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[pt] SOCIOLOGIA DA REFORMA NA EDUCAÇÃO: ANÁLISE DA RECEPÇÃO AO GERENCIALISMO NO BRASIL E SUA REPERCUSSÃO NO DEBATE ACADÊMICO / [en] SOCIOLOGY OF EDUCATIONAL REFORM: ANALYSIS OF THE RECEPTION TO MANAGERIALISM IN BRAZIL AND ITS REPERCUSSIONS IN THE ACADEMIC DEBATELAURA DE ALMEIDA BRAGA ROSSI 28 September 2023 (has links)
[pt] Propõe-se, nesta tese, uma investigação sociológica sobre o reformismo e a
gestão na educação. O objeto de pesquisa é a recepção das reformas gerencialistas
no Brasil e sua assimilação no campo da educação. Para persegui-lo, o primeiro
esforço é o de conceber uma perspectiva sociológica que permita contextualizar o
reformismo em questão, a partir de uma discussão mais ampla a respeito da relação
da educação com o Estado e a sociedade e suas transformações ao longo do século
XX e início do século XXI. Em seguida, pretende-se cercá-lo, de um lado, a partir
da análise da incorporação do ideário gerencialista em políticas públicas
educacionais implementadas nas primeiras décadas dos anos 2000 por governos
estaduais no país, mais especificamente os casos do Ceará e de Minas Gerais e, de
outro, com o exame de sua representação no debate acadêmico brasileiro sobre a
gestão da educação. Este último movimento é realizado a partir de um extenso
levantamento dos principais autores e obras de cursos de formação em gestão
educacional e escolar no país. Com isso, foi possível identificar o núcleo duro da
bibliografia do campo da gestão da educação, tornando visível que prevalecem duas
vertentes distintas, com pouco diálogo entre si. Em seu conjunto, a tese sustenta a
hipótese de que a reforma da educação no Brasil tem se beneficiado pouco de um
debate público que mobilize uma atenção mais responsiva da academia e da
sociologia, em particular. E de que essa lacuna, de algum modo, compromete nossa
capacidade de colocar no centro do debate os desafios concretos da escola pública,
que certamente vão muito além do que a imaginação gerencialista e sua crítica têm
sido capazes de contemplar. / [en] This thesis proposes a sociological investigation of reformism and
management in education. The object of research is the reception of managerial
reforms in Brazil and their assimilation in the field of education. To pursue it, the
first effort is to conceive a sociological perspective that allows us to contextualize
the reformism in question, based on a broader discussion about the relationship
between education and the State and society and its transformations throughout the
20th century and the beginning of the 21st. Right away, we intend to surround it,
on the one hand, with the analysis of the incorporation of managerial ideas in public
educational policies implemented in the first decades of the 2000s by state
governments in the country, more specifically the cases of Ceará and Minas Gerais
and, on the other hand, with the examination of its representation in the Brazilian
academic debate on education management. This last aspect is explored through an
extensive investigation of the main authors and works of training courses in
educational and school management in the country. With this, it was possible to
identify the core of the bibliography in the field of education management, making
it visible that two distinct strands prevail, with little dialogue between them. As a
whole, the thesis supports the hypothesis that education reform in Brazil has
benefited little from a public debate that mobilizes more responsive attention from
academia and sociology, in particular. And that this gap, in some way, compromises
our ability to place the concrete challenges of public school at the center of the
debate, which certainly go far beyond what managerial imagination and its criticism
have been capable of contemplating.
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