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[en] DEPRIVING THE WORLD? A STUDY FROM MARTIN HEIDEGGER´S BEING AND TIME, DIVISION ONE / [pt] DESMUNDANIZAÇÃO? UM ESTUDO A PARTIR DA PRIMEIRA SEÇÃO DE SER E TEMPO, DE MARTIN HEIDEGGER

BERNARDO BOELSUMS BARRETO SANSEVERO 28 September 2009 (has links)
[pt] Martin Heidegger emprega, no § 14 de Ser e tempo, a expressão desmundanização do mundo ao caracterizar a postura adotada pela tradição da filosofia para pensar o ente. Nessa postura, o mundo é interpretado como a totalidade dos entes simplesmente dados, com base num privilégio do modo cognitivo de relação com estes. Nosso intuito, contudo, não se restringe a uma elucidação deste modo desmundanizado de pensar o mundo indicado por Heidegger, mas investigar porque, para ele, esse modo predominou no percurso da filosofia como um todo, na ontologia tradicional. A partir da constatação de que essa postura cognitiva, para o autor, possui suas raízes e motivos em um modo de ser essencial do ente que nós mesmos somos, do Dasein, denominado ser-nomundo, lança-se a pergunta: em que sentido Heidegger utiliza o termo desmundanização para caracterizar uma abordagem do ente fundada no ser-nomundo? Através da investigação de temas presentes na primeira seção de Ser e tempo, procuramos acentuar essa questão, supondo que nela repercute a questão principal desse texto de Heidegger, a pergunta pelo sentido do ser. / [en] Martin Heidegger employs in Being and time´s section 14 the term depriving the world of its worldhood to characterize the stance adopted by the tradition of philosophy to think about the beings. In this posture, the world is interpreted as being present at hand, based on a privilege of the cognitive mode of relationship with them. Our aim, however, is not restricted to an elucidation of this mode of thinking the world depriving it indicated by Heidegger, but investigate why this mode predominates in philosophy as a whole, in the previous ontology. From the realization that the cognitive attitude has its roots and reasons in an essential way of being that ourselves are, of Dasein, called being-in-theworld, we pose the question: in what sense Heidegger uses the term depriving the world to characterize an approach to the being based on being-in-the world? Through the investigation of issues in Being and time´s division one, we emphasize this question, assuming that it affects the main issue of this Heidegger´s text, the question of the meaning of being.

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