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Poéticas do Aprender : modos de inscrever a si mesmo no mundo

Silva, Tatielle Rita Souza da January 2015 (has links)
Como transmitir o sal das palavras? De que forma é possível fazer do ensino o veículo de transmissão de um gosto? Como restabelecer, no encontro protagonizado na relação ensinante e aprendiz, mestre e discípulo, o liame etimológico entre saber, sabedoria e sabor – desde sempre perdido nos processos normativos de escolarização modernos? Estas são inquietações candentes à tese. Tais inquietações nasceram da atuação docente, em escolas da rede pública municipal e estadual de Porto Alegre, bem como do aprendizado recebido durante os primeiros anos de vida; na bifurcação desses caminhos, emergiu o amor à narrativa, pensado aqui como gestualidade passível de transmissão. Para problematizar tais questões, seguimos um método de trabalho que inverte início e fim, nascimento e morte, herança e filiação, origem e destino existencial. Na pesquisa, operamos a partir de uma coleção de cenas escolares e literárias, entregando-nos a um trabalho em torno do texto e da narrativa como inscrição existencial [etho]poiética. Nosso critério de seleção para eleger as cenas não foi outro senão ex-por-se ao pormenor, à filigrana, ao grão de areia, equilibrando-nos no vazio entre corpo-palavra, matéria-signo, e elevando nosso objeto de estudo à enunciação de uma prática. Nas cenas percorridas, interessou-nos pensar a potência de desalojamento, de interrupção e clivagem, produzidas desde o interior da ordem do sentido. Para tanto, acompanharam-nos autores como Walter Benjamin, Roland Barthes e Michel Foucault, dentre outros, que se agregaram ao percurso de pesquisa, tais como: Gaston Bachelard, Maurice Blanchot, Nietzsche e Giorgio Agamben. O ponto comum entre eles reside na potência conferida à gestualidade do literário, particularmente nos processos de formação. Ler, escrever, ex-por-se ao ruído inaudível do mundo, recolher fragmentos indecifráveis e dispersos à nossa volta e pôr-se a confeccionar histórias inscreve a existência em uma dimensão ética e estética muito particular, produzindo implicações nos processos de transmissão de saber deslocados no tempo e no espaço. O literário nos ensina outras formas de aprender. Esta tese põe-se a escutar a dor e a alegria de um mundo todo em estado de in-fância, de nascimento, povoado por seres habitantes do subterrâneo, vozes emergentes de uma zona de interlúdio, corpos em estado de transição. Existência e palavra se confundem nos limites de si mesmo, para transmutarem-se mutuamente e formarem algo novo, algo que nasce do encontro entre o inaudível, o impronunciável de nossas vivências e a prosa do mundo. Trata-se de abrir espaço para um saber que surge da escritura de uma voz. Nossos estudos nos apontaram que a imbricação de um saber/sabor, inscrita no gesto de transmissão literária, será tão mais fecunda se inaugurar um encontro pedagógico que rompe e adultera a ordem do sentido. Será tão mais profícua se nascer de um corte, de um deslocamento, de uma interrupção; enfim, se ousar subverter a forma e transmitir um saber adúltero – um saber mais comprometido com a matéria de criação do que com uma suposta exegese dos conteúdos veiculados. / ¿Cómo transmitir la sal de las palabras? ¿De qué forma es posible hacer de La enseñanza un vehículo de trasmisión gustos? ¿Cómo restablecer el encuentro protagonizado en la relación educador y aprendiz, maestro y discípulo, el líame etimológico entre saber, sabiduría y sabor – desde siempre perdido en los procesos normativos modernos de la escolaridad? Estas son inquietudes candentes dentro de esta tesis. Inquietudes que van a enraizarse en el encuentro entre caminos bifurcados: el de la actuación docente en escuelas de la red pública municipal y estadual de Porto Alegre y el de un aprendizaje recibido durante los primeros años de vida, se superpuso el amor a la narrativa como gestualidad pasible de transmisión. Para abordar tales cuestiones, seguimos un método de trabajo que revierte el caudal del tempo – invierte el inicio y el fin, nacimiento y muerte, herencia y filiación, origen y destino existencial. En esta investigación, operamos a partir de una colección de escenas escolares y literarias, entregándonos al trabajo realizado en torno al texto y a la narrativa como inscripción existencial [etho] poiética. Nuestro criterio de selección para elegir tales escenas no fue otro sino exponerse al pormenor, a la filigrana, al grano de arena, equilibrándose en el vacio entre cuerpo-palabra, materia-signo, elevando nuestro objeto de estudio a la enunciación de una práctica. Con palabras e historias, remodelamos nuestro cuerpo, convertimos nuestra vida en materia del arte. En las escenas recorridas, nos ha interesado pensar el orden del sentido. Para ello, nos acompañaron autores como Walter Benjamin, Roland Barthes, Michel Foucault entre otros que se agregaron a nuestro transcurso de investigación, tales como: Gaston Bachelard, Maurice Blanchot, Nietzsche y Giorgio Agamben. El punto común entre ellos reside en la potencia conferida a la gestualidad de lo literario en los procesos de formación. Leer, escribir, exponerse al ruido inaudible del mundo, recoger fragmentos indescifrables y dispersos a nuestro alrededor y colocarlos para confeccionar historias que inscriban la existencia en una dimensión ética y estética muy particular, produciendo implicaciones en los procesos de transmisión de saber descolocados en el tempo y en el espacio. Lo literario nos enseña otras formas de aprender. Esta tesis se ha puesto a escuchar el dolor y la alegría de un mundo en estado de infancia, de nacimiento, poblado por seres habitantes de lo subterráneo, voces emergentes de una zona de interludio, cuerpos en estado de transición. Existencia y palabra se confunden en los limites de sí mismo para transformarse mutuamente y formar algo nuevo, algo que nace del encuentro entre lo inaudible, o impronunciable de nuestras vivencias y la prosa del mundo. Se trata de abrir espacio para un saber que surge de la escrita de una voz. Nuestros estudios nos apuntaron que la imbricación de un saber/sabor inscripta en el gesto de transmisión literaria será tanto más fecunda si inaugura un encuentro pedagógico que rompe y adultera el orden del sentido. Será tanto más proficua si nace de un corte, de un desplazamiento, de una interrupción – si tiene la osadía de subvertir la forma y transmitir un saber adúltero – un saber más comprometido con la materia de creación que con una supuesta exégesis de los contenidos que lo vehiculan.
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Poéticas do Aprender : modos de inscrever a si mesmo no mundo

Silva, Tatielle Rita Souza da January 2015 (has links)
Como transmitir o sal das palavras? De que forma é possível fazer do ensino o veículo de transmissão de um gosto? Como restabelecer, no encontro protagonizado na relação ensinante e aprendiz, mestre e discípulo, o liame etimológico entre saber, sabedoria e sabor – desde sempre perdido nos processos normativos de escolarização modernos? Estas são inquietações candentes à tese. Tais inquietações nasceram da atuação docente, em escolas da rede pública municipal e estadual de Porto Alegre, bem como do aprendizado recebido durante os primeiros anos de vida; na bifurcação desses caminhos, emergiu o amor à narrativa, pensado aqui como gestualidade passível de transmissão. Para problematizar tais questões, seguimos um método de trabalho que inverte início e fim, nascimento e morte, herança e filiação, origem e destino existencial. Na pesquisa, operamos a partir de uma coleção de cenas escolares e literárias, entregando-nos a um trabalho em torno do texto e da narrativa como inscrição existencial [etho]poiética. Nosso critério de seleção para eleger as cenas não foi outro senão ex-por-se ao pormenor, à filigrana, ao grão de areia, equilibrando-nos no vazio entre corpo-palavra, matéria-signo, e elevando nosso objeto de estudo à enunciação de uma prática. Nas cenas percorridas, interessou-nos pensar a potência de desalojamento, de interrupção e clivagem, produzidas desde o interior da ordem do sentido. Para tanto, acompanharam-nos autores como Walter Benjamin, Roland Barthes e Michel Foucault, dentre outros, que se agregaram ao percurso de pesquisa, tais como: Gaston Bachelard, Maurice Blanchot, Nietzsche e Giorgio Agamben. O ponto comum entre eles reside na potência conferida à gestualidade do literário, particularmente nos processos de formação. Ler, escrever, ex-por-se ao ruído inaudível do mundo, recolher fragmentos indecifráveis e dispersos à nossa volta e pôr-se a confeccionar histórias inscreve a existência em uma dimensão ética e estética muito particular, produzindo implicações nos processos de transmissão de saber deslocados no tempo e no espaço. O literário nos ensina outras formas de aprender. Esta tese põe-se a escutar a dor e a alegria de um mundo todo em estado de in-fância, de nascimento, povoado por seres habitantes do subterrâneo, vozes emergentes de uma zona de interlúdio, corpos em estado de transição. Existência e palavra se confundem nos limites de si mesmo, para transmutarem-se mutuamente e formarem algo novo, algo que nasce do encontro entre o inaudível, o impronunciável de nossas vivências e a prosa do mundo. Trata-se de abrir espaço para um saber que surge da escritura de uma voz. Nossos estudos nos apontaram que a imbricação de um saber/sabor, inscrita no gesto de transmissão literária, será tão mais fecunda se inaugurar um encontro pedagógico que rompe e adultera a ordem do sentido. Será tão mais profícua se nascer de um corte, de um deslocamento, de uma interrupção; enfim, se ousar subverter a forma e transmitir um saber adúltero – um saber mais comprometido com a matéria de criação do que com uma suposta exegese dos conteúdos veiculados. / ¿Cómo transmitir la sal de las palabras? ¿De qué forma es posible hacer de La enseñanza un vehículo de trasmisión gustos? ¿Cómo restablecer el encuentro protagonizado en la relación educador y aprendiz, maestro y discípulo, el líame etimológico entre saber, sabiduría y sabor – desde siempre perdido en los procesos normativos modernos de la escolaridad? Estas son inquietudes candentes dentro de esta tesis. Inquietudes que van a enraizarse en el encuentro entre caminos bifurcados: el de la actuación docente en escuelas de la red pública municipal y estadual de Porto Alegre y el de un aprendizaje recibido durante los primeros años de vida, se superpuso el amor a la narrativa como gestualidad pasible de transmisión. Para abordar tales cuestiones, seguimos un método de trabajo que revierte el caudal del tempo – invierte el inicio y el fin, nacimiento y muerte, herencia y filiación, origen y destino existencial. En esta investigación, operamos a partir de una colección de escenas escolares y literarias, entregándonos al trabajo realizado en torno al texto y a la narrativa como inscripción existencial [etho] poiética. Nuestro criterio de selección para elegir tales escenas no fue otro sino exponerse al pormenor, a la filigrana, al grano de arena, equilibrándose en el vacio entre cuerpo-palabra, materia-signo, elevando nuestro objeto de estudio a la enunciación de una práctica. Con palabras e historias, remodelamos nuestro cuerpo, convertimos nuestra vida en materia del arte. En las escenas recorridas, nos ha interesado pensar el orden del sentido. Para ello, nos acompañaron autores como Walter Benjamin, Roland Barthes, Michel Foucault entre otros que se agregaron a nuestro transcurso de investigación, tales como: Gaston Bachelard, Maurice Blanchot, Nietzsche y Giorgio Agamben. El punto común entre ellos reside en la potencia conferida a la gestualidad de lo literario en los procesos de formación. Leer, escribir, exponerse al ruido inaudible del mundo, recoger fragmentos indescifrables y dispersos a nuestro alrededor y colocarlos para confeccionar historias que inscriban la existencia en una dimensión ética y estética muy particular, produciendo implicaciones en los procesos de transmisión de saber descolocados en el tempo y en el espacio. Lo literario nos enseña otras formas de aprender. Esta tesis se ha puesto a escuchar el dolor y la alegría de un mundo en estado de infancia, de nacimiento, poblado por seres habitantes de lo subterráneo, voces emergentes de una zona de interludio, cuerpos en estado de transición. Existencia y palabra se confunden en los limites de sí mismo para transformarse mutuamente y formar algo nuevo, algo que nace del encuentro entre lo inaudible, o impronunciable de nuestras vivencias y la prosa del mundo. Se trata de abrir espacio para un saber que surge de la escrita de una voz. Nuestros estudios nos apuntaron que la imbricación de un saber/sabor inscripta en el gesto de transmisión literaria será tanto más fecunda si inaugura un encuentro pedagógico que rompe y adultera el orden del sentido. Será tanto más proficua si nace de un corte, de un desplazamiento, de una interrupción – si tiene la osadía de subvertir la forma y transmitir un saber adúltero – un saber más comprometido con la materia de creación que con una supuesta exégesis de los contenidos que lo vehiculan.
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Poéticas do Aprender : modos de inscrever a si mesmo no mundo

Silva, Tatielle Rita Souza da January 2015 (has links)
Como transmitir o sal das palavras? De que forma é possível fazer do ensino o veículo de transmissão de um gosto? Como restabelecer, no encontro protagonizado na relação ensinante e aprendiz, mestre e discípulo, o liame etimológico entre saber, sabedoria e sabor – desde sempre perdido nos processos normativos de escolarização modernos? Estas são inquietações candentes à tese. Tais inquietações nasceram da atuação docente, em escolas da rede pública municipal e estadual de Porto Alegre, bem como do aprendizado recebido durante os primeiros anos de vida; na bifurcação desses caminhos, emergiu o amor à narrativa, pensado aqui como gestualidade passível de transmissão. Para problematizar tais questões, seguimos um método de trabalho que inverte início e fim, nascimento e morte, herança e filiação, origem e destino existencial. Na pesquisa, operamos a partir de uma coleção de cenas escolares e literárias, entregando-nos a um trabalho em torno do texto e da narrativa como inscrição existencial [etho]poiética. Nosso critério de seleção para eleger as cenas não foi outro senão ex-por-se ao pormenor, à filigrana, ao grão de areia, equilibrando-nos no vazio entre corpo-palavra, matéria-signo, e elevando nosso objeto de estudo à enunciação de uma prática. Nas cenas percorridas, interessou-nos pensar a potência de desalojamento, de interrupção e clivagem, produzidas desde o interior da ordem do sentido. Para tanto, acompanharam-nos autores como Walter Benjamin, Roland Barthes e Michel Foucault, dentre outros, que se agregaram ao percurso de pesquisa, tais como: Gaston Bachelard, Maurice Blanchot, Nietzsche e Giorgio Agamben. O ponto comum entre eles reside na potência conferida à gestualidade do literário, particularmente nos processos de formação. Ler, escrever, ex-por-se ao ruído inaudível do mundo, recolher fragmentos indecifráveis e dispersos à nossa volta e pôr-se a confeccionar histórias inscreve a existência em uma dimensão ética e estética muito particular, produzindo implicações nos processos de transmissão de saber deslocados no tempo e no espaço. O literário nos ensina outras formas de aprender. Esta tese põe-se a escutar a dor e a alegria de um mundo todo em estado de in-fância, de nascimento, povoado por seres habitantes do subterrâneo, vozes emergentes de uma zona de interlúdio, corpos em estado de transição. Existência e palavra se confundem nos limites de si mesmo, para transmutarem-se mutuamente e formarem algo novo, algo que nasce do encontro entre o inaudível, o impronunciável de nossas vivências e a prosa do mundo. Trata-se de abrir espaço para um saber que surge da escritura de uma voz. Nossos estudos nos apontaram que a imbricação de um saber/sabor, inscrita no gesto de transmissão literária, será tão mais fecunda se inaugurar um encontro pedagógico que rompe e adultera a ordem do sentido. Será tão mais profícua se nascer de um corte, de um deslocamento, de uma interrupção; enfim, se ousar subverter a forma e transmitir um saber adúltero – um saber mais comprometido com a matéria de criação do que com uma suposta exegese dos conteúdos veiculados. / ¿Cómo transmitir la sal de las palabras? ¿De qué forma es posible hacer de La enseñanza un vehículo de trasmisión gustos? ¿Cómo restablecer el encuentro protagonizado en la relación educador y aprendiz, maestro y discípulo, el líame etimológico entre saber, sabiduría y sabor – desde siempre perdido en los procesos normativos modernos de la escolaridad? Estas son inquietudes candentes dentro de esta tesis. Inquietudes que van a enraizarse en el encuentro entre caminos bifurcados: el de la actuación docente en escuelas de la red pública municipal y estadual de Porto Alegre y el de un aprendizaje recibido durante los primeros años de vida, se superpuso el amor a la narrativa como gestualidad pasible de transmisión. Para abordar tales cuestiones, seguimos un método de trabajo que revierte el caudal del tempo – invierte el inicio y el fin, nacimiento y muerte, herencia y filiación, origen y destino existencial. En esta investigación, operamos a partir de una colección de escenas escolares y literarias, entregándonos al trabajo realizado en torno al texto y a la narrativa como inscripción existencial [etho] poiética. Nuestro criterio de selección para elegir tales escenas no fue otro sino exponerse al pormenor, a la filigrana, al grano de arena, equilibrándose en el vacio entre cuerpo-palabra, materia-signo, elevando nuestro objeto de estudio a la enunciación de una práctica. Con palabras e historias, remodelamos nuestro cuerpo, convertimos nuestra vida en materia del arte. En las escenas recorridas, nos ha interesado pensar el orden del sentido. Para ello, nos acompañaron autores como Walter Benjamin, Roland Barthes, Michel Foucault entre otros que se agregaron a nuestro transcurso de investigación, tales como: Gaston Bachelard, Maurice Blanchot, Nietzsche y Giorgio Agamben. El punto común entre ellos reside en la potencia conferida a la gestualidad de lo literario en los procesos de formación. Leer, escribir, exponerse al ruido inaudible del mundo, recoger fragmentos indescifrables y dispersos a nuestro alrededor y colocarlos para confeccionar historias que inscriban la existencia en una dimensión ética y estética muy particular, produciendo implicaciones en los procesos de transmisión de saber descolocados en el tempo y en el espacio. Lo literario nos enseña otras formas de aprender. Esta tesis se ha puesto a escuchar el dolor y la alegría de un mundo en estado de infancia, de nacimiento, poblado por seres habitantes de lo subterráneo, voces emergentes de una zona de interludio, cuerpos en estado de transición. Existencia y palabra se confunden en los limites de sí mismo para transformarse mutuamente y formar algo nuevo, algo que nace del encuentro entre lo inaudible, o impronunciable de nuestras vivencias y la prosa del mundo. Se trata de abrir espacio para un saber que surge de la escrita de una voz. Nuestros estudios nos apuntaron que la imbricación de un saber/sabor inscripta en el gesto de transmisión literaria será tanto más fecunda si inaugura un encuentro pedagógico que rompe y adultera el orden del sentido. Será tanto más proficua si nace de un corte, de un desplazamiento, de una interrupción – si tiene la osadía de subvertir la forma y transmitir un saber adúltero – un saber más comprometido con la materia de creación que con una supuesta exégesis de los contenidos que lo vehiculan.

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