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[en] INTERGENERATIONAL CONFLICTS: RECOGNITION AND ANALYSIS OF SOCIETY / [pt] CONFLITOS INTERGERACIONAIS: RECONHECIMENTO E ANÁLISE DA SOCIEDADE

MARCELO KOKKE GOMES 08 March 2017 (has links)
[pt] A presente Tese de Doutorado procede à articulação da Teoria do Reconhecimento e da Teoria da Justiça como Análise da Sociedade, de Axel Honneth, como via de análise crítica de práticas sociais e instituições que estabeleçam padrões sociais de afirmação e negação do outro nas relações intersubjetivas, construídas e estendidas entre as gerações. O enfoque temático toma por objeto os conflitos intergeracionais e suas postulações de rompimento ou preservação de legados ou heranças entre as gerações passadas, as gerações presentes e as gerações futuras visando desenvolver abordagem que os situe em uma dimensão normativa ligada à teoria moral, mas não dissociada da expressão da ação social. A compreensão dos conflitos intergeracionais como lutas por reconhecimento intergeracional, perpassando igualmente conflitos situados em uma luta por reconhecimento intrageracional, com reconstrução normativa de práticas sociais e instituições, permitirá conceber a autorrealização intergeracional. A autorrealização intergeracional, interligada à definição de eticidade formal de Honneth, articula ações morais e ações sociais, além de fornecer critérios de identificação de patologias sociais e mecanismos de negação do reconhecimento nas interações sociais. / [en] The present doctoral research perform articulation between the Recognition Theory and the Theory of Justice as an Analysis of Society, by Axel Honneth, as a path for critical analysis of social practices and institutions that establish social patterns of affirmation and refusal for the other into intersubjective relationships built and extended over the generations. The thematic focus takes as object the intergenerational conflicts and his postulations of disruption or preservation of legacy or inheritance among past, present and future generations in order to develop one approach that put them in a normative dimension linked to moral theory but not dissociated from social action expression. Understanding of intergenerational conflicts as struggle for intergenerational recognition, also including conflicts situated in the struggle for intragenerational recognition, accompanied by the normative reconstruction of social practices and institutions, allow conceive the intergenerational selfrealization. The intergenerational selfrealization, linked to Honneth s formal conception of ethical life, articulates moral and social actions, besides providing criteria for identification of social pathologies and mechanisms of negative recognition in social interactions.
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[pt] A ESCOLA NÃO É UM LUGAR FÁCIL... NÃO MESMO!: BULLYING, NÃO-RECONHECIMENTO DA DIFERENÇA E BANALIDADE DO MAL / [en] THE SCHOOL IS NOT AN EASY PLACE ... NOT EVEN!: BULLYING, NON-RECOGNITION OF DIFFERENCE AND THE BANALITY OF EVIL

PAMELA SUELLI DA MOTTA ESTEVES 10 March 2016 (has links)
[pt] A presente pesquisa, um estudo de natureza qualitativa acerca da violência escolar, teve como objetivo principal conhecer, interpretar e compreender as relações entre pares permeadas por práticas agressivas que atualmente são conceituadas como bullying. O estudo foi realizado em uma escola pública de ensino médio da rede estadual do Rio de janeiro. Buscamos investigar a percepção dos professores e dos estudantes acerca do bullying enquanto um tipo específico de violência escolar. A principal hipótese da pesquisa é que os altos índices de casos de bullying estão diretamente relacionados à dificuldade dos estudantes em reconhecer e conviver com as diferenças culturais e identitárias que são construídas e reconstruídas no ambiente escolar. Nessa perspectiva, para compreender a motivação que está por trás das práticas de agressão investigamos o bullying como uma intolerância em relação à diferença. Percebemos que a intolerância à diferença é insuficiente para explicar a gravidade das agressões e buscamos, além disso, investigar o bullying como um comportamento maliciosamente banal, que se origina da incapacidade de pensar e refletir sobre o significado e as consequências das ações. Tal incapacidade é resultante, entre outros fatores, de um projeto moderno de sociedade que não valoriza uma proposta educacional voltada para o pensamento e para reflexão. Considerando a intolerância e a banalidade como expressões motivadoras e explicadoras do bullying, utilizamos a Teoria do Reconhecimento de Charles Taylor e Axel Honneth e o conceito de Banalidade do Mal de Hannah Arendt para fundamentar nossa hipótese principal. Como procedimentos metodológicos, além de uma extensa revisão bibliográfica, foram realizadas observações do campo, aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas com 08 professores e 10 estudantes que se voluntariaram para a pesquisa. A pesquisa concluiu que os estudantes conhecem o bullying e são afetados por esse tipo de violência, mas não confiam na escola como instituição capaz de ajudá-los a enfrentar o problema. Os professores sabem identificar os casos de bullying, mas não se preocupam em compreender os motivos que levam a essa prática, quando muito se limitam a pensar em estratégias de enfrentamento. A gestão escolar nega a ocorrência do bullying e interpreta os conflitos e agressões entre pares como brincadeiras rotineiras do cotidiano escolar. A pesquisa apontou também que a problemática do bullying configura-se como um tema marginalizado e banalizado na escola. / [en] This is a qualitative study on school violence. This research aimed at knowing, interpreting and comprehending the aggressive actions also known as bullying that happen among peers. This work took place at a public high school in the state of Rio de Janeiro. We intended to investigate the teachers and students perceptions concerning bullying as a type of school violence. Our hypothesis was that higher rates of bullying actions are related to the students difficulties at recognizing and dealing with cultural and identity difference that is built and rebuilt in the school environment. In order to comprehend the motives that were behind those aggressive actions, we investigated bullying as intolerance towards difference. We perceived that intolerance to difference is not enough to explain the severity of these aggressive acts. Thus, we investigated bulling as a maliciously trivial behavior. The source of this kind of behavior is a result of the inability to think and to reflect upon the meaning and the consequences of those aggressive acts. This inability is also a result of a modern society project that does not give the right value to an educational approach aimed at thinking and reflecting. We considered that intolerance and the banality of evil as expressions that motivate and explain bullying. We use the Theory of recognition by Charles Taylor and Axel Honnet and the concept of banality of evil by Hanna Arendt as a basis to our main hypothesis. As our methodological choices, we have had an extensive literature review, along with field observation, questionnaires and semistructured interviews with eight teachers and ten students who volunteered. As a conclusion to this work, we found that students know what bullying is, they know the practice and they are affected by this kind of violence, however they do not completely trust on their school asan institution that could be able to help them face the problem. Teachers know how to identify the bullying cases, but they do not mind comprehending the reasons that lead to those actions. At most, they think of some strategies in order to face the problem. The school management denies that bullying occurs and interprets these conflicts and aggressions as routineplays that normally take place at school. This research also pointed out that bullying is a sidelined and a trivialized theme at school.

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