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[en] BRAZILS 1987 DEFAULT IN LIGHT OF INTERNATIONAL POLITICAL ECONOMY / [pt] A MORATÓRIA BRASILEIRA DE 1987 À LUZ DA ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL

ALEX JOBIM FARIAS 23 May 2002 (has links)
[pt] Este trabalho se propõe a explicar as causas da moratória decretada pelo governo brasileiro, em 20 de fevereiro de 1987, analisando este evento através da contribuição teórica pertencente a economia política internacional. O presente trabalho conclui que as causas da moratória residiam nos planos internacional e doméstico. No plano internacional, o esquema convencional de renegociação da dívida externa dos países em desenvolvimento foi montado tendo como principal objetivo evitar uma crise no sistema financeiro internacional, por interesse e articulação dos governos dos países credores. No plano doméstico, o governo Sarney, especialmente durante a gestão de Dilson Funaro, Ministro da Fazenda, não aceitava os custos da solução imposta pelos credores; em especial, o sacrifício das metas de crescimento econômico. A rigidez do esquema convencional não ofereceu outra alternativa à posição brasileira senão a decretação da moratória. O realismo é a corrente da economia política internacional que mais pode contribuir para a explicação do evento enfocado; contudo, a premissa do ator unitário deve ser posta de lado em virtude da importância da política doméstica para a decretacão da moratória. / [en] This work aims at explaining the causes of the Brazilian default, decrelared on February 20 th 1987, analyzing it through the existing theoretical contribution in the field of international political economy. This work concludes that the causes of default lay in both international and domestic areas. Considering the international area, the conventional framework for external debt restructuring of developing countries was devised by creditor countries, in their behalf, to avoid an international financial crisis. Contemplating the domestic area, the Sarneys administration did not agree to bear the costs of the solution imposed bycreditors, especially during the time Dilson Funaro was a minister. Dilson stood up for Brazils economic growth, which would have to be reduced if the creditors solution were carried out. Default was the only alternative in face of creditors intransigence. Realism is the perspective in international political economy that explains better the focused outcome. However, the rational unified actors premise must be put aside in order to consider properly the importance of domestic politics.
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[en] NO FREE LUNCH FOR FISCAL INFLATIONS: A FISCAL-INDUCED STAGFLATION / [pt] SEM ALMOÇO GRÁTIS PARA INFLAÇÕES FISCAIS: UMA ESTAGNAÇÃO INDUZIDA POR DÉFICITS

MOISES SHALIMAY DE SOUZA ANDRADEE 13 March 2017 (has links)
[pt] Expansões fiscais têm sido propostas como soluçao para economias passando por fortes recesseções e episódios de deflação. Mostramos em uma arcabouço fiscalista que um aumento dos deficits pode iniciar uma estagflação por afetar negativamente a intermediação de recursos para investimentos. Intermediários financeiros coletam depósitos para comprar títulos do governo e realizar empréstimos através de contratos nominais de longo-prazo. Quando intermediários enfrentam fricções financeiras e um descasamentos entre seus ativos e passivos, uma inflação surpresa e/ou uma reavaliação dos preços dos títulos prejudica seus balanços, reduzindo os empréstimos, investimentos e produção. Em uma expansao fiscal, a recessção vem com inflação porque a queda na oferta de capital iniciada no setor financeiro aumenta os custos marginais das firmas produtoras de bens. A probabilidade de uma recessão é maior quanto maior for o descasamento de maturidade, a sensibilidade dos preços dos titulos às taxas de juros e quanto maior a participação dos titulos no balanço dos bancos. Esses resultados: (1) dão suporte teórico para a relação negativa entre a performance do setor financeiro e alta inflação; (2) ajudam a explicar episodios de alto endividamento publico, alta inflação e crises bancarias e, mais importante, (3) expõem desvantagens de politicas fiscais inflacionarias propostas para inflacionar e estimular economias com baixa inflação, onde o arcabouço proposto neste artigo é mais provavel de estar presente. / [en] Expansionary fiscal policies have been advocated to induce output expansions and inflation in deep recession or deflationary episodes. We show that, in a fiscalist setup, an increase in deficits can trigger a stagflation by negatively affecting financial intermediation of resources to investments. Financial intermediaries collect deposits to buy government bonds and lend through nominal long-term loans. When intermediaries face financial frictions and a maturity mismatch on their assets and liabilities, a surprise inflation and/or a revaluation of bonds prices impair their net-worth reducing lending, investments, and output. Recession comes with inflation in a fiscal expansion because the fall on capital triggered on the financial sector rises production firms marginal costs. The probability of a recession is higher the greater is the maturity mismatch, the sensitivity of bonds prices to the policy rate, and the share of bonds on banks balances. These results: (1) give theoretical support for the negative relation documented between financial sector performance and inflation (2) help explaining high debt, high inflation environments coinciding with banking crisis and, more importantly, (3) expose drawbacks of fiscal inflation policies proposed to inflate and stimulate low inflation economies, where the fiscalist setup stressed in this paper is more probable to be present.

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