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[en] CONTRADICTIONS OF SPACE PRODUCTION AS SOCIAL HOUSING AND ITS RELATION WITH HUMAN HEALTH: THE PROGRAM MINHA CASA MINHA VIDA IN THE NEIGHBORHOOD OF SENADOR CAMARÁ, CITY OF RIO DE JANEIRO / [pt] CONTRADIÇÕES DA PRODUÇÃO DO ESPAÇO COMO MORADIA SOCIAL E SUA RELAÇÃO COM A SAÚDE HUMANA: O PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA NO BAIRRO DE SENADOR CAMARÁ, CIDADE DO RIO DE JANEIROJULIANA MACEDO DE SOUSA 07 May 2020 (has links)
[pt] A moradia enquanto apropriação privada de uma parcela do solo urbano se
tornou uma mercadoria de altíssimo custo, sendo inacessível para as famílias de
baixa renda. O Estado intermedeia essa situação com políticas de habitação social,
como é o Programa Minha Casa Minha Vida, dirigido às famílias com renda
média de zero até dez salários mínimos, dividido em faixas de renda salariais.
Tais políticas habitacionais são criadas em confluência com a classe capitalista, de
forma que definem as áreas e acessos destinados a moradias sociais, que em geral,
são áreas menos valorizadas, com baixos investimentos do Estado e serviços
públicos precários, como é o bairro de Senador Camará, nossa empiria. Essa
desvalorização se dá pelo próprio movimento do capital, que cria um mosaico de
desenvolvimento geográfico desigual, em que as regiões ricas tendem a ficar mais
ricas, enquanto regiões pobres tendem a ficar mais pobres. No bairro, foram
construídos empreendimentos destinados às famílias com renda de zero a três
salários mínimos (Faixa 01), em uma área contaminada por amianto, substância
altamente perigosa para a saúde humana, além de estarem sob o poder do tráfico
local, controlando suas vidas cotidianas. Podemos dizer que a produção do espaço
como moradia social produz contradições, as quais se manifestam nos
condomínios construídos no bairro de Senador Camará. Portanto, nosso objetivo é
analisar as manifestações da produção do espaço como moradia social e a relação
com a saúde humana em nossa empiria, a partir da dimensão do corpo enquanto
escala espacial desse processo. / [en] Housing as private appropriation of a parcel of urban land has become a
commodity of very high cost, being inaccessible to low-income families. The
State mediates this situation with social housing policies, such as the Minha Casa
Minha Vida Program, aimed at families with an average income of zero to ten
minimum wages, divided into income brackets. Such housing policies are created
in conjunction with the capitalist class, in a way that defines the areas and
accesses to social housing, which in general are less valued areas, with low state
investments and precarious public services, such as the neighborhood of Senador
Camará, our empire. This devaluation is due to the very movement of capital,
which creates a mosaic of uneven geographical development, where rich regions
tend to become richer, while poor regions tend to become poorer. In the
neighborhood, enterprises were built for families with income from zero to three
minimum wages (Range 01), in an area contaminated by asbestos, a substance
highly dangerous to human health, and under the power of local traffic,
controlling their lives everyday life. We can say that the production of space as
social housing produces contradictions, which are manifested in the
condominiums built in the neighborhood of Senador Camará. Therefore, our
objective is to analyze the manifestations of the production of space as social
housing and the relationship with human health in our empiricism, from the
dimension of the body as a spatial scale of this process.
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