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A territorialidade e os processos de identificação territorial na sociedade indígena Pankararé-BA

SILVA, Lívia Moura da January 2010 (has links)
Submitted by Edileide Reis (leyde-landy@hotmail.com) on 2014-10-14T14:34:48Z No. of bitstreams: 1 Lívia Moura da Silva.pdf: 4251378 bytes, checksum: 32ff4b26d37c595d3530cdbe76c9db6b (MD5) / Approved for entry into archive by Jose Neves (neves@ufba.br) on 2016-07-27T14:24:08Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Lívia Moura da Silva.pdf: 4251378 bytes, checksum: 32ff4b26d37c595d3530cdbe76c9db6b (MD5) / Made available in DSpace on 2016-07-27T14:24:08Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Lívia Moura da Silva.pdf: 4251378 bytes, checksum: 32ff4b26d37c595d3530cdbe76c9db6b (MD5) / O principal objetivo deste estudo é verificar a relação entre Território e Identidade territorial gerados a partir dos usos e da conservação dos recursos naturais no Território Indígena Pankararé-BA. A população indígena Pankararé encontra-se no interior da região Nordeste brasileira, numa área denominada Raso da Catarina. As duas Terras indígenas Brejo do Burgo e Pankararé abriga uma população de aproximadamente 1500 habitantes dividida em quatro aldeias: Brejo do Burgo, Serrota, Chico e Ponta D’água. De forma geral, a maior parte da população sobrevive de atividades agrícolas, caça e extrativismo de frutos e plantas medicinais, criação de animais dentre outros. Esse processo revela a articulação entre o uso dos espaços e evidencia a importância da pluriatividade existente nas atividades cotidianas. Os Pankararé, assim como outros povos indígenas do Nordeste, representam o tipo de índio que enfrentou todos os gêneros de compulsões: culturais e socioeconômicas mas conseguiu sobreviver às mesmas, ocupando terras que apresentavam-se como economicamente inviáveis para os interesses da época pela sociedade não indígena. Os índios Panakararé viveram nas últimas três décadas um movimento de recriação e revitalização de rituais, reforçando sua identidade étnica. O estudo do processo histórico-espacial possuiu extrema importância para as análises acerca da construção identitária territorial em que se verificaram os movimentos de reivindicação e de luta pela demarcação do território como imprescindíveis no processo da construção identitária Pankararé. Nos últimos cem anos de contato com seus vizinhos regionais, observou-se que, além do movimento de resistência, ocorreram trocas entre a cultura sertaneja e indígena, manifestas sobretudo através dos casamentos interétnicos que estreitaram os vínculos entre etnias. Dessa maneira, a identidade foi construída e reconstruída a partir das diversas contribuições de distintas matrizes culturais. Nesse sentido, as múltiplas territorialidades no território indígena Pankararé são delineadas espacialmente de acordo com as especificidades e necessidades do grupo social e aparecem em distintos momentos no cotidiano do grupo. Vale ressaltar que estes vínculos identitários Pankararé possuem lógicas e concepções distintas contrárias ao caráter romântico típico da visão urbana-industrial que apresenta uma preocupação “excessiva” com o uso dos recursos naturais. Com isso, verificou-se que, assim como outras identidades, a identidade Pankararé apresenta-se imersa nas ações cotidianas da etnia, ora mais simbólicas ora mais concretas, num contínuo processo de construção, afirmação, reajuste e reafirmação. / ABSTRACT The main intent of this research is to study the relashionship between Territory and territorial Identity created by uses and natural resources conservation at Pankararé - Bahia indigene territory. Pankararés can be found at Brazilians northeast country region, in an area named “Raso da Catarina”. The two indigene lands in this area, Brejo do Burgo and Pankararé, hold a population of approximately 1500 inhabitants and there are four Indian settlement in there: Brejo do Burgo, Serrota, Chico and Ponta D’água. In a general way, most of people live doing agricultural activities, hunting or extraction of fruit and medicinal plants, breeding and others. This process reveals the articulation between the use of the spaces and evidence the importance of plurality activities on their everyday lives. The Pankararé, like other indigenous peoples of the Northeast, represent the kind of Indian who faced all sorts of compulsions: cultural and socioeconomic but managed to survive the same, occupying land that they presented as economically unviable for the interests of non indigenous society. The Indians Panakararé lived for three decades a movement of rebirth and revitalization of rituals, reinforcing their ethnic identity. The study of the historical and spatial process had an extreme importance for the analysis about the construction of territorial identity where were verified movements of claims and fights for the demarcation of the territory as essential in the process of identity construction Pankararé. Over the past century of contact with its regional neighbors, it was observed that besides the resistance movement, there were exchanges with the country culture and indigenous, mainly manifested through intermarriage that narrowed the links between ethnic groups. Thus, identity was constructed and reconstructed from the various contributions of different cultural matrices. In this sense, multiple territoriality in Indian territory are spatially delineated respecting Pankararé peculiarities and needs of the social group and appear at different moments in the daily group. It’s important to mention that these Pankararé identity links have logical and distinct views contrary to the romantic character of the typical urban-industrial vision that presents an "excessive" concern with the use of natural resources. Thus, it was found that, like other identities, identity Pankararé presents itself immersed in the everyday actions of the ethnic group, sometimes more symbolic sometimes more concrete, in a continuous process of building, affirmation, reassurance and readjustment. Key-words: Territory, Territorial Identity, Indians Panakararé
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Rancho do Jatobá do meio do mundo: etnografia da agricultura Pankararé e a relação dos índios com o ambiente

Modercin, Isabel Fróes January 2010 (has links)
193f. / Submitted by Oliveira Santos Dilzaná (dilznana@yahoo.com.br) on 2013-08-29T14:55:50Z No. of bitstreams: 1 Dissertação Isabel Modercin..pdf: 7922658 bytes, checksum: bbb8dac5f60d0d0d43e3d13d34227d71 (MD5) / Approved for entry into archive by Ana Portela(anapoli@ufba.br) on 2013-08-29T15:14:20Z (GMT) No. of bitstreams: 1 Dissertação Isabel Modercin..pdf: 7922658 bytes, checksum: bbb8dac5f60d0d0d43e3d13d34227d71 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-08-29T15:14:20Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Dissertação Isabel Modercin..pdf: 7922658 bytes, checksum: bbb8dac5f60d0d0d43e3d13d34227d71 (MD5) Previous issue date: 2010 / FAPESB / MODERCIN, Isabel Fróes. Rancho do Jatobá do Meio do Mundo: Etnografia da agricultura Pankararé e a relação dos índios com o ambiente. Salvador, 2010. Dissertação (Mestrado em Antropologia) – Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2010. O presente trabalho teve como objetivo estudar a relação dos Pankararé com o ambiente em que vivem. Trata-se de uma etnografia focada no manejo de recursos naturais, bem como na percepção e atribuição de significados aos elementos naturais do território pelo grupo indígena. Para isso utilizou-se fontes bibliográficas e material etnográfico. O estudo realizouse nas Terras Indígenas Brejo do Burgo e Pankararé, situadas sobre os municípios de Paulo Afonso, Glória e Rodelas (Bahia), onde vivem cerca de 1500 indígenas. A região, conhecida como Raso da Catarina, é uma das mais secas do semi-árido baiano onde predomina o bioma da Caatinga. Aí os Pankararé, antes conhecidos como “cabocos do Brejo”, vivem há várias gerações e assim desenvolveram um vasto e detalhado conhecimento sobre o território. Esse corpo de conhecimentos acerca dos recursos naturais – como a classificação de plantas e animais – bem como o uso e a percepção territorial inserem-se numa dinâmica subordinada a um aspecto marcante da ecologia local: a existência de dois ambientes complementares, o Brejo “civilizado” e o Raso “bruto” (selvagem). Esta oposição não se restringe apenas ao caráter ambiental, mas acompanha também critérios de relevância social e simbólica. Nesse sentido, o estudo busca investigar em que implicam as expressões “viver do mato” – associada à vivência no Raso – e “viver da roça” – referente ao modo de vida típico do Brejo. Assim, foi feita uma revisão dos estudos de etnobiologia e etnoecologia realizados entre os Pankararé, seguida de pesquisa de campo, com base na observação participante, objetivandose aprofundar tanto a compreensão sobre o uso dos recursos do Raso quanto descrever os conhecimentos e técnicas de manejo envolvidas no trabalho agrícola e, portanto, como esses dois universos estão interligados no manejo integrado do território indígena. The present work aimed to study the relationship of Pankararé people with the environment in which they live. It is an ethnography focused on natural resource management as well as in the perception and attribution of meaning to the natural elements of the territory by the indigenous group. For this I used literature sources and ethnographic material. The study took place on the indigenous land Pankararé and the indigenous land Brejo do Burgo, located on the municipalities of Paulo Afonso, Glória and Rodelas (Bahia), where about 1,500 people live.The region, known as Raso da Catarina, is one of the driest of the semi-arid region of Bahia where predominates the Caatinga biome. The Pankararé people inhabited this region for several generations and thus developed a comprehensive and detailed knowledge of the territory. This body of knowledge about natural resources - such as the classification of plants and animals - as well as land use and perception are part of a dynamic subordinated to an outstanding feature of the local ecology: the existence of two complementary environments, the brejo (swamp) "civilized" and the raso (shallow) "raw" (wild). This opposition is not only restricted to the environmental character, but also follows the criteria of social and symbolic relevance. In this sense, the study also aimed to investigate the expressions involving "to live of the agriculture" - associated with living in the brejo - and "to live of the forest" - referring to the way of life typical of the raso. Thus, I performed a review of studies on ethnobiology and ethnoecology about the Pankararé, followed by field research, based on participant observation, in order to deepen both the understanding of the use of the resources of the raso as to describe the knowledge and techniques management involved in agricultural work and therefore how these two worlds are intertwined in the integrated management of the indigenous territory. / Salvador

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