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Lógica como órganon no aristotelismo antigo: o conceito filosófico de disciplina instrumental no período entre Aristóteles e Alexandre de Afrodísia / Logic as organon in the ancient aristotelianism: meaning and relations of the philosophical concept of instrumental discipline between Aristotle and Alexander of Aphrodisias

Tiburtino, Hugo Bezerra 30 April 2015 (has links)
Investigar as relações filosóficas da lógica como instrumento segundo os antigos aristotélicos, até a época de Alexandre de Afrodísia, é o objeto principal de nosso trabalho. Ora, após avaliarmos criticamente algumas interpretações recentes, é ainda mais claro que uma lógica-instrumento não se encontra em Aristóteles. Como não pôde ter sido Aristóteles o primeiro a defender essa doutrina, nossa investigação se concentrou, então, num dos contextos mais significativos em que ela aparece, a saber, em uma polêmica com os estoicos; em contraste com os que defendiam que ela não era parte mas instrumento, estoicos argumentavam que a lógica é parte da filosofia, os quais argumentos nós analisamos aqui. É verdade, porém, que essas duas teses não são completamente contraditórias entre si, na medida em que, no período entre Aristóteles e Alexandre, há sinais de uma tese compatibilista, ou seja, de que a lógica seria considerada tanto parte quanto instrumento. Seja como for, nos debruçamos sobre as críticas dos aristotélicos contra uma lógica-parte, bem como sobre eventuais argumentos positivos dos peripatéticos, deixando claro o significado de uma determinada disciplina ser instrumento, órganon em grego. No aristotelismo antigo, disciplina-órganon implicava relações com o conceito de arquitetonicidade; segundo trechos de Aristóteles, objetos e, inclusive, técnicos de determinadas disciplinas podem ser utilizados como instrumentos por outras, mais arquitetônicas em relação às primeiras; daí peripatéticos posteriores denominarem as próprias disciplinas subordinadas de instrumentos; o conceito de disciplina instrumental, então, implica que ela contribui para a finalidade de sua superior. Com isso em mente, voltando-nos especificamente à lógica, Alexandre de Afrodísia considerava claramente que a lógica contribui para a contemplação, finalidade última do homem. / Our major aim here was to research the philosophical relations of logic as tool according to the ancient Aristotelians untill Alexander of Aphrodisias. After our critical assessments of recent interpretations, it is even clearer that Aristotle had not any idea of logic as tool. Since Aristotle could not have argued for such doctrine, our research focused on one of the most significative contexts in which it appears, namely, in a debate with the Stoics; contrary to the ones who said logic is no part, but an instrument of philosophy, the Stoics themselves sustained that logic is part of philosophy and we assessed their arguments for this. It is true that these two theses are not throughout contradictory between them, in so far as, in the period between Aristotle and Alexander, there are signals of a compatibilist thesis, i.e. that the logic had been regarded as part and tool. May as it be, the Aristotelians criticized the arguments for logic as part, which we analyzed, as well as some positive arguments of the Aristotelian school; accordingly, the meaning of some discipline as an instrument (in Greek organon) was clear. That means: a discipline-organon implied relations with the concept of architectonicity; for, according to texts of Aristotle, objects and even technicians of some disciplines could be used as tools by other more architectonic disciplines; that is why later Peripateticians named the subordinate disciplines themselves tools; the concept of instrumental discipline implies that it helps to the finality of its superior. That in mind, we could see the specific case of logic which, as at least Alexader of Aphrodisias clearly regarded, helps to the contemplation, the utmost finality of man.
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Lógica como órganon no aristotelismo antigo: o conceito filosófico de disciplina instrumental no período entre Aristóteles e Alexandre de Afrodísia / Logic as organon in the ancient aristotelianism: meaning and relations of the philosophical concept of instrumental discipline between Aristotle and Alexander of Aphrodisias

Hugo Bezerra Tiburtino 30 April 2015 (has links)
Investigar as relações filosóficas da lógica como instrumento segundo os antigos aristotélicos, até a época de Alexandre de Afrodísia, é o objeto principal de nosso trabalho. Ora, após avaliarmos criticamente algumas interpretações recentes, é ainda mais claro que uma lógica-instrumento não se encontra em Aristóteles. Como não pôde ter sido Aristóteles o primeiro a defender essa doutrina, nossa investigação se concentrou, então, num dos contextos mais significativos em que ela aparece, a saber, em uma polêmica com os estoicos; em contraste com os que defendiam que ela não era parte mas instrumento, estoicos argumentavam que a lógica é parte da filosofia, os quais argumentos nós analisamos aqui. É verdade, porém, que essas duas teses não são completamente contraditórias entre si, na medida em que, no período entre Aristóteles e Alexandre, há sinais de uma tese compatibilista, ou seja, de que a lógica seria considerada tanto parte quanto instrumento. Seja como for, nos debruçamos sobre as críticas dos aristotélicos contra uma lógica-parte, bem como sobre eventuais argumentos positivos dos peripatéticos, deixando claro o significado de uma determinada disciplina ser instrumento, órganon em grego. No aristotelismo antigo, disciplina-órganon implicava relações com o conceito de arquitetonicidade; segundo trechos de Aristóteles, objetos e, inclusive, técnicos de determinadas disciplinas podem ser utilizados como instrumentos por outras, mais arquitetônicas em relação às primeiras; daí peripatéticos posteriores denominarem as próprias disciplinas subordinadas de instrumentos; o conceito de disciplina instrumental, então, implica que ela contribui para a finalidade de sua superior. Com isso em mente, voltando-nos especificamente à lógica, Alexandre de Afrodísia considerava claramente que a lógica contribui para a contemplação, finalidade última do homem. / Our major aim here was to research the philosophical relations of logic as tool according to the ancient Aristotelians untill Alexander of Aphrodisias. After our critical assessments of recent interpretations, it is even clearer that Aristotle had not any idea of logic as tool. Since Aristotle could not have argued for such doctrine, our research focused on one of the most significative contexts in which it appears, namely, in a debate with the Stoics; contrary to the ones who said logic is no part, but an instrument of philosophy, the Stoics themselves sustained that logic is part of philosophy and we assessed their arguments for this. It is true that these two theses are not throughout contradictory between them, in so far as, in the period between Aristotle and Alexander, there are signals of a compatibilist thesis, i.e. that the logic had been regarded as part and tool. May as it be, the Aristotelians criticized the arguments for logic as part, which we analyzed, as well as some positive arguments of the Aristotelian school; accordingly, the meaning of some discipline as an instrument (in Greek organon) was clear. That means: a discipline-organon implied relations with the concept of architectonicity; for, according to texts of Aristotle, objects and even technicians of some disciplines could be used as tools by other more architectonic disciplines; that is why later Peripateticians named the subordinate disciplines themselves tools; the concept of instrumental discipline implies that it helps to the finality of its superior. That in mind, we could see the specific case of logic which, as at least Alexader of Aphrodisias clearly regarded, helps to the contemplation, the utmost finality of man.
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A Cláusula Final da Definição Geral do Silogismo e suas funções na silogística e nos "Primeiros Analíticos" I de Aristóteles / The Final Clause of the General Definition of the Syllogism and its role within syllogistic and Aristotle's "Prior Analytics" I

Weinmann, Felipe, 1985- 26 August 2018 (has links)
Orientador: Lucas Angioni / Dissertação (mestrado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-26T09:17:32Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Weinmann_Felipe_M.pdf: 1670373 bytes, checksum: 9d9632c815554f31a3a37b452a000b29 (MD5) Previous issue date: 2014 / Resumo: A Definição Geral do Silogismo pode ser entendida como consistindo em duas partes de sua descrição de argumentos lógicos: as Condições Inferenciais e a Cláusula Final. Embora essa distinção clássica seja amplamente conhecida, a tradição interpretativa negligencia o papel que a Cláusula Final desempenha na silogística, concentrando-se apenas nas exigências estabelecidas pelas Condições Inferenciais. Tentamos mostrar que essa negligência da Cláusula Final descaracteriza não só a silogística, como também traz resultados indesejáveis para a exegese dos Primeiros Analíticos I. Por causa dessa negligência, tentamos propor uma análise da Cláusula Final e suas consequências para a própria silogística, apresentando-a como critério adicional próprio da Definição Geral do Silogismo e como fio condutor do primeiro livro da obra / Abstract: Aristotle's General Definition of the Syllogism may be taken as consisting of two parts: the Inferential Conditions and the Final Clause. Although this distinction being well known, traditional interpretations neglect the Final Clause and its influence on syllogistic. Instead, the aforementioned tradition focuses on the Inferential Conditions only. We intend to show that this neglect has severe consequences not just on syllogistic but on the whole exegesis of Aristotle's Prior Analytics I. Due to these consequences, our objective is to analyse the General Definition's Final Clause and its consequences on syllogistic. We propose a reading of the Final Clause as an additional criterion for distinguishing some arguments as properly syllogistic ones and as a main theme which connects all parts of the Prior Analytics I into one coherent piece of work / Mestrado / Filosofia / Mestre em Filosofia
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A Lógica de Aristóteles : problemas interpretativos e abordagens contemporâneas dos primeiros analíticos / Aristotle's logic : interpretative problems and contemporary approaches to prior analytics

Ferreira, Mateus Ricardo Fernandes 20 August 2018 (has links)
Orientador: Lucas Angioni / Tese (doutorado) - Universidade Estadual de Campinas, Instituto de Filosofia e Ciências Humanas / Made available in DSpace on 2018-08-20T11:18:44Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Ferreira_MateusRicardoFernandes_D.pdf: 823119 bytes, checksum: 7ba656176385de662b9d8593f14aa89d (MD5) Previous issue date: 2012 / Resumo: Nesta tese discuto aspectos da logica de Aristóteles que sao ressaltados por abordagens contemporâneas dos Primeiros Analíticos e que mostram uma teoria mais rica e sutil do que tradicionalmente se entende como sendo a lógica aristotelica. Em especial, abordo teses sobre como devem ser compreendidas as proposições categóricas, o que sao precisamente silogismos, o que sao silogismos perfeitos e quais problemas enfrenta a parte da lógica de Aristoteles que lida com proposicoes modais. Nessa direcao, abordo evidencias textuais para duas concepcoes de proposicao categorica e as dificuldades para coaduna-las com as proposicoes singulares. Alem disso, argumento que silogismos devem ser compreendidos como cadeias de predicacoes e que Aristoteles concebe um sistema logico quando procura justificar quais arranjos entre termos formam de fato tais cadeias. Argumento, tambem, que os silogismos perfeitos sao evidentes nesse sistema nao porque considerados indemonstraveis, mas porque podem ser deduzidos a partir de definicoes das proposicoes categoricas e de certas regras gerais, isto e, de regras aplicaveis nao apenas a um tipo de proposicao categorica. Por fim, apresento as caracteristicas gerais e as dificuldades de uma parte da logica de Aristoteles muito pouco associada a logica aristotelica como tradicionalmente entendida: a silogistica modal / Abstract: The present dissertation discusses aspects of Aristotle's Logic which are enhanced by contemporary approaches to Prior Analytics and display a logical theory richer and subtler than what traditionally is comprehended as being the Aristotelian Logic. My main claims concern how categorical propositions must be understood, what is the exact nature of syllogisms, what is a perfect syllogism, as well as some questions in the part of Aristotelian Logic which deals with modal propositions. From an examination of texts that support two different conceptions of categorical proposition, I discuss the difficulties in adjusting each of them to singular propositions. I also argue that syllogisms must be comprehended as chains of predications and that Aristotle conceives a logical system when he proceeds to justify which terms arrangement does produce chains of the required kind. I also argue that in this system perfect syllogisms must be understood as evident not because they are unproved, but because they are deduced from definitions for categorical propositions and from general rules, i.e. rules not applied just to some categorical propositions. Finally, I discuss general features and problems concerning a part of Aristotle's Logic rarely attached to the Aristotelian Logic as traditionally comprehended: the modal syllogistic / Doutorado / Filosofia / Doutor em Filosofia

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