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[pt] O DESIGN THINKING ESTRATÉGICO PARA O DESENVOLVIMENTO DE PROJETOS PARA SMART CITIES / [en] STRATEGIC DESIGN THINKING FOR SMART CITIES PROJECTSFABIENNE TORRES SCHIAVO 06 February 2024 (has links)
[pt] A busca por uma realidade mais sustentável, desde Brundtland até os
Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, vem ganhando destaque na agenda
global. O avanço tecnológico, as transformações digitais e a urbanização acelerada,
sem precedentes, integram essa agenda, quando se fala em smart cities. Estas, na
teoria incluem os objetivos da sustentabilidade e do bem-estar, mas na prática, ainda
são centradas em tecnologias e ficam distantes dos impactos significativos nos
desafios atuais. Aplicar novas tecnologias em antigas soluções sem que o cidadão
enxergue sentido e usabilidade não basta. É preciso desenvolver soluções
inovadoras que, com o uso das tecnologias, alavanquem um desenvolvimento
genuinamente sustentável e gere o bem-estar das pessoas. A lacuna na literatura
acerca da inexistência de modelos que contribuam para uma ampla adoção e
permitam a operacionalização da transição para smart cities, combinado com a
ampla e crescente adoção do Design Thinking, deu início a esta pesquisa, que parte
da hipótese que o Design Thinking é uma estratégia colaborativa adequada a ser
adotada para gerar projetos inovadores para smart cities, atendendo às necessidades
de bem-estar das pessoas e do desenvolvimento de forma sustentável. O objetivo
desta pesquisa foi, assim, desenvolver um modelo que use a abordagem do Design
Thinking para criação de projetos com foco em smart cities, sob a ótica do bem-estar das pessoas e do desenvolvimento sustentável. A metodologia aplicada
abrangeu pesquisas bibliográfica, documental, ex-post-facto e de campo, incluindo
uma fase de pesquisa-ação. Primeiro houve uma fundamentação teórica, realizada
por meio de revisão da literatura existente a respeito das smart cities, que resultou
da identificação de seus elementos essenciais, e das etapas de operacionalização do
Design Thinking. Por meio de pesquisa documental e ex-post facto de estudos de
casos foi analisado se e como o Design Thinking tem sido aplicado em smart cities,
quais foram as motivações para sua adoção e os pontos positivos e negativos da
operacionalização a partir dos modelos existentes. As informações geradas
embasaram teoricamente a criação de um modelo específico de Design Thinking
para Smart City. Este modelo foi testado em campo, no bairro de Copacabana, no
Rio de Janeiro. Envolveu um Diagnóstico com a população local, com aplicação de
388 questionários e atividades de verificação da aplicabilidade dos dois produtos
criados para este modelo – o Mapa das Forças Locais Atuantes e o Mapa de
Inovação Local. Junto com estes dois produtos, soma-se aos resultados a inclusão
de duas etapas frente aos modelos existentes: Descoberta e Distribuição, esta última
com foco na descentralização e multiplicação das soluções. A pesquisa alcançou
seu objetivo de desenvolvimento do modelo proposto, confirmando a hipótese
inicial e contribuindo para a operacionalização de pequenas intervenções locais,
alinhadas e integradas, para gerar impacto frentes aos desafios atuais e tornar as
cidades genuinamente smart cities. Campos para novas investigações foram
identificados, tais como a formulação de políticas capazes de equilibrar tecnologias
e bem-estar, e o uso da identidade local como estratégia de engajamento e ação em
smart city. / [en] The search for a more sustainable reality, from the Brundtland Report to the UN Sustainable Development Goals, has gained prominence in the global agenda. Concerning smart cities, unprecedented technological advancement, digital transformations, and accelerated urbanization integrate this agenda. In theory, smart cities encompass sustainability and well-being objectives, but in practice, they remain technocentric and distant from substantial impacts on current challenges. Applying new technologies to outdated solutions without citizens perceivable meaning and usability is insufficient. It is imperative to develop innovative solutions that, through technology, drive genuinely sustainable development and well-being. The literature gap on the absence of models contributing to the widespread adoption and operationalization of the transition to smart cities, coupled with the extensive adoption of Design Thinking, triggered this research. The hypothesis declares that Design Thinking is a suitable collaborative strategy for generating innovative projects for smart cities, meeting well-being needs, and promoting sustainable development. The research aimed to develop a model using the Design Thinking approach for smart city projects, focusing on well-being and sustainable development. The applied methodology encompassed bibliographic, documentary, ex-post-facto, and field research, including an action research phase. The theoretical foundation involved a literature review on smart cities, identifying essential elements, and the Design Thinking stages. The application, motivations, and positive/negative results of Design Thinking operationalization in smart cities were examined through documentary research and ex-post facto analysis of case studies. The information theoretically underpinned the creation of a specific Design Thinking model for Smart City. Field research to test the model occurred in Copacabana, Rio de Janeiro, involving a local population diagnosis with 388 surveys and verification activities for the applicability of two products created for this model—the Map of Local Acting Forces and the Local Innovation Map. Additionally, two stages were added to existing models: Discovery and Distribution, the latter focusing on decentralization and solution multiplication. The research achieved its goal of developing the proposed model, confirming the initial hypothesis, and contributing to operationalizing small local interventions, aligned and integrated to generate impact against current challenges and make cities genuinely smart. Areas for further investigation were identified, including formulating policies balancing technology and well-being and using local identity as a strategy for engagement and action in smart cities.
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