes through disputes between different actors. From the analysis of unequal and combined development capitalism, the State and the formation of urban space in the city, professional work in violence scenarios is discussed. The study showed that the work of social workers is limited to a management model based on reissues of results agreements that are configured as a game of municipal management. Regarding the forms of interference in armed conflicts, workers respond to these episodes, through strategies that range from internal communications with management to interface with public health units that use a formal protocol. The research revealed also that in general, these professionals are distanced from participation in political organizations such as union and social movements, parties and entities representing the category such as CRESS and CFESS. Between the fear that imposes silence and the goals circumscribed in the triad of the organization of work processes, relationships and experiences with armed conflicts, there is an amalgamation between duties, professional skills and suffering. Rio s favelas, considered as a consequence of the uneven and combined development of capitalism, form hierarchical territories in cities, intrinsic to the inequality inherent to the capitalist mode of production. The expansion of power of the groups that control these territories and disputes between the State, raises questions about the professional work possible in the social relations of production in force in the daily life of favelas. / [es] Esta tesis analiza el trabajo de los trabajadores sociales que actúan en la Política Pública de Asistencia Social en las favelas Rollas y Antares, en la Zona Oeste de la ciudad de Río de Janeiro. El objetivo general del estudio fue analizar cómo se configura el trabajo, buscando identificar la organización de los procesos de trabajo para esta categoría de profesionales. La investigación es un estudio cualitativo realizado a través de análisis documental y bibliográfico, con entrevistas semiestructuradas a trabajadores sociales de las direcciones del PSB, PSE de Mediana Complejidad, CAS, CRAS y CREAS del SMAS/RJ. Las favelas como proceso socioeconómico del capitalismo, las formas en que el Estado interviene en la formación de territorios desiguales, el diseño de la gestión municipal en las relaciones con la clase de los trabajadores sociales y reflexiones sobre algunos aspectos de la sociabilidad en las favelas de Rollas y Antares constituyó bases centrales para las reflexiones. El Estado y las milicias conforman una doble regencia en términos de poder y control, estableciendo reglas para estos territorios. Al abordar el tema de la violencia urbana y sus diferentes expresiones en Río de Janeiro, queda claro que el fenómeno de los conflictos armados se materializa a través de las relaciones de disputas entre diferentes actores. A partir del análisis del desarrollo desigual y combinado del capitalismo, el Estado y la formación del espacio urbano en la ciudad, se discute el trabajo profesional en escenarios de violencia. El estudio demostró que la labor de los trabajadores sociales se limita a un modelo de gestión basado en reediciones de acuerdos de resultados que se configuran como un juego de gestión municipal. En cuanto a las formas de injerencia en los conflictos armados, los trabajadores responden a estos episodios, a través de estrategias que van desde comunicaciones internas con la dirección hasta la interfaz con unidades de salud pública que utilizan un protocolo formal. La investigación también reveló que, en general, estos profesionales están distanciados de participar en organizaciones políticas como movimientos sindicales, movimientos sociales, partidos y entidades representativas de la categoría como CRESS y CFESS. Entre el miedo que impone el silencio y las metas circunscritas en la tríada de organización de los procesos de trabajo, relaciones y experiencias con los conflictos armados, se amalgama entre deberes, habilidades profesionales y sufrimiento. Las favelas de Río, consideradas como consecuencia del desarrollo desigual y combinado del capitalismo, forman territorios jerárquicos en las ciudades, intrínsecos a la desigualdad inherente al modo de producción capitalista. La expansión del poder de los grupos que controlan estos territorios y las disputas entre el Estado, plantea interrogantes sobre el trabajo profesional posible en las relaciones sociales de producción vigentes en la vida cotidiana de las favelas.

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