1 |
[en] WHAT ... DOES NOT HAVE A PHYSICAL EDUCATION CLASS? SO I M LEAVING!: THE TEACHING OF PHYSICAL EDUCATION IN HIGH SCHOOL AND THE PERSPECTIVE OF INTERCULTURAL EDUCATION / [pt] AH... NÃO TEM AULA DE EDUCAÇÃO FÍSICA? ENTÃO EU VOU EMBORA!: O ENSINO DA EDUCAÇÃO FÍSICA NO ENSINO MÉDIO E A PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INTERCULTURALANA PAULA DA SILVA SANTOS 25 May 2018 (has links)
[pt] A Educação Física parece ser uma das disciplinas mais esperadas na semana por grande parte dos alunos e alunas, durante o processo de escolarização. O fato pode ser analisado a partir da própria vivência do componente que, em geral, rompe com a fixidez do corpo, possibilitando outros espaços de movimento e reflexão. Porém, nem sempre o repertório de gestos e práticas corporais é valorizado e reconhecido pelo espaço da escola. Tal contexto pode ocasionar o engessamento de modos de se conceber as diferenças de gênero, classe, raça, sexualidade, idade, habilidade motora, etc. Assim sendo, o presente estudo teve como objetivo analisar como as questões relacionadas às diferenças culturais são tratadas pelos/as professores/as nas aulas de Educação Física do ensino médio no cotidiano de uma escola pública estadual do RJ. O interesse por investigar o ensino médio se deu pelo fato do ensino da Educação Física neste segmento ainda ser um assunto pouco abordado na área, talvez pela dificuldade dos professores/as e alunos/as em superar a famosa aula rola bola, ou ainda pelo sentimento de fracasso que ronda este segmento de ensino marcado pelo forte viés esportivizante e pela descontextualização com a cultura juvenil. Para o estudo, optamos por investigar as aulas de Educação Física de uma escola estadual, situada no bairro de Campo Grande, na Zona Oeste do município do Rio de Janeiro. Foram analisados o Projeto Político Pedagógico da escola, o currículo mínimo de Educação Física do Estado e os planos de curso dos/as professores de Educação Física. Também foram observadas aulas de Educação Física e, por fim, foram realizadas entrevistas com professores/as de Educação Física, diretores/as e coordenadoras da escola em questão. Concluímos que as diferenças culturais são percebidas no contexto das aulas de Educação Física, ora como um problema a resolver, ora como uma possibilidade de reconhecimento e respeito ao outro, embora, tais questões não sejam reconhecidas de forma explícita nas propostas curriculares vigentes. Defendemos neste estudo a consideração das diferenças culturais como constitutivas de todos e todas, e, portanto, uma questão fundamental a ser discutida nas práticas pedagógicas, no conhecimento escolar, nas relações interpessoais e, em suma, no currículo escolar. / [en] Physical Education seems to be one of the most expected disciplines in the week by a large part of the students during the schooling process. The fact can be analyzed from the very experience of the component that breaks with the fixity of the body, allowing other spaces of movement and reflection. However, the repertoire of gestures and corporal practices is not always valued and recognized by the school space. Such a context may lead to stiffening of ways of conceiving differences of gender, class, race, sexuality, age, motor ability, etc. Therefore, the present study had as objective to analyze how questions related to cultural differences are treated by the teachers in the classes of Physical Education of the high school in the daily life of a state public school of the RJ. The interest in investigating high school was because the teaching of Physical Education in this segment is still a subject little addressed in the area, perhaps due to the difficulty of teachers and students in overcoming the famous roll the ball class, or the feeling of failure that surrounds this segment of education marked with a strong sportive bias and decontextualization with youth culture. For the study, we chose to investigate Physical Education classes at a state school, located in the Campo Grande neighborhood, in the West Zone of Rio de Janeiro. Were analyzed the school s Political Pedagogical Project, the minimum curriculum of State Physical Education and the course plans of the Physical Education teachers. Physical Education classes were also observed and, finally, interviews were conducted with physical education teachers, directors and coordinators of the school in question. We conclude that cultural differences are perceived in the context of Physical Education classes, both as a problem to be solved, and as a possibility of recognition and respect for the other, although such issues are not explicitly recognized in current curricular proposals. We defend in this study the consideration of cultural differences as constitutive of all, and therefore a fundamental issue to be discussed in pedagogical practices, school knowledge, interpersonal relations and, in short, the school curriculum.
|
Page generated in 0.032 seconds