[pt] A construção de identidades no contexto educacional tem sido foco de muitos estudos contemporâneos (eg. Fairclough, 1995; Kumaravadivelu, 1999; Kleiman, 2001; Moita Lopes, 1999). Essas pesquisas evidenciam a interação entre professores e alunos como elemento primordial para a observação e análise das identidades projetadas discursivamente no processo ensino- aprendizagem dentro do contexto da sala de aula. No entanto, as identidades discursivas da direção não aparecem como objeto de estudo nesse contexto. O presente estudo preenche tal lacuna, investigando como professores, alunos e direção constroem discursivamente suas identidades em um contexto que não o de sala de aula. A investigação é realizada com base na microanálise etnográfica (Erickson, 1996) e os dados foram obtidos através de questionários, narrativas e prática exploratória, tendo sido analisados qualitativamente a partir do sistema de transitividade e da modalidade da Gramática Sistêmico-Funcional (Halliday, 1985, 1994), à luz de uma abordagem crítica do discurso pedagógico (Fairclough, 1995; Giroux, 1997). Os resultados sinalizam que, discursivamente, as identidades projetadas pela direção consolidam-se no discurso da administração e controle (Giroux, 1997) e corroboram o papel que a direção assume institucionalmente. Por outro lado, professores e alunos projetam identidades segundo o discurso da relevância e integração. Finalmente, os dados também apontam que o afeto é utilizado, implicitamente, como estratégia de negociação. / [en] The construction of identities in educational contexts has been the focus of many contemporary studies (eg. Fairclough,1995; Kamaravadivelu,1999; Kleiman, 2001; Moita Lopes, 1999). Such research has focused on interaction between teachers and students, observing and analyzing discursive identities projected along the teaching-learning process, in a classroom context. However, the discursive identities projected by the school board do not emerge in this context. This study fulfills such a gap, investigating how teachers, students and the school board construct their discursive identities in a context other than the classroom. To do so, it conducts ethnographic microanalysis (Erickson,1996) on data obtained by questionnaires, narratives and exploratory practice, within a qualitative paradigm. The categories of analysis are from Systemic-Functional Grammar (Halliday, 1985 and 1994), namely the transitivity system and modality, and they have been undertaken from the critical perspective of pedagogical discourse analysis (Fairclough, 1995; Giroux, 1997). The results have indicated that the identity discursively projected by the school board fits the management and control discourse (Giroux,1997), corroborating the board´s institutional role. On the other hand, teachers and students project identities that fit the relevance and integration discourse. In addition, results have revealed that affect is implicitly used as a negotiation strategy.