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[en] FISCAL POLICY RESPONSE AND PUBLIC DEBT SUSTAINABILITY IN BRAZIL, 1994-2008 / [pt] REAÇÃO DA POLÍTICA FISCAL E SUSTENTABILIDADE DA DÍVIDA FEDERAL NO BRASIL, 1994-2008VICTOR ALMEIDA SANTOS DE FREITAS 07 January 2011 (has links)
[pt] O período de 1994 a 2008 caracteriza um momento da história fiscal
brasileira importante. Durante esse período observou-se uma retomada do controle
sobre o endividamento público, por meio de aumento expressivo do superávit
primário. Nesta dissertação essa correção é analisada, qualitativamente e
quantitativamente, mostrando que a condução austera da política fiscal foi capaz
de estabilizar a trajetória do endividamento. Salienta-se a importância de uma
posição primária que dependa dos movimentos da dívida, garantindo seu controle
em um patamar estável. Foram feitos testes tradicionais da literatura, em que se
avaliam diretamente os movimentos conjuntos das variáveis, e, adicionalmente,
testa-se o poder preditivo do endividamento sobre o superávit primário. Apesar de
encontrar evidências de que a correção na posição primária foi suficiente para
induzir o controle do movimento da dívida, a análise qualitativa aponta para uma
fonte de instabilidade, o crescimento constante das despesas primárias. / [en] The years between 1994 and 2008 were a very important period in Brazil s
fiscal history. The government regained control over its public deficit during those
14 years by increasing its primary surplus to as much as 3% of gross domestic
product. This dissertation analyses these changes through qualitative and
quantitative methods, exposing the strict fiscal policies that led to control of
public debt. It also places emphasis on the significance of an active fiscal policy
on public debt levels and the size of the primary surplus. Traditional tests were
utilized to evaluate fiscal policy sustainability and, in addition, tests how the
primary surplus is impacted, and predicated, by public debt levels. While there is
enough evidence showing how primary balance adjustments were sufficient for
stabilizing the debt in question, qualitative analysis points out a new source of
instability: the continuous growth of primary expenses.
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[es] EL PROES Y LA EFICIENCIA DE LOS BANCOS ESTADUALES / [pt] O PROES E A EFICIÊNCIA DOS BANCOS ESTADUAIS / [en] THE PROES AND THE STATE BANKS´ EFFICIENCYLUIS OTAVIO DE SOUZA LEAL 16 March 2001 (has links)
[pt] Os Bancos Estaduais sempre foram motivo de instabilidade
e de desequilíbrios no Sistema Financeiro Nacional (SFN).
Vários programas de ajuste foram tentados ao longo dos
anos mas, ou apenas resolviam os problemas de liquidez
imediata das instituições ou interviam nestas sem um
plano efetivo de saneamento ou extinção. Essa dissertação
faz uma análise sobre a trajetória das instituições
financeiras estaduais desde a reforma do Sistema
Financeiro Nacional (SFN) em 1964 até o último destes
programas, o Programa de Redução da Participação do Setor
Público Estadual na Atividade Bancária (PROES).
Inicialmente é feito um histórico dos Bancos Estaduais,
estudando-se a situação do Sistema Financeiro Estadual
(SFE). A seguir, faz-se uma descrição dos principais
desenvolvimentos do PROES. Por fim, a dissertação avalia
os ganhos de eficiência dos Bancos Estaduais com o PROES,
comparando a situação antes e depois da sua
implementação, tanto por meio de indicadores contábeis
(unidimensionais), quanto por um índice multi-
dimensional obtido através de procedimentos econométricos. / [en] The State Banks were always cause of instability and
imbalances in the National Financial System (SFN). Many
adjustment programs were tried throughout the years, but
they either only solved the immediate liquidity problems of
that institutions or intervened on it without a effective
plan of financial consolidation or extinction. This
dissertation makesan analysis of the trajectory of the
states financial institution from Natonal Financial Sytem's
reform, in 1964, until the most recent restructuring
program, The Program of Reduction of the State Public
Sector Participation in a Bank Activity (PROES). Initially
it describes the evolution of the State Banks and their
role in the State Financial System (SFE). Then, it
describes the main events that marked the implementation of
the PROES. Finally, an empirical analysis is made of the
eficiency gains generated by the PROES with a comparison of
the banks situation before and after the introuction of th
program. Such analysis is conducted both by unidimensional
accouting measures and by multi-dimenional index obtained
through the use of the econometric techniques. / [es] Los Bancos Estaduales siempre fueron motivo de
inestabilidad y desequilibrios en el Sistema Financiero
Nacional (SFN). Varios programas de ajuste se han llevado a
cabo a lo largo de los años pero apenas resolvían los
problemas de líquidez inmediata de las instituiciones o
intervenían en éstas sin un plano efectivo de saneamiento o
extinción. Esta disertación hace un análisis sobre la
trayectoria de las instituciones financieras estaduales
desde la reforma del Sistema Financiero Nacional (SFN) en
1964 hasta el último de estos programas, el Programa de
Reducción de la Participación del Sector Público Estadual
en la Actividad Bancaria (PROES). Inicialmente se realiza
una decripción histórica de los Bancos Estaduales,
estudiando la situación del Sistema Financiero Estadual
(SFE). A seguir, se describen los principales desarrollos
del PROES. Finalmente, la disertación evalúa la ganancia en
eficiencia de los Bancos Estaduales com el PROES,
comparando la situación antes y después de su
implementación, tanto por medio de indicadores contables
(unidimensionales), como por un índice multi-dimensional
obtenido a través de procedimentos econométricos.
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[en] THE POLITICAL ECONOMY OF FISCAL MULTIPLIERS / [pt] A ECONOMIA POLÍTICA DOS MULTIPLICADORES FISCAISGUSTAVO CICCHELLI DE SA VIEIRA 19 October 2017 (has links)
[pt] Esse artigo investiga se a fragilidade fiscal influencia a magnitude dos multiplicadores fiscais. Nós definimos estados de fragilidade fiscal baseados na literatura de determinantes político-institucionais de déficits fiscais. Utilizando dados trimestrais para 44 países, encontramos evidências de que os multiplicadores fiscais de economias em situação fiscal frágil são menores do que os multiplicadores dos países com maior fluxo esperado de geração
de superávits. / [en] This paper investigates if fiscal fragility influences the magnitude of fiscal multipliers. We define states of fiscal fragility based on the literature on politico-institutional determinants of fiscal deficits. Using quarterly data for 44 countries, we find that fiscal multipliers in fiscally fragile economies are smaller than in economies expected to have greater surpluses.
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[en] OPTIMAL FISCAL AND MONETARY POLICY / [pt] AS POLÍTICAS FISCAL E MONETÁRIA ÓTIMASMATHEUS DE CARVALHO LEME CAVALLARI 01 September 2004 (has links)
[pt] O presente trabalho tem objetivo de caracterizar as
políticas fiscal e
monetária ótimas e avaliar o comportamento do ganho de bem
estar fruto do uso
destas políticas. Para isto, utilizamos um modelo com
rigidez de preços e
concorrência monopolística em que a taxa de juros nominal e
gasto público tem
efeitos reais na economia, seguindo a literatura Novo-
Keynesiana. Observamos
que existe ganho no uso conjunto das políticas fiscal e
monetária vis-à-vis o caso
de independência destas políticas. Quanto maior a potência
da política fiscal,
maior a substituição do instrumento monetário pelo
instrumento fiscal na gestão
das políticas ótimas. Finalmente, quanto menor a
persistência e/ou maior a
volatilidade relativa da política fiscal no caso de
independência, maior o ganho de
bem estar em adotar as políticas ótimas. / [en] The purpose of this work is to identify the optimal
monetary and fiscal policy
and to evaluate the welfare gains resulting from the
cooperation of such policies.
Based on a New-Keynesian approach, we investigate a model
with price rigidity
and monopolistic competition in which the nominal interest
rate and the public
spending have real effects on the economy. We found gains
in the use of both fiscal
and monetary instruments, compared to a framework of
independence. As the
power of the fiscal policy increases, there are welfare
gains in substituting interest
rate setting by public spending. There are also increasing
welfare gains in
cooperation when the fiscal policy is less persistent
and/or more volatile in relation
to other shocks.
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[en] INFLATION TARGETING WITH A FISCAL TAYLOR RULE / [pt] METAS DE INFLAÇÃO COM UMA REGRA DE TAYLOR FISCALEDUARDO HENRIQUE LEITNER 17 September 2020 (has links)
[pt] Este estudo propõe e testa um regime de metas de inflação alternativoque nós chamamos de Regra de Taylor Fiscal (FTR). Nesse regime, o governo, mantém a taxa de juros nominal constante e usa a alíquota de imposto sobre o consumo como instrumento para estabilizar a inflação e o hiato do produto. Nós estimamos um modelo padrão de ciclo de negócios a partir de dados dos EUA do período da Grande Moderação (1985-2007) e comparamos os resultados observados aos resultados de uma simulação contrafactual em que aplicamos
os choques estimados ao mesmo modelo substituindo a regra de Taylor padrão pela FTR. Nós verificamos que, comparada a uma regra de Taylor padrão, a FTR pode ser capaz de prover uma performance similar em termos de estabilização econômica e portanto constitui uma opção teoricamente viável de política de estabilização econômica. / [en] This study proposes and tests an alternative inflation targeting regime which we call the fiscal Taylor rule (FTR). In this regime, the government keeps the nominal interest rate constant and uses the consumption tax rate as an instrument to stabilize inflation and the output gap. We estimate a standard business cycle model on US data from the Great Moderation period (1985-2007) and compare the observed outcomes to those of a counterfactual simulation where we apply the estimated shocks to the same business cycle model replacing the standard Taylor rule by the FTR. We find that compared to the standard Taylor rule, the FTR may be capable of providing similar performance in terms of economic stabilization and thus constitutes a theoretically viable option of policy framework.
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[en] FISCAL POLICY RISK AND THE YIELD CURVE: AN ALTERNATIVE MEASURE / [pt] RISCO FISCAL E CURVA DE JUROS: UMA MEDIDA ALTERNATIVARENATA CARREIRO AVILA 07 August 2023 (has links)
[pt] Risco fiscal afeta a curva de juros no contexto de economias emergentes?
Como medir adequadamente esse tipo de risco? Explorando o caso do Brasil,
estimamos uma medida alternativa de risco fiscal com base em notícias,
utilizando processamento de linguagem de texto. Encontramos que aumento
em risco fiscal gera aumento em taxas de juros longas, no prêmio a termo
e depreciação na taxa de câmbio. Os efeitos são robustos a uma série de
especificações alternativas do índice de risco fiscal, sugerindo que se trata de
um fenômeno relevante no cenário brasileiro. / [en] Does fiscal policy risk affect the yield curve in an emerging economy?
How can we adequately measure this kind of uncertainty? Exploiting the case
of Brazil, we estimate a novel, news-based measure of fiscal policy risk using
natural language processing. We show that increases in fiscal policy risk are
associated to increases in the levels of long maturities in the yield curve, in the
term spread and to a depreciation of the exchange rate. The effects are robust
to a series of alternative specifications of the text-based index, suggesting that
fiscal risk is a relevant phenomenon in the Brazilian setting.
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[en] INFLATION TARGETING UNDER FISCAL DOMINANCE: LESSONS TO BRAZIL / [pt] METAS PARA A INFLAÇÃO SOB DOMINÂNCIA FISCAL: POSSÍVEIS IMPLICAÇÕES PARA O CASO BRASILEIROMAURICIO BUSNELLO FURTADO 06 March 2018 (has links)
[pt] O presente trabalho procura investigar as implicações de se seguir um regime de meta para a inflação sob dominância fiscal. Para isto é desenvolvido um modelo novo keynesiano de equilíbrio geral dinâmico estocástico (DSGE) em que a autoridade monetária segue uma regra de Taylor, com o objetivo de estabilizar a inflação e o produto, e a autoridade fiscal segue uma regra de superávit primário, com a finalidade de se estabilizar a dívida pública. Este modelo se caracteriza por apresentar uma coordenação entre as autoridades fiscal e monetária em que a política monetária é dominante. Posteriormente, a regra monetária é modificada para incorporar uma resposta da autoridade monetária à dívida pública e a regra fiscal passa a ser exógena (ativa), caracterizando um regime de dominância fiscal. Por fim, o modelo é calibrado com os parâmetros estimados por De Castro et al (2015) para a economia brasileira e são computadas as variâncias da taxa de inflação e do produto (proxies para a perda de bem estar decorrente das flutuações econômicas) nos diferentes regimes de coordenação política para distintas parametrizações das funções de reação das autoridades monetária e fiscal. Mostra-se, assim, que, quando se está em regime de dominância fiscal, o mais indicado à autoridade monetária é não reagir à inflação de modo agressivo. Em outros termos, isto significa que se o Banco Central quer que a inflação fique na meta – como requer um regime de meta -, ele não pode de forma alguma ignorar a postura da autoridade fiscal. / [en] The present work seeks to investigate the implications of following an inflation targeting regime under fiscal dominance. For this, a new Keynesian dynamic stochastic general equilibrium (DSGE) model is developed in which the monetary authority follows a Taylor rule with the objective of stabilizing inflation and output, and the fiscal authority follows a primary surplus rule, with The purpose of stabilizing public debt. This model is characterized by a coordination between the fiscal and monetary authorities in which monetary policy is dominant. Subsequently, the monetary rule is modified to incorporate a response of the monetary authority to the public debt and the fiscal rule becomes exogenous (active), characterizing a regime of fiscal dominance. Finally, the model is calibrated with the parameters estimated by De Castro et al. (2015) for the Brazilian economy and the inflation rate and output gap variances (proxies for the welfare losses due to economic fluctuations) are computed in the different regimes and under different specifications of the monetary and fiscal authorities reaction functions. It is shown that under a fiscal dominance regime, the monetary authority should not react aggressively to inflation. In other words, this means that if the Central Bank wants inflation to stay in it s target level - as it is required under an inflation targeting regime - it cannot in any way ignore the fiscal authority s stance.
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[en] MONETARY AND FISCAL POLICY IN AN OPEN ECONOMY: A WELFARE-BASED APPROACH / [pt] POLÍTICA MONETÁRIA E FISCAL EM UMA ECONOMIA ABERTA: ABORDAGEM BASEADA EM BEM-ESTARRAFFAEL RUSSO 19 December 2020 (has links)
[pt] Nesse artigo, apresentamos um modelo Novo Keynesiano de economia aberta com dois países, taxação distorciva e gasto governamental estocástico. Nessa modelagem comparamos, em uma base de bem-estar, diferentes regras monetária e fiscal com uma referência constituída pelo equilíbrio cooperativo da política de Ramsey. / [en] In this paper, we present a New Keynesian two-country open economy model featuring distortionary taxation and stochastic government spending. Within this modeling we compare, in a welfare-sense, different fiscal and monetary rules with a benchmark constituted by a cooperative Ramseypolicy equilibrium.
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[en] EXPECTATIONS AND THE COORDINATION OF MONETARY AND FISCAL POLICIES / [pt] EXPECTATIVAS E A COORDENAÇÃO DAS POLÍTICAS MONETÁRIA E FISCALCYNTIA FREITAS AZEVEDO 12 February 2019 (has links)
[pt] Essa tese discute o papel das expectativas dos agentes a respeito da
condução das políticas monetária e fiscal na determinação dos efeitos dessas
políticas, na dinâmica da economia e na volatilidades das variáveis macroeconômicas.
O primeiro capítulo mostra que considerar as expectativas dos
agentes a respeito de possíveis mudanças de regime tem efeitos importantes
nas respostas das variáveis macroeconômicas aos choques, mesmo que
essa mudança de regime não se materialize ao longo da trajetória observada
após o choque. O reconhecimento da possibilidade de mudanças de regime
também tem consequências importantes para a volatilidade das variáveis
endógenas que são mais altas do que as obtidas no modelo linear e muito
dependentes dos parâmetros de política escolhidos pelas autoridades fiscal
e monetária em cada regime. O segundo capítulo discute o papel das expectativas
a respeito das políticas futuras na determinação da profundidade de
uma crise quando a economia atinge o limite inferior de zero para as taxas
de juros nominais. Ele mostra que ao analisar o impacto de um estímulo
fiscal durante um episódios de taxa de juros zero, deve-se olhar para além
dos multiplicadores no curto prazo. Para ter efeitos positivos maiores, as
políticas monetária e fiscal devem durar mais do que a crise e precisam ser
coordenadas. O terceiro capítulo apresenta uma avaliação dos estímulos fiscais
em termos das perdas de bem-estar, tornando claro que essa avaliação
deve considerar não apenas o efeitos das políticas sobre a inflação e o produto
no curto prazo, mas também o valor presente descontado da inflação
e do produto nos períodos futuros. Ele também apresenta uma análise de
como se obtém o nível ótimo da taxa de juros nominal uma vez que a economia
não está mais em crise se a autoridade monetária pretende usar o
canal das expectativas para reduzir a profundidade da crise. / [en] This thesis discusses the role of agents expectations regarding the
conduction of monetary and fiscal policies in determining policy outcomes,
economic dynamics and the volatilities of macroeconomic variables. The first
Chapter shows that accounting for agents’ expectations of a possible regime
change has critical effects in the responses of macroeconomic variables to
shocks, even if this switch does not materialize itself along the path observed
after the shock. Recognizing the possibility of regime switches also have
important consequences for the volatilities of endogenous variables, which
are higher than those obtained in the linear model and very dependent
on the policy parameters chosen by monetary and fiscal authorities in
each regime. In the second Chapter, I discuss the role of expectations in
determining the depth of a crisis when the economy hits the zero lower
bound on nominal interest rates. I show that when analysing the impact of
a fiscal stimulus during a zero interest rate episode, there is more than just
short-run multipliers. To have larger positive effects on output and inflation,
monetary and fiscal policies should last longer than the duration of the shock
and be coordinated in their actions. The third Chapter presents a thoughtful
evaluation of a fiscal stimulus in terms of the implied welfare losses making
clear that it should account not only for the effects of policies on short-run
output and inflation, but also for the present discounted value of output
and inflation in future periods as well. It also analyses how to obtain the
optimal level for the nominal interest rate once the economy gets out of the
crisis state, if the monetary authority wants to use the expectations channel
to undermine the depth of the crisis.
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[en] NO FREE LUNCH FOR FISCAL INFLATIONS: A FISCAL-INDUCED STAGFLATION / [pt] SEM ALMOÇO GRÁTIS PARA INFLAÇÕES FISCAIS: UMA ESTAGNAÇÃO INDUZIDA POR DÉFICITSMOISES SHALIMAY DE SOUZA ANDRADEE 13 March 2017 (has links)
[pt] Expansões fiscais têm sido propostas como soluçao para economias
passando por fortes recesseções e episódios de deflação. Mostramos em
uma arcabouço fiscalista que um aumento dos deficits pode iniciar uma
estagflação por afetar negativamente a intermediação de recursos para
investimentos. Intermediários financeiros coletam depósitos para comprar
títulos do governo e realizar empréstimos através de contratos nominais
de longo-prazo. Quando intermediários enfrentam fricções financeiras e um
descasamentos entre seus ativos e passivos, uma inflação surpresa e/ou
uma reavaliação dos preços dos títulos prejudica seus balanços, reduzindo
os empréstimos, investimentos e produção. Em uma expansao fiscal, a
recessção vem com inflação porque a queda na oferta de capital iniciada
no setor financeiro aumenta os custos marginais das firmas produtoras
de bens. A probabilidade de uma recessão é maior quanto maior for o
descasamento de maturidade, a sensibilidade dos preços dos titulos às
taxas de juros e quanto maior a participação dos titulos no balanço dos
bancos. Esses resultados: (1) dão suporte teórico para a relação negativa
entre a performance do setor financeiro e alta inflação; (2) ajudam a
explicar episodios de alto endividamento publico, alta inflação e crises
bancarias e, mais importante, (3) expõem desvantagens de politicas fiscais
inflacionarias propostas para inflacionar e estimular economias com baixa
inflação, onde o arcabouço proposto neste artigo é mais provavel de estar
presente. / [en] Expansionary fiscal policies have been advocated to induce output expansions and inflation in deep recession or deflationary episodes. We show that, in a fiscalist setup, an increase in deficits can trigger a stagflation by
negatively affecting financial intermediation of resources to investments. Financial intermediaries collect deposits to buy government bonds and lend through nominal long-term loans. When intermediaries face financial frictions and a maturity mismatch on their assets and liabilities, a surprise inflation and/or a revaluation of bonds prices impair their net-worth reducing lending, investments, and output. Recession comes with inflation in a fiscal expansion because the fall on capital triggered on the financial sector rises production firms marginal costs. The probability of a recession is higher the greater is the maturity mismatch, the sensitivity of bonds prices to the policy rate, and the share of bonds on banks balances. These results:
(1) give theoretical support for the negative relation documented between financial sector performance and inflation (2) help explaining high debt, high inflation environments coinciding with banking crisis and, more importantly, (3) expose drawbacks of fiscal inflation policies proposed to inflate and stimulate low inflation economies, where the fiscalist setup stressed in this paper is more probable to be present.
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