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[en] DISCOURSES ABOUT URBAN ART IN RIO DE JANEIRO: THE LEGITIMATION OF GRAFFITI IN THE STREETS AND GALLERIES / [pt] DISCURSOS SOBRE A ARTE URBANA NO RIO DE JANEIRO: A LEGITIMAÇÃO DO GRAFITE NAS RUAS E GALERIAS DE ARTE DA CIDADE

ADRIANA MEDEIROS FERREIRA DA SILVA 24 January 2013 (has links)
[pt] Este trabalho procura refletir sobre o crescimento e a consolidação do grafite no Rio de Janeiro. Uma das expressões da cultura hip-hop, o grafite surgiu nos Estados Unidos, na década de 1970. No início eram apenas assinaturas, que depois evoluíram para desenhos elaborados. São Paulo foi a primeira cidade brasileira onde este tipo de escrita urbana se desenvolveu nos anos 1980 e 1990. Mas no Rio, a atividade de pintar muros chegou mais tarde e somente se firmou nos anos 2000. O grafite começou a ser feito por grupos da Zona Norte, do subúrbio e do município de São Gonçalo. Porém, quando jovens da Zona Sul – alguns estudantes de design – levaram o grafite para os muros da área nobre da cidade houve uma mudança de conceito: o que era considerado marginal passou a ser visto como uma arte urbana legítima e moderna. O Rio repetiu um pouco a experiência ocorrida em Nova York, nos anos 1970, quando jovens artistas do circuito underground passaram a pintar prédios do SoHo e paredes do metrô. Com isso, o grafite adquiriu status e chegou às galerias de arte. Hoje, este tipo de intervenção urbana não só é aceita pela população carioca que antes a rejeitava como foi totalmente incorporada pelo mercado. Alguns discursos sobre a cultura que tomou conta das ruas do Rio – como os da imprensa, da publicidade e de grafiteiros – foram a base para a análise e reflexão deste trabalho. / [en] This work is a reflection on the rise and consolidation of graffiti in Rio de Janeiro. One of the expressions of hip hop culture, graffiti was born in the United States in the 1970s. At first, it comprised only signatures, which later evolved into elaborate drawings. São Paulo was the first Brazilian town to see the development of this sort of urban writing, around the 1980s and 1990s. The activity of painting walls came later to Rio and only became established in the 2000s. Graffiti in Rio began at the hands of groups from the North Zone, the suburbs and the town of São Gonçalo. Then, however, groups from the South Zone youth – some of them design students – took graffiti to the walls of the city’s noble areas, allowing a conceptual change: what was first considered unlawful became legitimate modern urban art. In truth, Rio was witness to a replication of the 1970s New York experience, when underground young artists such as Keith Haring and Jean- Michel Basquiat started painting Soho buildings and subway walls. Thus graffiti gained status and moved into art galleries. Nowadays, this kind of urban intervention has been accepted by the population of Rio, who used to reject it in the past. Not only that, it has also been completely incorporated by the market. Some of the discourses about this culture that has taken over the streets of Rio – such as from the press, advertising and graffiti artists themselves – have been the base for the reflection and analysis presented in this work.

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