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[pt] OS TRÊS VÉRTICES DO TRIÂNGULO ROSA: UMA ANÁLISE DA RELAÇÃO ENTRE ESTADO-NAÇÃO, SEXUALIDADE E GENOCÍDIO / [en] THE THREE VERTICES OF THE PINK TRIANGLE: AN ANALYSIS OF THE RELATIONSHIP BETWEEN NATION-STATE, SEXUALITY AND GENOCIDERAFAEL JORDAN DE ANDRADE CAMPOS 26 May 2021 (has links)
[pt] Esta dissertação discute as bases heteronormativas do Estado-Nação que permitem a consolidação do critério de orientação sexual como fundamento para perseguição e genocídio. A partir de uma alegoria com o símbolo utilizado na identificação de homossexuais nos campos de concentração nazistas, o Estado-Nação, a sexualidade e o genocídio constituem os três vértices condutores desta pesquisa. A metodologia adotada baseia-se na curiosidade intelectual queer proposta por Cynthia Weber (2016), a partir da qual a dissertação busca esclarecer a íntima relação entre processos genocidas e o papel exercido pela sexualidade e pelo gênero na linguagem disciplinar coletiva de (re)produção do Estado Nacional enquanto forma de organização política. O argumento principal é de que, baseada neste modelo, a centralização da autoridade política soberana idealiza a homogeneidade nacional a partir, também, de critérios ligados ao gênero e à sexualidade. Buscando alcançá-la, os Estados são capazes de empreender práticas de violência e genocídio para com os sujeitos desviantes, através de processos de homogeneização patológica (RAE, 2002). A partir de uma contextualização final com um estudo de caso histórico do genocídio de homossexuais durante o regime nazista (1933-1945), analisa-se como sistemas normativos ligados ao gênero e à sexualidade foram inextricáveis da construção da homossexualidade como ameaça ao Estado-Nação alemão - antes, durante e após o período do genocídio propriamente. Tendo em vista estas continuidades e a persistência de atos violentos contra sujeitos sexualmente desviantes, aponta-se para a possível presença de um continuum genocida (SCHEPER-HUGHES, 2007) heteronormativo na política internacional contemporânea. / [en] This Master s thesis discusses the heteronormative foundations of the Nation-State that allowed for the consolidation of a sexual orientation criterion as the basis for persecution and genocide. Using the identification symbol worn by homosexuals in Nazi concentration camps as an allegory; sexuality, genocide, and Nation-State constitute the three guiding vertices of this research. The adopted methodology is based on Cynthia Weber s (2016) queer intellectual curiosity , through which the thesis seeks to investigate the close relationship between genocide processes and the role of sexuality and gender in the collective disciplinary language of the Nation-State s (re)production as a form of political organization. The main argument is that, through this model, the centralization of sovereign political authority idealizes national homogeneity also based on criteria related to gender and sexuality. To achieve this homogeneity, States are capable of engaging in practices of violence and genocide towards deviant subjects through pathological homogenization processes (RAE, 2002). From a final contextualization with a historical case study of the genocide of homosexuals during the Nazi regime (1933-1945), this thesis analyzes how normative systems linked to gender and sexuality were inextricable from the construction of homosexuality as a threat to Germany - before, during and even after the genocide itself. Given these continuities and the persistence of violent acts against sexually deviant subjects, the research points out the possible presence of a heteronormative genocide continuum (SCHEPER-HUGHES, 2007) in contemporary world politics.
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