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Âzê Sikutõri para não esquecer: a oralidade e o conhecimento da escrita / Âzê Sikutõri not to forget: the orality and the knowledge of the writingBARROSO, Lidia Soraya Liberato January 2009 (has links)
BARROSO, Lidia Soraya Liberato. Âzê Sikutõri para não esquecer: a oralidade e o conhecimento da escrita. 2009. 204f. Tese (Doutorado em Educação) – Universidade Federal do Ceará, Faculdade de Educação, Programa de Pós-Graduação em Educação Brasileira, Fortaleza-CE, 2009. / Submitted by Raul Oliveira (raulcmo@hotmail.com) on 2012-07-05T14:13:56Z
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Previous issue date: 2009 / Writing this thesis brings me to memories that memory selects with care. Learn to use them, makes me think about the joy of life with the people Akwẽ. Are Wawẽ (children) and Aikte (children), all that is completed that feeds research to understand the link between oral and experienced knowledge of writing. Thus, I propose to consider a dialogue on the ambiguity of feelings, where the oral indigenous education is the education and practice writing the new challenge that becomes an instrument of defense of the struggles of indigenous peoples. The school education imposed on the people Akwẽ from the beginning in Indian villages in the colonial period in Brazil, are paradigms of a process that lasted for a long time, where the school was an attempt at integration and submission and today the school and allowed assumed by the Akwẽ, part of the process of survival and permanence in the national society. The bilingual education is the path of the schools in the villages while the traditional oral education, represented in cosmology is driven by memory, are small in this new conception of life, where the challenge is to keep the oral tradition and advance the knowledge of school Writing the world, for the people is manifested in the dynamics for maintaining the reserve and cultural identification. The strong and similar feelings regarding the permission of schooling and the introduction of writing are the foundations for understanding the feelings of the people Akwẽ, before the new. Target research to understand that education, based on the traditional oral education, within the universe cosmological Akwẽ the people and the need for new knowledge to do this, enclose the study by selecting three villages, such as space research. Nrozawi, kte ka, and Sakrêpra, which are the old villages and standing in the reserve. The expression of Akwẽ cosmology in everyday life in the villages are built in living naturally, enabling a search that permeates the ethnographic, anthropological and educational, and seeks the knowledge of indigenous thought, his way of seeing the world and the assumptions of what makes the analogy between education and oral traditional bilingual education, multicultural and diverse. The changes resulting from the permitting process of school education, in and out of villages, put new life to the feelings of the people, explained by the Akwẽ cosmology, where there is a category to glimpse the origins of themselves and of everything in the world. The meanings are in action every gesture, the prospect of building new rituals for the enactment of the challenges of inter-ethnic relationship. / Escrever essa tese me leva às lembranças que a memória seleciona com solicitude. Saber usá-las, me faz refletir sobre a alegria de conviver novamente com o povo Akwẽ. São os Wawẽ (velhos) e as Aikte (crianças), tudo que se completa que alimenta a pesquisa para compreender o elo entre a oralidade vivida e o conhecimento da escrita. Assim, me proponho a pensar um diálogo nessa ambiguidade de sentimentos, onde a educação oral indígena se encontra com a educação escolar e a prática da escrita o novo desafio que se transforma em instrumento de defesa das lutas dos povos indígenas. A educação escolar, imposta ao povo Akwẽ, desde o princípio nos aldeamentos indígenas, no período colonial no Brasil, são paradigmas de um processo que se estendeu durante muito tempo, onde a escola foi uma tentativa de integração e submissão e hoje a escola permitida e assumida pelos Akwẽ, parte importante do processo de sobrevivência e permanência na sociedade nacional. A educação escolar bilíngüe encontra os caminhos das escolas nas aldeias enquanto a educação oral tradicional, representada na cosmologia é conduzida pela memória, os pequenos se encontram nessa nova concepção de vida, onde o desafio é manter a tradição oral e avançar no conhecimento da escola, da escrita do mundo, pois o povo se manifesta em sua dinâmica pela manutenção da reserva cultural e da identificação. Os sentimentos análogos e fortes em relação à permissão da escolaridade e à introdução da escrita são premissas para entender os sentimentos do povo Akwẽ, diante do novo. Direcionei a pesquisa para compreender essa educação escolar, partindo da educação oral tradicional, dentro do universo cosmológico do povo Akwẽ e a necessidade dos novos conhecimentos, para isso, delimitei o estudo escolhendo três aldeias, como espaço da pesquisa. Nrozawi, Ktẽ ka kã, e Sakrêpra, que são as aldeias antigas e permanentes na reserva. A manifestação da cosmologia Akwẽ na vida cotidiana das aldeias é construída naturalmente na convivência, o que possibilita uma pesquisa que permeia a etnográfica, antropológica e a educacional, e busca o conhecimento do pensamento indígena, sua forma de olhar o mundo e as premissas do que faz a analogia entre a educação tradicional oral e a educação escolar bilíngüe, multicultural e diferenciada. As mudanças advindas do processo de permissão da educação escolar, dentro e fora das aldeias, impõem novos sentimentos à vida do povo, explicadas pela cosmologia Akwẽ, onde existe uma categoria de vislumbrar as origens de si mesmos e de tudo que existe no mundo. Os significados estão na ação de cada gesto, na perspectiva de construir novos rituais para a atuação diante dos desafios da relação interétnica.
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