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[en] IDENTITY AND CULTURE IN FOREIGN POLICY: THE CASE OF GERMANY / [pt] IDENTIDADE E CULTURA NA POLÍTICA EXTERNA: O CASO DA ALEMANHANATASHA PINTO DA COSTA 27 December 2018 (has links)
[pt] Esta dissertação examina a relevância dos temas identitários e culturais para o subcampo de análise de política externa. O esforço é identificar as lacunas e ausências desses conceitos em parte do desenvolvimento do subcampo assumindo-as como deficiências na capacidade explicativa desses estudos. Considerando que a contribuição construtivista é a que mais se aproxima da estrutura de compreensão necessária para abarcar esses dois tópicos, como variáveis explicativas fundamentais da política internacional, sobrevoamos a corrente teórica apresentando seus principais pontos e como esses são construídos e desenvolvidos na análise de política externa. Compreendemos que a política externa é, em última instância, uma expressão do encontro no espaço de negociação da fronteira entre o interno e o externo através dos mecanismos de identificação entre os atores envolvidos. Portanto, desconsiderar os fatores internos de formação de ideias compartilhadas e formas de identificação do eu gera perdas para a compreensão do sistema e de formas de inserção internacional e, a observação central é que a constante relação de construção entre eu e o outro, sobre a qual os estudos de política externa, em última instância, se debruçam, não são objeto de atenção, na maioria da produção do subcampo. Assim, este trabalho argumenta, a constante relação de (re)produção de identidades e os elementos culturais imbricados na política externa moldam a relação entre os atores envolvidos. As formas pelas quais os indivíduos, instituições e entidades formuladoras se reconhecem e permanentemente se constroem, são cruciais para estabelecer as relações com os fatores exógenos, portanto com os outros atores na relação internacional. Como ilustração de análise de atuação de uma política externa cultural estudamos o caso da Alemanha e sua atuação no setor cultural e educacional internacionalmente, principalmente através de instituições que atuam localmente e buscam manter identidades estáveis assim como rotinas nos mecanismos de identificação e reconhecimento entre os atores. Assim, essa dissertação sugere, e busca argumentar em favor da compreensão da identidade e da cultura são condições fundamentais para o subcampo de análise de política externa abrindo espaço para esse tipo de estudo na área. / [en] This dissertation examines the relevance of identity and cultural issues for the subfield of foreign policy analysis. The purpose is to identify the gaps and absences of these concepts in part of the development of the subfield, postulating them as deficiencies in the explanatory capacity of these studies. Considering that constructivism comes closest to the structure of understanding needed to cover these two topics as fundamental explanatory factors in international politics, we present its main points and how they are constructed and developed in foreign policy analysis. We understand that foreign policy is ultimately an expression of encounters in the constantly negotiated space of the border between the internal and the external through the mechanisms of identification among the actors involved. Therefore, disregarding the inter-factors of forming shared ideas and ways of identifying self generates losses for the understanding of the system and forms of international insertion. The main observation is that the constant relationship of construction between self and the other, on which foreign policy studies ultimately focus, are not the object of attention in most production in the subfield. Thus, this thesis argues, the constant relationship of (re) production of identities and the cultural elements imbricated in foreign policy shape the relationship between the actors involved. The ways in which individuals, institutions, and formulating entities are recognized and permanently constructed are crucial to establishing relationships with exogenous factors, and therefore with other actors in the international relationships. As an illustration of the performative analysis of a cultural foreign policy, we study the case of Germany and its activity in the cultural and educational sector internationally, mainly through institutions that act locally and seek to maintain stable identities as well as routines in the mechanisms of identification and recognition among the actors. Thus, this dissertation suggests, and seeks to argue in favor of the understanding of identity
and culture are fundamental conditions for the subfield of analysis of foreign policy making room for this type of study in the area.
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[en] THE PRINCE S JOURNALS: PRESS AND FOREIGN POLICY AT CARDOSO S GOVERNMENT (1995-2002) / [pt] DIÁRIOS DO PRÍNCIPE: IMPRENSA E POLÍTICA EXTERNA NO GOVERNO CARDOSO (1995-2002)RODRIGO CERQUEIRA DO NASCIMENTO 29 June 2005 (has links)
[pt] A atuação internacional dos Estados depende,
essencialmente, das estratégias
traçadas pelo Executivo a partir da barganha com os mais
variados grupos de
interesse que perseguem suas preferências no campo político
doméstico. Quando
Fernando Henrique Cardoso assumiu a presidência da
República, em 1995, o
Brasil enfrentava uma crise em seus paradigmas de inserção
internacional na qual
essas estratégias tinham de ser redefinidas, o que abre uma
boa oportunidade para
se analisar o comportamento dos atores políticos internos
envolvidos no processo.
Essa dissertação concentra-se no exame do comportamento da
imprensa como
ator político doméstico para mostrar que alguns dos
principais veículos impressos
brasileiros tiveram autonomia para influenciar a formulação
da política externa do
país no período analisado. Para isso, aproveita-se da
intensificação da cobertura da
imprensa em temas de política externa provocada pelo uso da
diplomacia
presidencial por Cardoso e analisa colunas e editoriais
publicados pelo Globo e
pela Folha de S. Paulo no período. A análise leva em
consideração os
enquadramentos utilizados nos textos e, a partir deles,
aponta evidências da
participação da imprensa na formulação da política externa
brasileira com base em
propostas teóricas dos estudos de Política da Comunicação e
de Opinião Pública. / [en] The strategies that guide a state s foreign policy are the
result of a bargain
involving many important domestic interest groups that seek
to achieve their
preferences. Fernando Henrique Cardoso started his mandate,
in 1995, during a
period known as the Brazilian foreign policy paradigms
crisis, when the country s
international strategies had to be redefined, opening a
great opportunity to study
the behavior and the importance of domestic political
actors involved in the
foreign policy decision-making process. This work exams the
behavior of the
press as a domestic political actor to conclude that the
most relevant newspapers
in Brazil had autonomy to influence the building of
Brazilian foreign policy
during the period. Contributes to this effort the use of
summit diplomacy by
Cardoso, which intensifies the press cover on foreign
policy. Thus, this work
analyzes columnists articles published by O Globo and
Folha de S. Paulo during
the examined period. The analysis focus on the framing of
these texts and
discusses some evidences of Brazilian press influence on
the foreign policy
decision-making process, taking some theoretical
propositions from studies of
Communication Politics and Public Opinion.
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