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O ecossistema recifal de Serrambi (Pernambuco-Brasil): estrutura da comunidade fitoplanctônica e variáveis ambientaisJALES, Marina Cavalcanti 31 January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico / O ecossistema recifal de Serrambi situado cerca de 70 km do Recife, no litoral sul de
Pernambuco encontra-se constituído por recifes de arenito do tipo franja que se
destacam pela sua elevada biodiversidade, pesca artesanal, atividades náuticas e
recreativas. Com o intuito de avaliar as condições ambientais do referido sistema,
analisou-se a estrutura da comunidade fitoplanctônica e algumas variáveis ambientais.
Foram realizadas coletas em três meses do período de estiagem e três do chuvoso, em
três pontos de coleta, na superfície, em marés de sizígia durante a baixa-mar e preamar
diurna. A maioria dos parâmetros hidrológicos apresentaram diferença sazonal
significativa, devido à interferência das plumas dos rios Maracaípe e principalmente do
Sirinhaém no período chuvoso, aumentando o material particulado em suspensão, a
concentração dos nutrientes e diminuindo a salinidade, temperatura e a transparência
da água. De acordo com os resultados obtidos na análise na ACP (Análise de
Componentes Principais) mostraram que a pluviosidade foi a forçante física que mais
interferiu no sistema, correlacionando-se diretamente com material particulado em
suspensão, nitrato, silicato, fósforo e nitrito e inversamente com transparência,
temperatura e salinidade. A clorofila a variou tanto espacial como sazonalmente
havendo maior concentração no período chuvoso e a fração <20μm (pico e
nanofitoplâncton) foi a que mais contribuiu para a referida área. A comunidade
microfitoplanctônica esteve representada por 159 táxons distribuídos entre as divisões
Chlorophyta e Euglenozoa com 1 táxon cada (representando 0,63%); Cyanobacteria,
com 8 táxons (5,03%); Dinofagellata, com 18 táxons (11,32%); Bacillariophyta, com 131
táxons identificados, perfazendo 82,38%. As espécies que se destacaram como
dominantes foram Asterionellopsis glacialis (Castracane) Round; Coscinodiscus sp.;
Paralia sulcata (Ehrenberg) Cleve; Thalassionema nitzschioides (Grunow)
Mereschkowsky e como muito frequentes Oscillatoria princeps Vaucher ex Gomont,
Oscillatoria sp., Protoperidinium sp., Prorocentrum micans Ehrenberg, Surirela fastuosa
Ehrenberg, Coscinodiscus sp., Grammatophora marina (Lyngbye) Kützing, Nitschia
longissima (Brèbisson) Ralfs, Paralia sulcata (Ehrenberg) Cleve, Petroneis humerosa
(Brèbisson ex Smith) Stickle & Mann, Pleuro/Girosigma sp., Thalassiosira leptopus (Grunow) Hasle & Frywell, Bacillaria paxillifera (Müller) Marsson, Biddulphia
biddulphiana Smith, Campyloneis grevillei (Smith) Grunow & Eulenstein. De acordo com
a ecologia das espécies houve predomínio das ticoplanctônicas neríticas (48%),
seguidas pelas marinhas planctônicas oceânicas (21,3%), marinhas planctônicas
neríticas (16,5%), dulciaquícolas (5,5%) e estuarinas (8,7%). Portanto, levando-se em
consideração os baixos teores de sais nutrientes, elevada taxa de saturação do
oxigênio e baixa concentração clorofila a indicaram tratar-se de uma área isenta de
eutrofização, favorecendo desta forma uma alta diversidade específica e boa
distribuição das espécies fitoplanctônicas
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