SALES, Bruno Sampaio. Gritos silenciosos: trajetória e significados do álbum de família em um conjunto habitacional. 2012. 127f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Sociologia, Fortaleza (CE), 2012. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-29T11:13:15Z No. of bitstreams: 1 2012-DIS-BSSALES.pdf: 6726945 bytes, checksum: 74a71d2c0b3625d616b4f2c5b3355134 (MD5) / Approved for entry into archive by Márcia Araújo(marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-10-29T12:50:28Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2012-DIS-BSSALES.pdf: 6726945 bytes, checksum: 74a71d2c0b3625d616b4f2c5b3355134 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-10-29T12:50:28Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2012-DIS-BSSALES.pdf: 6726945 bytes, checksum: 74a71d2c0b3625d616b4f2c5b3355134 (MD5) Previous issue date: 2012 / Fotografias carregam consigo e em torno de si, pessoas, lugares onde estiveram, momentos que as atravessaram. A imagem excede álbuns e ganha vida na memória e imaginação dos observadores e todos que fizeram parte do contexto em que ela foi produzida. Faz-se então necessário que a utilização dessas imagens em pesquisas sociais opere num circuito mais amplo formado por esses indivíduos, seu ambiente e sua rede de relações. Partindo desse pressuposto, o presente trabalho tem por objetivo construir um compêndio de palavras e imagens que busca mapear e analisar a gama das dimensões, significados e papéis sociais da fotografia em uma família de classe popular, a partir de estudo de caso no Conjunto Habitacional São Vicente de Paulo, localizada na cidade de Fortaleza. É perceptível uma multiplicidade de papéis e afetos que essas imagens mobilizam dentro de tais grupos. Quais então seriam esses sentidos do arquivamento de imagens para uma família? Na intenção de conhecer o outro, observando e tentando compreender seus registros visuais de ritos, cotidiano e diferenças - aprofundando-se em vidas - é necessário também olhar em volta. Sentir e perceber instantes que não se revelam nem se escrevem em papéis, pois transbordam deles e alcançam um campo mais complexo. É importante então perceber que buscando compreender fotografias, podemos alcançar também visões de mundo e imagens da alma. São essas as mais fortes e potentes que encontrei junto de algumas pessoas e que pretendo aqui analisar e compartilhar.

ARAÚJO, Camila Leite de; PAULA, Silas José de. Do analógico ao digital: as transformações na produção dos instantâneos fotográficos do cotidiano. 2010. 146f. Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by Maria Josineide Góis (josineide@ufc.br) on 2011-08-26T13:25:23Z No. of bitstreams: 1 2010_Dis_CLARAUJO.pdf: 19626437 bytes, checksum: f0a4ebf129a930c6406cffd447e31e1a (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Josineide Góis(josineide@ufc.br) on 2011-08-26T14:08:33Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_Dis_CLARAUJO.pdf: 19626437 bytes, checksum: f0a4ebf129a930c6406cffd447e31e1a (MD5) / Made available in DSpace on 2011-08-26T14:08:33Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_Dis_CLARAUJO.pdf: 19626437 bytes, checksum: f0a4ebf129a930c6406cffd447e31e1a (MD5) Previous issue date: 2010 / The analog photo album allows us a memory of a past, within those archives we keep the picture of our beloved ones and the moments that we socially choose to represent us. Digital cameras, on the other side, provide an extensive photographic production which results in differentiated postures before the camera and extensive digital archives. One consequences of this visualization of existence is the constant recording of intimate moments, while the young legitimized digital photography as their tool of identity and communication, both featuring themselves and the contemporary image as transience and hybridity. Therefore, the contemporary is characterized by heterogeneous images with visual styles not classified topologically. Furthermore, with the digital technology arose the social virtual communities like facebook, orkut, fotolog and flickr expanded more the complexity of the process and began to exhibit the private moments in a public space. Mitchell (2005) brought to the scientific discourse which deals with imagery and text, the term “Pictorial Turn”, arguing that the images around us transform not only the world and identities, but have an increasingly important role in the construction of the social reality. This determines that the snapshot should not be understood as a mere repetition and recycling of past models, but has to deal with new issues emerging from contemporary process of negotiation and contestation, representation of the senses and pleasure. In an attempt to understand the transformations that the snapshots suffered from the transition from analog to digital, and thus understand the specific materials, aesthetic and social aspects of digital and analog photographic act, we performed a comparative analysis between two family albums: one analog and one digital. / Os álbuns analógicos do cotidiano nos permitem uma memória sobre um passado. Dentro deles guardamos imagens de pessoas queridas e de instantes ritualísticos. As máquinas digitais, por sua vez, possibilitam uma extensa produção fotográfica que resulta em posturas diferenciadas diante da câmera e arquivos digitais extensos. Uma das consequências dessa visualização da existência é o constante registro dos momentos íntimos, ao mesmo tempo, os jovens legitimaram a fotografia digital como sua verdadeira ferramenta de identidade e de comunicação, caracterizando tanto a si, como à imagem contemporânea, pela hibridez e efemeridade. Assim, a contemporaneidade passou a ser caracterizada por imagens heterogêneas e de estilos visuais não classificados tipologicamente. Além disso, com a tecnologia digital surgiram as redes de socialização virtual, como facebook, orkut, fotolog e flickr que ampliaram ainda mais a complexidade deste processo e passaram a expor momentos privados em espaços públicos. Mitchell (1992) trouxe para o discurso científico que lida com imagens e texto a expressão “virada pictórica” (Pictorial Turn), argumentando que as imagens ao nosso redor transformam não só o mundo e as identidades, mas têm um papel cada vez mais importante na construção da realidade social. Isto determina que o instantâneo não deva ser compreendido como mera repetição e reciclagem de modelos passados; mas que precisa lidar com novas questões advindas com o processo contemporâneo de negociação e contestação, da representação dos sentidos e do prazer. Na tentativa de perceber as transformações que os instantâneos contemporâneos sofreram com a passagem do analógico para o digital, e assim compreender as especificidades materiais, estéticas e sociais do ato fotográfico digital e analógico, realizamos uma análise comparativa entre dois álbuns familiares: um analógico e um digital.