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[en] BEING STEPFATHER IN BLENDED FAMILIES: THE CHALLENGES OF PLURIPARENTHOOD / [pt] SER PADRASTO EM FAMÍLIAS RECOMPOSTAS: OS DESAFIOS DA PLURIPARENTALIDADE

CAMILLE DE ANDRADE SARAIVA 27 January 2017 (has links)
[pt] Esta pesquisa teve como objetivo principal investigar a inserção dos padrastos no contexto familiar recomposto. Buscou-se analisar o lugar ocupado por estes e identificar as dificuldades enfrentadas para sua inclusão na dinâmica familiar. Na bibliografia pesquisada, a maior parte dos autores destaca as especificidades do recasamento e as dificuldades a serem enfrentadas pelo casal a partir do novo enlace conjugal, diante da complexidade da rede de relacionamentos familiares. Além disso, nos autores pesquisados foram evidenciadas duas formas antagônicas de funcionamento das famílias recompostas, que foram usadas como referência para a discussão dos dados da pesquisa qualitativa: a integração e a substituição. Na pesquisa de campo, foram realizadas entrevistas individuais semidirigidas com sete padrastos, residentes no Estado do Rio de Janeiro, na faixa etária de 29 a 60 anos, com tempo de convívio com seus enteados entre cinco e onze anos. Da análise qualitativa dos dados, verificou-se que, ou os padrastos podem atuar de forma a substituir o pai biológico, rivalizando com este; ou, de forma oposta, agir como figuras adicionais no contexto familiar, auxiliando pais e mães na tarefa de educar as crianças/adolescentes, sem maiores confrontos com a figura paterna. Constatou-se que os padrastos, apesar das singularidades de cada uma de suas famílias, enfrentam alguns impasses e dificuldades semelhantes. Desta forma, entende-se que cabe ao padrasto criar um espaço singular de atuação, evitando entrar em choque com as tarefas e funções dos demais membros da família. Espera-se que se estabeleça um espaço parental diverso, a fim de possibilitar o exercício de uma experiência pluriparental. / [en] This research aimed to investigate the stepfathers in the context of blended families, specifically, the position occupied and the difficulties faced by them in the family dynamics were analyzed. According to the literature, most authors highlights on the specifics of remarriage and the difficulties encountered by the couples from the new marriage bond, given the complex network of family relations. Furthermore, two antagonistic forms of function in the blended families were found: the integration and the substitution, which were both used as reference for data analysis in the qualitative research. Semi-structured individual interviews were conducted with seven stepfathers in the field research. According to the participants report, it was noted that or the stepfathers can act to replace the function of the biological father, rivaling them, or, in opposite way, they could act as an additional figures within the family, helping parents in the task of educating children/adolescents without major confrontations with the father. Despite the uniqueness of each family, it was found that stepfathers confront similar impasses and difficulties. In conclusion, it seems that the stepfathers to create singular space of action, avoiding conflict regarding the task and functions with others family members. It is hoped to establish them in a diverse parental space, where they could exercise a pluriparental experience.
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[en] REMARRIED FAMILIES: ADOLESCENTS PERSPECTIVES ON THE STEPFATHER S ROLE / [pt] FAMÍLIA RECASADA: O LUGAR DO PADRASTO NA PERSPECTIVA DOS ADOLESCENTES

ISABELA TAVARES JUNQUEIRA 28 June 2017 (has links)
[pt] Esta Dissertação teve como objetivo investigar a percepção de adolescentes de famílias recasadas em relação à coabitação com seus padrastos, e ao lugar que estes ocupam na dinâmica familiar. Levando-se em conta o crescente número de recasamentos e face à necessidade de que se estude esta configuração familiar, considerando suas características singulares, foi realizada uma pesquisa qualitativa contando com a participação de oito adolescentes com idades variando entre 14 e 16 anos e que coabitavam com seus padrastros por, no mínimo, quatro anos. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas semi-estruturadas. As categorias que emergiram dos relatos dos adolescentes foram: membros da família recasada; cotidiano da família recasada; tarefas domésticas; autonomia; autoridade; conflitos; relações socioafetivas; o pai; nomeação e, por fim, as expectativas em relação ao padrasto. Verificou-se que um fator de importância para se definir os membros da família é a coabitação, e que uma possível característica específica desta configuração é o tempo passado em família reduzido em função dos diversos núcleos familiares dos quais os adolescentes fazem parte e cujas casas frequentam. Os dados sugerem que ainda cabe à mãe a realização de grande parte das tarefas domésticas e os cuidados com os filhos, o que demonstra a permanência dos papéis de gênero tradicionais, ainda que se trate de uma configuração familiar não-tradicional. A visitação à casa paterna não seguiu algum acordo estabelecido pelas figuras parentais, cabendo aos adolescentes a decisão de ir e vir quando assim desejassem. As mães foram identificadas como sendo a principal figura de autoridade, estabelecendo e garantindo o cumprimento das regras. O segundo lugar foi dividido entre o pai e o padrasto, o que sugere uma maior participação paterna na educação e na criação dos filhos após o divórcio e o recasamento. Quanto ao padrasto, os adolescentes justificaram a autoridade do mesmo com a presença deste na casa, mas a qualidade da relação que se estabelece entre eles se mostrou ainda mais importante para que reconheçam a autoridade do mesmo. Constatou-se a predominância de um modelo democrático e igualitário na maneira de lidar com a hierarquia, e a maioria dos conflitos ocorrem quando os jovens questionam as regras ou os limites colocados pela mãe. Maiores conflitos também ocorrem na relação entre os adolescentes e seus padrastos quando estes últimos buscam exercer um papel de autoridade que a eles não foi designado. A função de autoridade do padrasto é conquistada gradualmente, dependendo da relação que estabelece com seu enteado. Quanto ao lugar que o padrasto ocupa na dinâmica familiar, os enteados entendem que ele deve ser como um pai naquele núcleo familiar e esperam ser tratados como filhos. Contudo, mesmo esperando que o padrasto desempenhe uma papel paterno, os adolescentes não desejam que ele substitua a figura paterna e guardam a palavra pai para nomear apenas o pai biológico, optando pelo uso do termo padrasto, para designar o marido da mãe, termo este que não é visto pelos jovens de forma negativa. A presença paterna parece ser um fator de importância para que não se refiram aos padrastos como pai. A maneira com que chamam os irmãos biológicos é a mesma que usam para se referir aos meio-irmãos e, quanto aos irmãos socioafetivos, a qualidade do laço que se constrói entre eles parece ser determinante para a escolha do termo a ser utilizado para nomeá-los. Nas famílias estudadas verificou-se uma lógica de funcionamento que garante a presença do pai e, no que diz respeito ao lugar do padrasto, este é construído de maneira própria e única, adicionando à família e não substituindo o lugar da figura paterna. / [en] This Dissertation aimed to investigate the perception of adolescents in remarried families regarding their stepfather s place in the family s everyday life. Taking into consideration the growing number of remarried families, and given the need to discuss the specific characteristics of this family configuration, a qualitative research was conducted with the participation of eight adolescents between the ages of 14 and 16, living with their mothers and stepfathers for at least four years. Semi-structured interviews were used to collect data. The categories that emerged from the interviews were: members of the remarried family; family everyday life; household chores; autonomy; authority; conflicts; stepfamily; the father; naming and, finally, expectations regarding the stepfather. It was verified that an important factor for defining the family members is the time spent living together. Also, one of the possible specificities of remarried families is the limited family time, since the teenagers divide their time amongst the many family households that they visit often. Traditional gender roles still remain present, as the mothers were said to be the ones that take care of house chores. The adolescents that participated in this study seem to display autonomy, given that seen as they can do most things on their own as long as their parents are aware. An example of this autonomy is the decision to visit their father s house, which remains theirs. As for the exercise of authority in the families, the teenagers recognize their mothers as their main authority figure, followed by their fathers, in some cases, or their stepfathers, in other cases, which demonstrates a bigger participation of the fathers in their children s education after divorce and remarriage. As for the stepfathers, living together was shown to be an important factor so that the adolescents acknowledge their authority. However, the kind of relationship that they build seems to be essential for the teenagers to accept or reject the establishment and enforcement of rules by them. The families seem to deal with hierarchy in a democratic way, where the adolescents participate on the establishment of rules and allow themselves to question the decisions made mostly by their mothers, which sometimes results in conflicts between them. Conflicts may also occur between the stepfathers and their stepchildren if he tries to set rules or administer discipline without being recognized as an authority figure by his stepchild as it seems that stepfather authority is gained over time, according to the kind of relationship that is established between him and his stepchild. Regarding the stepfather s place in the family dynamics, the teenagers consider that they should be like a father to them in their household, acting as fathers and treating them as their own children. However, as much as the young participants expect their stepfathers to treat them as fathers, they don t seem to wish for a substitution of their father s place and save the word dad to be used only with their fathers, choosing to refer to their mother s husband as their stepfather, and don t seem to see a problem in using this word. The presence of their biological fathers seems to be an important factor for not calling their stepfathers dad. The words used to refer to half-siblings are the same as the ones used with biological siblings, and step-siblings are referred to according to the strength of the bond that exists between them. The adolescents families seem to function by a logic that doesn t put aside the biological father. As for the stepfather s place in the family and his roles, they are built in order to add to the family, and not as a substitute for the father.

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