[pt] O eixo da presente pesquisa é a analise da questão habitacional, partindo de um novo universo -as Organizações Não-Governamentais- com o objetivo de conferir visibilidade aos conceitos e procedimentos dos quais elas se valem para enfrentar, no seu raio de ação, o problema do habitat e estudar as fragilidades dos processos que elas geram mas, particularmente, suas potencialidades. Foi adotada uma perspectiva comparativa na busca de enriquecer o estudo de um mesmo fenômeno -as ONGs da área habitacional- em contextos diferentes, com histórias próprias: dois países, duas cidades e duas organizações. Para descrever e aprofundar na realidade das duas organizações escolhidas, e nos seus respectivos projetos, foi realizado previamente um resumo da história habitacional do Brasil e da Argentina, indicando os principais pontos de contato e articularidades da ação dos governos no enfrentamento desta necessidade social. São discutidas três categorias teóricas principais, à luz das quais são estudados as ONGs e seus projetos, a saber: habitat, cidadania e espaço público não-estatal. Optou-se por uma metodologia mista, quantitativa para a apresentação de dados e informação relevante sobre a problemática habitacional em ambos os contextos e qualitativa, para a abordagem das questões derivadas da pergunta que originou a pesquisa, qual seja: constituem as ONGs da área do habitat popular uma alternativa de resolução para o problema habitacional das populações de baixa renda? Os resultados alcançados revelam grupos sociais em ação, buscando, através de novas formas de organização social, a satisfação das suas necessidades e a forma em que eles conseguiram ter acesso à moradia própria, gerando, através dela, processos de participação e de fortalecimento para a defesa e a cobrança dos seus direitos. Tanto a importância do trabalho das duas ONGs, quanto o lugar do Serviço Social nesses processos coletivos, são pensados a partir da necessidade de reação e de propostas, que todo profissional percebe, quando se depara com a difícil realidade de famílias e comunidades que ainda esperam por alguma resposta. / [es] El eje de la presente investigación es el análisis de la cuestión habitacional partiendo de un universo diferente - las Organizaciones No-Gubernamentales. El objetivo es el de otorgar visibilidad a los conceptos y procedimientos con los cuales ellas enfrentan, en su radio de acción, el problema del hábitat y, además, estudiar los procesos que generan, sus debilidades y, especialmente, sus potencialidades. Fue adoptada una perspectiva comparativa buscando enriquecer el estudio de un mismo fenómeno -ONGs del área habitacional- en contextos diferentes, con historias y luchas propias: dos países, dos ciudades y dos organizaciones. Para describir y profundizar la realidad de estas dos organizaciones y sus respectivos proyectos fue previamente realizado un recorrido por la historia habitacional de Brasil y Argentina rescatando los principales puntos de contacto y las especificidades en la acción de los gobiernos al enfrentar esta necesidad social. Tres categorías teóricas principales son discutidas para interiorizarnos en las ONGs y sus proyectos, ellas son: hábitat, ciudadanía y espacio público no estatal. Se optó por una metodología mixta, cuantitativa para la presentación de datos e información relevante sobre la problemática habitacional en ambos contextos y cualitativa para el abordaje de las cuestiones derivadas de la pregunta que originó la investigación: ¿Las ONGs del área del hábitat popular son una alternativa para los grupos pobres de resolver su problema habitacional? Los resultados obtenidos muestran grupos en acción buscando, a través de su organización, la satisfacción de sus necesidades. Muestra la forma como ellos consiguieron acceder a la vivienda propia y generar, a través de ella, procesos de participación y fortalecimiento para defender sus derechos. La importancia del trabajo que realizan las dos ONGs y el lugar del Trabajo Social en esos procesos colectivos son pensados a partir de la necesidad de reacción y capacidad propositiva que todo profesional percibe al depararse con la realidad de familias y comunidades que todavía esperan algún tipo de respuesta.