Cette thèse s'interroge sur les différentes modalités et sur les fonctions de l'isolement. La chambre d'isolement rencontrée dans les hôpitaux psychiatriques suscite des questionnements concernant l'accueil de la souffrance. Cette souffrance réside dans le fait que le moi du sujet ne trouve pas d'écho dans ce qui l'entoure. Cela produit de la terreur et de l'effroi dans lesquels les éléments du moi butent sur la réalité externe et / ou son monde interne et se diffractent en se morcelant. Les soignants face à la détresse des patients, face à leur propre capacité interne d'accueil et aux moyens qui leur sont alloués imposent, dans certains cas, l'isolement comme réponse. Dans la perspective d'interroger la fonction de l'isolement sans que celle-ci ne soit réduite à son propre champ de référence, une méthode complémentariste s'est avérée un outil indispensable. Pour réinterroger le cadre dans lequel cette fonction est pensée, il paraît opportun d'étudier une pratique d'isolement dans un tout autre contexte. La rencontre imprévue avec le candomblé au Brésil, et son utilisation de la camarinha, offre un vaste champ d'étude. Et la confrontation de deux dispositifs, celui de l'hôpital psychiatrique et celui du candomblé, amène à démontrer, et c'est là l'articulation principale de ce travail, que la fonction de l'isolement participe à la remodélisation du processus hallucinatoire du sujet. Cette confrontation permet d'envisager de nouveaux outils permettant d'accompagner le sujet en isolement, lorsque cela est nécessaire. Seront principalement développées les notions suivantes : la « proposition à être », les « attracteurs vibratiles » et l'« objet prothèse ». / Esta tese se debruça sobre as diferentes modalidades e funções do isolamento. O quarto de isolamento encontrado em hospitais psiquiátricos levanta questões sobre o acolhimento do sofrimento. Este sofrimento reside no fato de que o ego do sujeito não encontra eco em seu entorno. Isso produz terror e susto quando os elementos do ego se chocam com a realidade externa e / ou seu mundo interno e se difratam, fragmentando-se. Os cuidadores, frente à aflição dos pacientes, diante de sua própria capacidade interna de acolhimento e dos recursos de que dispõem, impõem, em alguns casos, o isolamento como resposta. No intuito de investigar a função de isolamento sem que ela seja reduzida a seu próprio campo de referência, o método complementarista revelou-se uma ferramenta indispensável. Para re-examinar o marco em que essa função é pensada, parece apropriado considerar uma prática de isolamento em um contexto diferente. O encontro inesperado com o candomblé no Brasil, e seu uso da camarinha, oferece um vasto campo de estudo. O confronto dos dois dispositivos, o do hospital psiquiátrico e aquele do candomblé, leva a demonstrar – e essa é a principal articulação deste trabalho – que a função do isolamento contribui para a remodelagem do processo alucinatório do sujeito. Essa comparação permite considerar novas ferramentas para acompanhar o sujeito em isolamento, quando isso é necessário. Serão desenvolvidos principalmente os seguintes conceitos: a "proposta de ser" o "atratores vibráteis" e o "objeto prótese". / Esta tese se debruça sobre as diferentes modalidades e funções do isolamento. O quarto de isolamento encontrado em hospitais psiquiátricos levanta questões sobre o acolhimento do sofrimento. Este sofrimento reside no fato de que o ego do sujeito não encontra eco em seu entorno. Isso produz terror e susto quando os elementos do ego se chocam com a realidade externa e / ou seu mundo interno e se difratam, fragmentando-se. Os cuidadores, frente à aflição dos pacientes, diante de sua própria capacidade interna de acolhimento e dos recursos de que dispõem, impõem, em alguns casos, o isolamento como resposta. No intuito de investigar a função de isolamento sem que ela seja reduzida a seu próprio campo de referência, o método complementarista revelou-se uma ferramenta indispensável. Para re-examinar o marco em que essa função é pensada, parece apropriado considerar uma prática de isolamento em um contexto diferente. O encontro inesperado com o candomblé no Brasil, e seu uso da camarinha, oferece um vasto campo de estudo. O confronto dos dois dispositivos, o do hospital psiquiátrico e aquele do candomblé, leva a demonstrar – e essa é a principal articulação deste trabalho – que a função do isolamento contribui para a remodelagem do processo alucinatório do sujeito. Essa comparação permite considerar novas ferramentas para acompanhar o sujeito em isolamento, quando isso é necessário. Serão desenvolvidos principalmente os seguintes conceitos: a "proposta de ser" o "atratores vibráteis" e o "objeto prótese".