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O uso da episiotomia e sua associação com as alterações maternas e neonatais / Episiotomy and its association with maternal and neonatal changesLÔBO, Sara Fleury 24 March 2010 (has links)
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Previous issue date: 2010-03-24 / Episiotomy is a surgical incision made on the vulvar area at the time of the expulsion of the fetus. It is one of the most common procedures in obstetrics, second only to the clamping and cutting of the umbilical cord. The objective of the present study was to evaluate the performance of episiotomy and its association with maternal and neonatal changes. The study population consisted of pregnant women undergoing vaginal delivery in two public maternity hospitals in the city of Goiânia, state of Goiás, Brazil, between June 2007 and May 2008. Data was collected from medical records. A total of 1,129 medical records were reviewed. Episiotomy was performed in 57.55% (n = 636) of all vaginal deliveries and in 83.7% (n = 325) of primiparous deliveries. The rate of episiotomy was higher than the average 30% recommended by the World Health Organization (WHO). A statistically significant association was found between episiotomy and primiparity (p<0.001). There was no association between episiotomy performance and maternal (p<0.19) and/or neonatal changes (p<0.622). No association was seen between episiotomy technique (midline or mediolateral) and risk of laceration (p=0.663), although data suggest an association between episiotomy and increased risk of severe laceration (p<0.001). The rate of episiotomy was similar in both hospitals studied. The results of this study confirm indiscriminate performance of episiotomy and point to the need of strategies to reduce it. / A episiotomia é uma incisão cirúrgica realizada na região da vulva, no momento da expulsão do concepto. É um dos procedimentos mais comuns em obstetrícia, sendo superado apenas pelo corte e pinçamento do cordão umbilical. O objetivo deste estudo foi avaliar o uso da episiotomia e sua associação com as alterações maternas e neonatais em duas maternidades públicas na cidade de Goiânia, Goiás. A população constituiu-se de parturientes submetidas ao parto normal, no período de junho de 2007 a maio de 2008, mediante revisão dos prontuários. Foram analisados 1.129 prontuários. A episiotomia foi utilizada em 57,55% (n=636) de todos os partos normais e em 83,7% (n=325) dos partos de primíparas, observa-se uma freqüência do uso da episiotomia acima da media recomendada pela Organização Mundial de Saúde, de 30%. A associação entre o uso da episiotomia e a primiparidade é estatisticamente significante (p<0,001). Não houve associação entre as alterações maternas (p<0,19) e/ou neonatais (p<0,622) com o uso da episiotomia. Também não houve associação entre a técnica utilizada (mediana ou mediolateral) e o risco de laceração (p=0,663), embora os dados sugiram a associação da episiotomia e aumento do risco de lacerações graves (p<0,001). O emprego da episiotomia mostrou-se semelhante nas duas maternidades. Os resultados deste estudo ratificam o uso indiscriminado da episiotomia, e apontam para a necessidade de propor estratégias para reduzir o emprego desta técnica.
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