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[pt] EU ESTOU PERDIDA ENTRE O MEU SONHO, MEUS IDEAIS E MINHAS DÍVIDAS: UMA ANÁLISE DISCURSIVA DE EMOÇÕES COMO MICROPOLÍTICAS DE RESISTÊNCIA NO PROCESSO DE (TRANS)FORMAÇÃO DOCENTE / [en] I M TORN BETWEEN MY DREAM, MY BELIEFS AND MY DEBTS: A DISCURSIVE ANALYSIS OF EMOTIONS AS MICROPOLITICS OF RESISTANCE IN AN EVER-TRANSFORMING PROCESS OF TEACHER EDUCATIONTARCISIO DA SILVA NICACIO 29 December 2020 (has links)
[pt] Nesta dissertação, eu investigo como três docentes de línguas, atuantes em contextos acadêmicos, unem-se e constroem discursivamente emoções como micropolíticas de resistência em um processo de (trans)formação docente. Desse modo, lanço mão de construtos do Sistema de Avaliatividade (MARTIN; ROSE, 2007) da Linguística Sistêmico-Funcional (HALLIDAY, 1994; VIAN JR., 2009) para uma análise microdiscursiva das avaliações em negociação. Observo, ainda, em que medida nossas avaliações desafiam Discursos (GEE, 2005) que mobilizam essencialismos como instrumentos de despolitização e de dominação quanto à relação docente-discente. Para tanto, alinho-me a uma perspectiva indisciplinar de Linguística Aplicada (MOITA LOPES, 2006; FABRÍCIO, 2006) com interseção epistemológica entre as concepções de micropolítica das emoções (REZENDE; COELHO, 2010), amizade ética (ORTEGA, 2000) e emoções como atos contra-hegemônicos na relação pedagógica (hooks, 2013; FREIRE, 2013). Ao desenvolver uma pesquisa de cunho (auto)etnográfico (ONO, 2018), considero minha voz atrelada às das professoras coparticipantes em uma conversa reflexiva com potencial exploratório (MILLER et al., 2008). Nesta metodologia exploratória, buscamos entendimentos tocantes à qualidade de vida, ao entrelugar institucional de docentes em pré-serviço e ao sofrimento humano (MILLER, 2013), potencializados por questões políticas de gênero, classe e raça (hooks, 2013). Os resultados apontam que emoções são constitutivas desse processo, atuando ora como instrumentos de dominação, ora de emancipação. Em instâncias de resistência, emergem predominantemente emoções micropolíticas de confiança, de acolhimento e de empatia, com o reconhecimento de relações de poder institucional e assimetrias sociopolíticas em jogo. / [en] In this dissertation, I probe how three language teachers, agents in academic contexts, come together and discursively construct emotions as micropolitics of resistance in an ever-transforming process of teacher education. In this sense, I make use of constructs from the Appraisal Theory (MARTIN; ROSE, 2007), embedded in Systemic Functional Linguistics (HALLIDAY, 1994; VIAN JR., 2009), so as to employ a microdiscursive analysis of our negotiated evaluation. Also, I observe to what extent our evaluations challenge Discourses (GEE, 2005) which mobilize essentialisms as instruments of depoliticization and domination towards teacher-student relationship. In doing so, I align myself with an indisciplinary perspective of Applied Linguistics (MOITA LOPES, 2006; FABRÍCIO, 2006), with epistemological intersections between the conceptions of the micropolitics of emotions (REZENDE; COELHO, 2010), ethical friendship (ORTEGA, 2000) and emotions as anti-hegemonic actions in pedagogical relations (hooks, 2013; FREIRE, 2013). In developing some (auto)ethnographic research, I deem my voice intertwined with those of the coparticipants in a potentially exploitable reflective conversation (MILLER et al., 2008). In this exploratory methodology, we seek understandings as to quality of life, an in-between institutional place of pre-service teachers and human suffering (MILLER, 2013), issues which are intensified by political matters of gender, class and race (hooks, 2013). Results indicate that emotions are constitutive of this process, acting both as instruments of domination as well as of emancipation. In instances of resistance, micropolitical emotions of trust, support and empathy emerge predominantly, with the acknowledgment of institutional power relations and sociopolitical asymmetries at play.
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