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Equipamentos de proteção individual: o olhar dos trabalhadores de enfermagem em um hospital universitário / Personal protective equipment: the view of the nursing workers at a university hospital

NEVES, Heliny Carneiro Cunha 14 May 2009 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:04:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Heliny Carneiro Cunha Neves.pdf: 648693 bytes, checksum: 98e4038ff2462e0020c3bd6162246b7f (MD5) Previous issue date: 2009-05-14 / The recommendations from the standard precautions that included the concepts of universal precautions have been applied for more than 15 years. This primary prevention of occupational exposure remains efficient and effective in protecting professional health care (PHC). However, we found that adherence to these measures is sometimes discontinuous and contradictory and leads to an enhancement of the risks and substantial increase in exposure to biological material. This leads us to inquire about other factors that may contribute to this kind of behavior on the part of PHC. From this perspective, investigating the subjective aspects that influence the behaviors and attitudes of nursing professionals to join the personal protective equipment (PPE) becomes important. The objective of this study was to analyze the reasons, attitudes and beliefs of nursing staff regarding adherence to PPE. Qualitative study conducted in December 2008 in a large university hospital in the city of Goiania. We observed the ethical-legal aspects. Data were collected through focus group technique using guiding questions. The study included 15 professionals of nursing, which formed three focus groups with five participants in each group. Data were analyzed by the model of health beliefs (MCS) of Rosenstock (1974b) and the method of interpretation of meaning, according to security issues at work and Interpersonal Relationship. We could identify that interpersonal relationships interfere with issues of safety and personal protection at various levels in the workplace, both in the organizational and manage, and in relation to other professions and other sectors of the hospital. This relationship proved is a two-way process and we cannot ignore the factors and individual risk perception, which is connected with the work environment, influence the individual protection. Difficulties such as work overload, stress, lack of motivation, communication, and inadequate physical infrastructure, lack of availability and limited access to PPE, lack of routines and the assistance process after exposure to biological material, among others, interfere with adherence to such safety equipment, but not determine them. Joining the PPE is impregnated by the context as experienced in the workplace, but also by individual values and beliefs, but the decision to use the PPE is personal. The numbers of perceived barriers in the work environment are opposing forces that cancel the driving forces for adherence to personal protective equipment. We note that the qualitative and focus group technique provided us with input for analysis and reflection on the accession to the PPE as well as direct possible strategies and effective measures to prevent and control infections and improve adherence to safety equipment. / As recomendações das precauções padrão desde que incluíram os conceitos das precauções universais, têm sido aplicadas há mais de 15 anos. Essa prevenção primária das exposições ocupacionais continua sendo eficaz e eficiente na proteção dos profissionais da área da saúde (PAS). No entanto, verificamos que a adesão a essas medidas é, por vezes, descontínua e contraditória e leva a uma potencialização dos riscos e aumento substancial de exposições ao material biológico. Isso nos leva a indagar sobre outros fatores que podem contribuir para esse tipo de comportamento por parte dos PAS. Nessa perspectiva, investigar os aspectos subjetivos que influenciam nas condutas e atitudes dos profissionais da enfermagem à adesão ao equipamento de proteção individual (EPI) torna-se importante. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar as razões, atitudes e crenças dos trabalhadores de enfermagem referentes à adesão aos equipamentos de proteção. Estudo qualitativo realizado em dezembro de 2008 em um hospital universitário de grande porte do município de Goiânia. Foram observados os aspectos ético-legais. Os dados foram coletados por meio da técnica do grupo focal utilizando-se de questões norteadoras. Participaram desse estudo 15 profissionais da área da enfermagem, os quais constituíram três grupos focais com cinco participantes em cada grupo. Os dados foram analisados à luz do Modelo de crenças em saúde, de Rosenstock e pelo Método de Interpretação de Sentidos, segundo os temas Segurança no trabalho e Relacionamento Interpessoal. Foi possível identificar que as relações interpessoais interferem nas questões da segurança e proteção individual, em vários níveis no ambiente de trabalho, tanto nos aspectos organizacionais e gerencias, quanto na relação com as outras categorias profissionais e com os outros setores do hospital. Essa relação mostrou-se uma via de mão dupla e não podemos desconsiderar os fatores individuais e a percepção do risco, que também interligadas com o ambiente de trabalho, influenciam na proteção individual. As dificuldades como a sobrecarga de trabalho, estresse, falta de motivação, comunicação e estrutura física inadequadas, não disponibilidade e difícil acesso ao EPI, falta de rotinas e do fluxograma de atendimento pós-exposição a material biológico, entre outros, interferem na adesão a esses equipamentos de segurança, porém não os determinam. A adesão ao EPI é impregnada tanto pelo contexto vivenciado no ambiente de trabalho, como também pelos valores e crenças individuais, mas a decisão do uso do EPI é pessoal. As inúmeras barreiras percebidas no ambiente laboral são forças contrárias que anulam as forças impulsoras para a adesão aos equipamentos de proteção individual. Verificamos que a abordagem qualitativa e a técnica do grupo focal forneceram-nos subsídios para a análise e reflexão em relação à adesão ao EPI, além de direcionar possíveis estratégias e medidas eficazes na prevenção e controle de infecções e na melhora da adesão aos equipamentos de segurança.

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