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[en] COMPETITIVE ADVANTAGE SUSTAINABILITY OF A FIRM IN VOLATILE ENVIRONMENT PETROBRAS OIL EXPLORATION AND PRODUCTION IN BRAZIL / [pt] SUSTENTABILIDADE DE VANTAGEM COMPETITIVA DE UMA EMPRESA EM UM MEIO AMBIENTE EM TRANSIÇÃO: FOCO NO SEGMENTO DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DA PETROBRAS NO BRASILANTONIO CARLOS MOREIRA DE VASCONCELLOS 11 December 2001 (has links)
[pt] A sustentabilidade de vantagem competitiva de uma empresa
pode ser analisada por modelos dinâmicos integrativos,
considerando-se aspectos estruturais do setor industrial,
recursos e competências da firma. Porém, quando os
distúrbios no ambiente empresarial são de grande magnitude,
esses modelos podem não ser suficientes para explicar o que
está ocorrendo e qual estratégia a empresa deve seguir para
assegurar sua vantagem competitiva. O meio ambiente
empresarial no setor de petróleo, no Brasil, vem passando
por distúrbios nos moldes preconizados por Schumpeter
(1934, 2000), ou seja, um contexto em que as alterações só
podem ser imperfeitamente previstas pelas firmas. Nesse
contexto, aquilo que ora foi válido e adaptado, provendo
resultados competitivos vantajosos para a empresa, pode
deixar de sê-lo, trazendo conseqüências nefastas para o
desempenho da mesma. Como as estratégias são elaboradas
desenhando situações futuras e como nesse tipo de ambiente
essas previsões têm validade bem limitada, sua
aplicabilidade fica comprometida. Assim, surge a indagação:
que fatores podem levar à sustentabilidade da vantagem
competitiva de uma firma em um contexto de grandes mudanças?
Dentro dessa conjuntura, o segredo dessa sustentabilidade
pode estar ligado não simplesmente às competências, ou ao
posicionamento estratégico da firma, mas, principalmente,
ao reflexo da imperfeita adaptação da mesma ao meio ambiente
empresarial e, conseqüentemente, da percepção da
necessidade de mudança, de aprendizado e de flexibilidade
organizacional. Adotando uma abordagem com elementos
sistêmicos da firma, centrada na conversação estratégica,
que enfatiza a necessidade de diálogo e aceitação do
pensamento dissidente do dominante, foi proposto um
arcabouço de trabalho inspirado nas idéias de Argyris
(1991), Brown & Eisenhardt (1998), De Geus (1997), Senge
(1994) e Van der Heijden (1998), que destaca os seguintes
fatores críticos para a sustentabilidade de vantagem
competitiva em ambientes em transição: sensibilidade ao
meio ambiente, capacidade de aprendizado e de flexibilidade
organizacionais. Utilizando-se o método de estudo de caso,
aplicado à Petrobras no segmento E&P, procurou-se verificar
quão explícitos na empresa estão fatores, críticos para a
sustentabilidade de vantagem competitiva, considerando seu
ambiente em contínua transição. Da análise do padrão de
respostas obtido na pesquisa, bem como da observação da
dinâmica da empresa nesse período, foi possível concluir
que os fatores enfatizados no arcabouço de trabalho estão
presentes na empresa. Porém, parte dos mesmos ainda
permanece latente, muito em razão da transição
organizacional sofrida recentemente pela Petrobras ainda
não estar consolidada. A pesquisa permitiu identificar um
outro fator crítico para o sucesso da empresa na fase
pós-transição: sua capacidade de aceitar o pensamento
dissidente e dele retirar aquilo que não é percebido pelo
perfil dominante, especialmente sinais ambientais fracos. De
fato, dentro do contexto de consolidação da transformação
organizacional recém implementada na Petrobras, observou-se
que ainda existe espaço para uma maior aceitação do
pensamento dissidente. / [en] The sustainability of the competitive edge of a company can be analyzed by integrative dynamic models, taking into consideration structural aspects of the industrial sector and the company s resources and its competence. However, when disturbances in the business environment are of substantial magnitude, such models may not be enough toexplain what is happening and what strategy the company must pursue to ensure its competitive advantage.The business environment in the Brazilian petroleum sector has been undergoing disturbances of the form proclaimed by Schumpeter (1934, 2000), that is to say, in a context in which companies can only imperfectly predict alterations. In this context, that which was valid and adapted, up to now, to provide advantageous competitive results for a company, can no longer be so, bringing tragic results for its performance. Since the strategies are devised by drafting out future situations, and since suchpredictions have a very limited validity in this type of environment, applicability becomes compromised. The question then arises: what factors can lead a firm tosustainability of competitive edge in a context of great changes? Within such a situation, the secret of sustainability might not be merely linked to a company s competence or to strategic maneuvering, but could be mainly connected with the indirect influence of its less-than-perfect adaptation to the business environmentand, as a consequence, with its perception of the need to change and to learn, and with its organizational flexibility.In adopting a systemic approach to the company, centered on strategic conversation, which emphasizes the need for dialogue and accept ance of thinking that is dissident to predominant ideas, a study framework was proposed inspired by the ideas of Argyris (1991), Brown & Eisenhardt (1998), De Geus (1997), Senge (1994) and Van derHeijden (1998), which points out the following critical factors for sustainability of competitive edge in an environment in transition: a sensitive concern for the business environment; a capacity for learning; and organizational flexibility. Using the case study method, applied to the E&P segment of Petrobras, one sought toidentify critical factors for sustainability of the competitive edge of the company, with due consideration of its continually-changing business environment.From an analysis of the standard of replies obtained in the survey, and also from observing the dynamics of the company during the survey period, it was possible to conclude that the factors emphasized in the study framework are present in the company. However, some of those factors are still latent, very much due to fact that the organizational transition recently undergone by Petrobras is not yet consolidated. The research survey enabled identification of one other factor critical to the success of the company in the post-transition phase: its capacity for accepting dissident thinking and being able to extract from it what is not perceived by the dominant profile, especially weak environmental signs. Indeed, within the context of consolidating the organizational transformation recently implemented at Petrobras, one can see that space still exists for a greater acceptance of dissident thinking.
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