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Da Totalidade ao Infinito. Quanto às possibilidades de superação das limitações éticas da Cultura Ocidental Contemporânea: um estudo à luz do pensamento de Emmanuel LévinasBezerra, Herlon Alves January 2006 (has links)
BEZERRA, Herlon Alves. Da Totalidade ao Infinito. Quanto às possibilidades de superação das limitações éticas da Cultura Ocidental Contemporânea: um estudo à luz do pensamento de Emmanuel Lévinas. 2006. 181f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2006. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-11-05T16:18:56Z
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Previous issue date: 2006 / Este trabalho apresenta dois contextos significadores últimos: (1) por um lado, deve o mesmo ser entendido como participante dos jogos argumentativos praticados na tradição hermenêutica do pensamento filosófico, particularmente naquele espaço teorético que reúne Fenomenologia, Pensamento Existencial e as Filosofias da Vida; (2) por outro lado, este exercício compartilha das preocupações morais que marcam a humanidade nos últimos séculos, em especial àquelas que dizem respeito à possibilidade e necessidade de significação ético-filosófica do multiculturalismo, tenso e caótico, que marca as urbanizadas sociedades contemporâneas, visando produzir condições culturais globais capazes de possibilitar a convivência pacífica entre as inúmeras diferenças em choque cotidiano. Nesse sentido, o mesmo encontra suas direções investigativas nas seguintes pressuposições: embora seja a Ética uma particularidade cultural grega, foi mesma “imposta” às mais diversas culturas “incorporadas” pelo violento processo global de expansão e domínio em que se possibilitou, estabeleceu e desenvolveu a Civilização Ocidental. Os efeitos das evidentes contradições morais de tal processo impõem severas limitações éticas à Cultura Ocidental Contemporânea, uma vez que, em resposta a tais contradições, dissemina-se o relativismo como único critério universal de julgamento ético das condutas, quer de indivíduos quer de coletividades humanas. À luz do pensamento ético de Emmanuel Lévinas, propõe-se neste trabalho que a possibilidade de superação ética de tal condição cultural reside numa difícil escolha a ser hoje realizada pela consciência filosófica: de um lado, a reposição do universalismo, fictício e violento, possibilitado na tendência intelectualista do logos grego e as abstrações de suas Luzes; de outro, a assunção das exigências advindas da imediaticidade concreta da Sensibilidade e da Proximidade, única fonte para uma universalidade humanamente significativa, já que pré-originária do próprio humano e, assim, anterior a toda possível cultura.
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Quando dizer é agir moralmente: uma análise dos atos de fala morais em HareMatos, Ana Gabriela Colantoni de 21 July 2010 (has links)
This dissertation treats about the relation between information and action in moral
judgments. First of all, we explicit the logical problem, called antinomy, present in the
descriptive ethics theories which do not admit the prescriptive factor of the moral
judgments. Secondly we present the logical problem, called paradox, present in Austin s
linguistic theory (which gave rise to the ethical prescriptivism) that does not admit the
descriptive factor of moral judgments. After that, we present Hare s theory as synthesis,
which gathers descriptive and prescriptive factors, and, because of this, does not make
the same mistakes of the theories previously developed. Although, some critics - Geach,
Sen and Azevedo accused Hare of being an existential descriptivist. More precisely,
Sen and Geach accused him of being descriptivist, whereas Sen and Azevedo accused
him of being existentialist. This work shows that those accusations occur because of the
failure in the interpretation of the relation between descriptive and prescriptive factors on
Hare s formulation about moral judgments. For the author, the supervenience (which
guarantees that the moral choices must be the same when the same factual elements
are presented) is the fundament of the universalizability (which guarantees that the
moral action must be the same independently of the roles played on the moral action).
However, these formulations do not prevent that the author of the moral judgment gather
more information and start acting differently, which would not be possible for a
descriptivist. Because of this, we formulated a symbolic model, which relates cultural
pattern, prescribed pattern and value; and, moreover, which shows the temporal aspects
and the change aspects. Another issue is about the necessity of the critical thought, for
Hare, in the formulation of universal ethics. So, this work will explicit the reasons why
Hare cannot be called existential descriptivist. / Esta dissertação trata da relação entre informação e ação nos juízos morais.
Primeiramente é explicitado o problema lógico, denominado de antinomia, presentes
nas teorias éticas descritivistas que não admitem o fator prescritivo dos juízos morais.
Em segundo lugar, é apresentado o problema lógico, denominado de paradoxo,
presente na teoria lingüística de Austin (que deu origem ao prescritivismo ético) a qual
não admite o fator descritivo dos juízos morais. Posteriormente, a teoria de Hare é
apresentada como síntese, que une o fator descritivo e o prescritivo, e que, por isso,
não comete os mesmos erros das teorias desenvolvidas anteriormente. Porém, alguns
críticos Geach, Sen e Azevedo acusaram Hare de ser um descritivista existencial.
Mais precisamente: Sen e Geach o acusaram de ser descritivista; ao passo que Sen e
Azevedo o acusaram de ser existencialista. Este trabalho mostra que estas acusações
ocorrem pela falha na interpretação da relação entre fator descritivo e prescritivo na
formulação de Hare sobre os juízos morais. Para o autor, a superveniência (que
garante que as escolhas morais devem ser as mesmas, quando apresentados os
mesmos elementos fatuais) é o fundamento da universalizabilidade (que garante que a
ação moral deve ser a mesma independente dos papéis representados na ação moral).
Mas, essas formulações não impedem que o autor do juízo moral reúna novas
informações e passe a agir de forma diferente, o que não seria possível para um
descritivista. Por isso, formulamos um modelo simbólico, o qual relaciona padrão
cultural, padrão prescrito e valor; e, além disso, que mostra os aspectos temporais e de
mudança. Outra questão gira em torno da necessidade do pensamento crítico, para
Hare, na formulação de uma ética universal. Dessa forma, neste trabalho ficará
explicitado os motivos pelos quais Hare não poder ser chamado de descritivista
existencial. / Mestre em Filosofia
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