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[pt] ABERTURA COMERCIAL E MOBILIDADE DO TRABALHO: MITIGANDO CUSTOS DA LIBERALIZAÇÃO COMERCIAL NO BRASIL ATRAVÉS DE POLÍTICAS ATIVAS DE REQUALIFICAÇÃO PROFISSIONAL / [en] TRADE LIBERALIZATION AND LABOR MOBILITY: MITIGATING COSTS OF TRADE LIBERALIZATION IN BRAZIL THROUGH ACTIVE LABOR MARKET POLICIES FOR RESKILLINGGABRIEL DE BARROS TORRES 01 June 2020 (has links)
[pt] A nova política comercial brasileira, seja associada a exercícios de
liberalização negociada ou autônoma, impõe a necessidade de avaliar e administrar
os eventuais custos associados à nova situação de abertura comercial, sobretudo do
ponto de vista do deslocamento do trabalho em setores tradicionalmente protegidos.
Neste sentido, a facilitação da mobilidade do trabalho entre firmas e setores é
essencial não apenas para mitigar os custos do ajuste, mas também para maximizar
os ganhos esperados na produtividade do trabalho. A partir da experiência
internacional com programas de ajuste ao comércio e políticas ativas de mercado de
trabalho, este estudo visa analisar as opções e formatos de políticas mais adequados
à promoção da empregabilidade no contexto da nova política comercial brasileira.
Com base na trajetória recente de políticas de requalificação profissional no Brasil,
argumenta-se que o movimento de abertura comercial deva ser acompanhado pela
priorização de políticas de mercado de trabalho com elegibilidade universal e
orientadas à demanda, com resultados positivos comprovados – em particular,
através da expansão do Pronatec Setor Produtivo, tornando-o o principal
programa nacional de acesso ao ensino técnico e profissional. Ao mitigar os custos
laborais do ajuste à abertura comercial, este exercício poderá contribuir para
atenuar resistências setoriais ao próprio processo de liberalização. / [en] The new Brazilian trade policy, whether associated with negotiated or
autonomous liberalization, imposes the need to evaluate and manage costs
associated with the new competitive situation, especially considering the
displacement of labor in traditionally protected sectors. In this sense, facilitating
labor mobility across firms and sectors is essential not only to mitigate trade
adjustment costs, but also to maximize expected gains in labor productivity. Based
on international experience with trade adjustment programs and active labor market
policies, this study aims to analyze the most appropriate policy options and formats
to promote employability in the context of the new Brazilian trade policy. Based on
the recent trajectory of vocational and technical training programs in Brazil, it is
argued that trade liberalization should be accompanied by the prioritization of
demand-driven universal labor market policies, with proven positive outcomes –
in particular, through the expansion of Pronatec Productive Sector, making it the
main national program for access to technical and vocational education. By
mitigating the labor costs of adjusting to trade openness, this exercise may
ultimately help to mitigate sectorial resistance to the liberalization process.
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[en] DOES STRUCTURAL CHANGE LEAD TO INEQUALITY CHANGE?: A MACROECONOMIC APPROACH / [pt] TRANSFORMAÇÃO ESTRUTURAL IMPACTA A DESIGUALDADE?: UMA ABORDAGEM MACROECONÔMICA08 April 2021 (has links)
[pt] À medida que a literatura de transformação estrutural esteve focada em
explicar os Kuznets facts - um conjunto de regularidades empíricas apresentado
pela dinâmica dos setores de uma economia - questões importantes
ficaram à margem. A desigualde foi uma delas: Simon Kuznets, o pai dessa
literatura, repetitivamente defendeu que desigualdade e dinâmica setorial
eram relacionadas. Nesse sentido, nosso objetivo é extender o modelo canônico
de trasformação estrutual de forma a introduzir distribuição de renda e
riqueza entre indivíduos. Permitimos que haja risco idiossincrático e mercados
incompletos em um ambiente de crescimento com dois setores. Em um
exercício quantitativo, é conduzida uma transição secular entre uma economia
pobre baseada em bens para uma economia rica intensiva em serviços
- ao longo da qual o modelo gera uma curva em U invertido para a trajetória
da desigualdade. Nossa contribuição é sugerir como o preço relativo
entre consumo e investimento (que varia no tempo e decorre da estrutura
multi-setorial do modelo) tem um papel importante no comportamento das
medidas distributivas. Também mostramos que o consumo de subsistência,
típico de ambientes de transformação estrutural, pode influenciar a desigualdade.
Na sequência, o modelo é extendido com uma restrição sobre a
capacidade dos trabalhadores de se moverem entre os setores - e mostramos
como essa fricção pode amplificar o o formato em U invertido seguido pelo
Gini de renda e riqueza. Por fim, nossa economia é calibrada para os Estados
Unidos (1950-2000), gerando evidências qualitativas e quantitativas
do efeito sobre a desigualdade de ambos os efeitos acima (preço relativo
e consumo de subsistência). A evidência quantitativa, porém, é em certos
casos limitada. / [en] While the structural change literature has been mainly focused on explaining
the Kuznets Facts - a set of regularities concerning sectoral dynamics
throughout economic growth - important issues were left apart. Inequality
was one of them: Simon Kuznets, the father of this literature, when making
some of the first documentation of structural change patterns, repetitively
expressed his concern that inequality and sector reallocation were linked. In
this regard, we seek to extend the benchmark model of structural change to
introduce wealth and income distribution. We allow idiosyncratic risk and
incomplete markets in a two-sector environment of growth. In a quantitative
exercise, a secular transition from a poor and good s producer economy
to a richer and service-based one is conducted. The model can account for
an inverse U-shaped path for inequality as growth takes place. Our contribution
is to suggest how a time-varying relative price of consumption and
investment - yielded by the model s multi-sector structure - plays a role in
the inequality behavior. We also show that the subsistence consumption requirement,
typical of structural change setups, can influence distributional
variables. The model is extended with a restriction over workers capacity
to move across sectors - and we show that it amplifies the inverse U-shaped
path followed by the income and wealth Gini. Finally, the model is calibrated
for the US economy (1950-2000), yielding qualitative and quantitative
evidence of the effect on inequality from both mechanisms presented above
(relative prices and subsistence consumption). Quantitative strength, however,
is in some cases limited.
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