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Condicionantes étnicos na criação das Missões de Chiquitos: alianças e conflitos na Chiquitania e no Pantanal (1609-1691)Arruda, Ariane Aparecida Carvalho de January 2011 (has links)
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Previous issue date: 2011 / This study aims to establish the constraints that hindered ethnic and/or facilitated the installation of the Missions of Chiquitos in Bolivia. From the interethnic contact, there were alliances and conflicts between indigenous/indigenous and among indigenous/europeans, which enabled the establishment of european society in their territories, the establishment of the encomienda system in Asunción and Santa Cruz de la Sierra, and finally the foundation of the Jesuit missions among the Indians of Chiquitania. The time frame starts in the mid-sixteenth century, when the European conquerors come in the Pantanal and Chiquitania in reaching the mineral wealth of Peru and Potosi in Bolivia. In this context, there are several episodes of intense conflicts between Indians and Spaniards encomenderos until, from 1609, Jesuit missionaries appear as a lifeline for indigenous and integration into a new colonial context of the reductions through religious, first along to the Guarani, on the banks of the river Paranapanema (the current state of Paraná) and then in 1691, in Chiquitania, with the Indians known as Chiquito. This, conflict and alliances among the europeans who sought to conquer territories and riches for the Spanish Crown, there is genocide and exploitation of many indigenous communities, indigenous migration to safer regions, such as the Chiquitos Missions themselves and mixing of indigenous groups with distinct cultures and languages. For the interpretation of the events generated by interethnic contact between Indians and Europeans, the discourse analysis was used to understand how European society built the image of the Indian as a being without faith, without law and no King. / Este estudo tem como objetivo estabelecer os condicionantes étnicos que dificultaram e/ou facilitaram a instalação das Missões de Chiquitos na Bolívia. A partir do contato interétnico, surgiram alianças e conflitos entre indígenas/indígenas e entre indígenas/europeus, que possibilitaram o estabelecimento da sociedade europeia em seus territórios, a implantação do sistema de encomiendas em Assunção e Santa Cruz de la Sierra e, finalmente, a fundação das missões jesuíticas entre os indígenas da Chiquitania. O recorte temporal inicia em meados do século XVI, quando os conquistadores europeus entram na região do Pantanal e da Chiquitania na tentativa de alcançar as riquezas minerais do Peru e de Potosi na Bolívia. Nesse contexto, ocorrem vários episódios de intensos conflitos entre indígenas e espanhóis encomenderos até que, a partir de 1609, os missionários jesuítas aparecem como uma possibilidade de salvação dos indígenas e de inserção em um novo contexto colonial por meio das reduções religiosas, primeiro, junto aos Guarani, nas margens do rio Paranapanema (no atual estado do Paraná) e, posteriormente, em 1691, na Chiquitania, junto aos indígenas conhecidos como Chiquito. Assim, surgem conflitos e alianças entre os europeus que almejavam conquistar riquezas e territórios para a Coroa espanhola, ocorre o genocídio e a exploração de muitos indígenas, a migração de indígenas para regiões mais seguras, como a das próprias Missões de Chiquitos e a miscigenação de grupos indígenas com culturas e línguas distintas. Para a interpretação dos episódios gerados pelo contato interétnico entre indígenas e europeus, a análise de discurso foi utilizada na compreensão de como a sociedade europeia construiu a imagem do indígena como um ser sem fé, sem lei e sem Rei.
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Cristãos e infiéis nos espaços de fronteira, Chiquitania/Bolívia e Pantanal/Brasil: conflitos, reciprocidade, mestiçagem e mobilidade social (1770 – 1800)Arruda, Ariane Aparecida Carvalho de January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / The issue of the thesis is to understand the cultural dynamics and the multiple strategies used by natives and blacks in the border spaces of the Chiquitanía/Bolivia and the Pantanal/Brazil, between 1770 and 1800, in an attempt to manipulate the "other" and create survival chances before the intense sociocultural changes and the own pressure exerted by the experienced historical context. Our attempt is to highlight the logic of indigenous and black societies, through official sources or colonial manuscripts. Although the information of historical sources are fragmented and not very descriptive, this study aims to break with the permanent confrontation perspective between ethnic groups, after all, the border spaces also offer opportunities for exchanges of people and ideas. The linkages between the spaces provided mobility between the characters who used, besides confrontations, especially the negotiation and reciprocity to act and assimilate the colonial historical reality, from their own logic. The research seeks to demonstrate the realization that social groups and individuals formulated actions and strategies to develop specific activities, thus promoting the transfer and dialogue between different people and spaces. As mediators these characters contributed to the interaction, binding and permeabilization of their borders."Infidels" groups took advantage of the deficiencies, the system demands and the disputes between the empires to make raids to the colonized areas where they subtracted, especially, cattle, horses and captives to use in the development of daily activities, facilitating transportation, mobility, dispersion and trade. The miscegenation and cultural exchanges nurtured from the relationship with the Other, taking place in different ways: leakage, desertions, communications and negotiations. Therefore, in the mestizos’ spaces, as well as in the emerging new social groups, occur new relationships, ascension opportunities and social participation of different ethnic groups. / A problemática da tese está em compreender as dinâmicas culturais e as multiplicidades de estratégias utilizadas por indígenas e negros nos espaços de fronteira da Chiquitania/Bolívia e do Pantanal/Brasil, entre 1770 e 1800, na tentativa de manipular o “outro” e criar possibilidades de sobrevivência diante das intensas transformações socioculturais e da própria pressão exercida pelo contexto histórico vivenciado. Nossa tentativa está em elevar as lógicas das sociedades indígenas e negras, através de fontes oficiais ou manuscritos coloniais. Apesar das informações das fontes históricas se mostrarem fragmentadas e pouco descritivas, esse estudo se propõe a romper com a visão de enfrentamento permanente entre os grupos étnicos, afinal, os espaços de fronteira também oferecem possibilidades de intercâmbios de pessoas e de ideias. As vinculações entre os espaços proporcionaram a mobilidade entre os personagens, que utilizavam além de confrontos, sobretudo, a negociação e a reciprocidade para atuarem e apreenderem a realidade histórica colonial, a partir de suas próprias lógicas.A pesquisa busca demonstrar a percepção de que grupos e indivíduos sociais formularam ações e estratégias para desenvolver atividades específicas, favorecendo assim a transferência e o diálogo entre pessoas e espaços diferentes. Como mediadores esses personagens contribuíram para a interação, a vinculação e a permeabilização de suas fronteiras. Os grupos “infiéis” aproveitaram as deficiências, as demandas do sistema e as disputas entre os Impérios para realizar incursões aos espaços colonizados, onde subtraíram, especialmente, gados, cavalos e cativos para usar no desenvolvimento das atividades do cotidiano, facilitando o transporte, a mobilidade, a dispersão e o comércio. A mestiçagem e os intercâmbios culturais nutriram-se da relação com o Outro, produzindo-se de diferentes formas: fugas, deserções, comunicações e negociações. Diante disso, nos espaços de fronteira, além de surgir novos grupos sociais, ocorrem novas relações e possibilidades de ascensão e participação social de distintos grupos étnicos.
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Fundação de Vila Maria com a presença Chiquitana: os povoadores da fronteira oeste da Capitania de Mato Grosso (1778-1827)Cavalcante, Roselli Aparecida January 2015 (has links)
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Previous issue date: 2015 / This study aims to analyze the foundation of Vila Maria of Paraguay, current Cáceres - MT, with the presence of Chiquitano Indians from Chiquitano Jesuit missions on the eastern side of the Spanish colony in America, now Bolivia, probably, Santa Ana, Santa Rosa, St. John and the Holy Heart of Jesus de Chiquitos. Seeks to highlight the Portuguese settlement strategies with these Indians in the period they were created and consolidated the Portuguese-Spanish border in western Mato Grosso Captaincy with the lands of the Spanish colony in South America especially in Vila Maria of Paraguay. The time frame covers the foundation of Vila Maria from 1778 to 1827, during the view of Hercules Florence to that village. Vila Maria becomes important strategic point between the villages of Cuiabá and Vila Bela of the Trinity in the Guaporé valley and the lack of "white people" to populate it, the Chiquitano and Indians from other ethnic groups, served the Lusitanian project of settlement, occupation and consolidation of their land in this part of the colony. The royal instructions and the urbanization project of the Portuguese crown and the Marquis of Pombal will be the hallmarks of this settlement. / Este estudo tem como objetivo analisar a fundação de Vila Maria do Paraguai, atual Cáceres – MT, com a presença de índios Chiquitano provenientes de missões jesuíticas Chiquitanas do lado oriental da colônia espanhola na América, atual Bolívia, provavelmente de, Santa Ana, Santa Rosa, São João e do Santo Coração de Jesus de Chiquitos. Procura evidenciar as estratégias de povoamento dos portugueses com esses índios no período em que se criavam e consolidavam a fronteira luso-espanhola no oeste da Capitania de Mato Grosso com as terras da colônia espanhola na América do sul, especialmente em Vila Maria do Paraguai. O recorte temporal abrange a fundação de Vila Maria 1778 a 1827, ocasião da vista de Hercules de Florence a essa Vila. Vila Maria torna-se importante ponto estratégico entre as Vilas de Cuiabá e Vila Bela da Santíssima Trindade no vale do Guaporé e na falta de “gente branca” para povoá-la, os Chiquitano, bem como índios de outras etnias, serviram ao projeto lusitano de povoamento, ocupação e consolidação de suas terras nesta parte da colônia. As instruções régias e o projeto de urbanização da coroa portuguesa e do Marquês de Pombal serão os balizadores deste povoamento.
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