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Assistência médica ao parto : estudo comparativo do parto assistido na posição vertical e horizontal / Medical childbirth : comparative study of assisted delivery in vertical and horizontal position

Hyppólito, Silvia Bomfim January 1997 (has links)
HYPPÓLITO, Silvia Bomfim. Assistência médica ao parto : estudo comparativo do parto assistido na posição vertical e horizontal. 1997. 102 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Faculdade de Medicina, Universidade Federal do Ceará, Fortaleza, 1997. / Submitted by denise santos (denise.santos@ufc.br) on 2016-03-29T12:42:03Z No. of bitstreams: 1 1997_dis_sbhyppólito.pdf: 6302391 bytes, checksum: dfd3bdf2679ad731c1a56b40eae8a089 (MD5) / Approved for entry into archive by denise santos(denise.santos@ufc.br) on 2016-03-29T13:21:01Z (GMT) No. of bitstreams: 1 1997_dis_sbhyppólito.pdf: 6302391 bytes, checksum: dfd3bdf2679ad731c1a56b40eae8a089 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-03-29T13:21:01Z (GMT). No. of bitstreams: 1 1997_dis_sbhyppólito.pdf: 6302391 bytes, checksum: dfd3bdf2679ad731c1a56b40eae8a089 (MD5) Previous issue date: 1997 / Since a long time, world literature has been demonstrating that medical assistance brought large benefits to complications on deliveries. In the other hand, overused obstetric technologies on normal delivery assistance in hospitals are being questioned. Interventions such as episiotomy, the abuse of oxytocic to shorten the dilatation period and the laying down posture imposed to women during labor are being criticized by a large number of researchers. This study intended to find out if the sitting position to assist the second period of women’s delivery is more appropriate for it is considered physiological. Besides that, no episiotomy has been performed and immediate breastfeeding consequences on blood loss and on the delivery of placenta were observed. The 3.4 minutes difference on favor of the length of time expulsion period to the group of women who delivered on vertical position versus horizontal’s was considered important but not statistic significant (p=0.06). The great majority of mothers has delivered the placenta within the first 25 minutes, regardless they were on the upright (sitting) or neutral (laying down) position. Blood loss was also equivalent on both groups (p=0.52) and breastfeeding did not show any influence on that (p=0.19) and on the time for delivering the placenta (sitting-p=0.08; laying down-p=0.52). The incidence of perineal trauma was 44.1% and 47.0% for women who delivered on vertical and horizontal position, respectively (this incidence was even lower than the 52.3% which is reported on literature). More than 80% of the spontaneous injuries were 1st degree posterior perineal trauma and the rest was just 2nd degree ones, for both groups. It was not evident any advantage of the vertical position over the horizontal’s, during the expulsion period of labor and delivery of placenta. So, mothers could be given the choice in the posture to be assumed during parturition. The absence of oxytocic and episiotomy did not bring any harm to women delivering in any of the two positions. The outcomes do not support medical intervention should be used as routine on normal delivery and for that, those interventions could have a better criteria, avoiding more harm than good and offering a more humanized delivery assistance. / A literatura mundial já vem demonstrando, há bastante tempo, que a assistência médica em obstetrícia trouxe benefícios incalculáveis aos partos distócicos. Por outro lado, as tecnologias utilizadas para a assistência ao parto normal, a nível hospitalar, vêm sendo questionada e, intervenções, como a episiotomia, o uso abusivo de ocitócicos para abreviar o período de dilatação, e a posição horizontal (deitada) da parturiente, durante o período expulsivo do parto, estão sendo analisadas e criticadas por um largo número de pesquisadores. O presente estudo visou testar a hipótese de que a assistência ao parto normal na posição vertical (sentada), durante o período expulsivo, seria mais apropriada, por ser fisiológica. Além disso, não se usou o procedimento da episiotomia e observou-se a influência da sucção do mamilo materno pelo RN no tempo de delivramento e perdas sanguíneas, sem o uso de ocitócicos. A diferença média de 3,4 minutos em favor da menor duração do período expulsivo, para as parturientes que foram assistidas sentadas, merece destaque, apesar da significância do dado estar em seu limiar estatístico, ao nível de 95% (p=0,06). A maioria das parturientes delivraram espontaneamente até 25 minutos depois do parto, não importando se assistidas na vertical, ou na horizontal; as perdas sanguíneas também tiveram equivalências estatísticas(p=0,52). A sucção do mamilo materno mostrou alguma influência mas não logrou significância estatística em relação a perdas sanguíneas (p=0,19) e ao tempo de delivramento (vertical: p=0,08; horizontal: p=0,52). Mesmo sem o procedimento da episiotomia, as lacerações vulvo-perineais se mantiveram em 44,1% e 47,1% para as mulheres que pariram na vertical e horizontal, respectivamente (incidência mais baixa do que os 52,3% que se encontra na literatura), sendo que mais de 80% em ambos os grupos, a laceração foi de 1° grau e o restante apenas de 2° grau. Não ficou evidenciada qualquer vantagem na posição vertical sobre a posição horizontal materna durante o período expulsivo do parto e delivramento, sendo portanto indicado que se permita a livre escolha da parturiente. A abstenção do uso de ocitócicos e de episiotomia não acarretou prejuízo às mães que pariram, em qualquer das duas posições. Assim, os achados do estudo não apontam para a necessidade de intervenções obstétricas de rotina, na assistência ao parto normal; indicando, outrossim, que elas sejam mais criteriosas, evitando-se iatrogenias e promovendo assistência de melhor qualidade e mais humanizada.
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Episiotomia seletiva: frequência e fatores associados

Ferreira de Melo Júnior, Elias January 2005 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T23:16:05Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo8718_1.pdf: 1031949 bytes, checksum: d6f2c45ba1e2abb75b91e85c2c066035 (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2005 / Introdução: A episiotomia é o procedimento obstétrico mais realizado no mundo todo. Historicamente, seu uso foi iniciado sem comprovação científica de sua efetividade, baseado apenas na opinião de especialistas. Foi sugerido que o procedimento preveniria a ocorrência de lacerações de III e IV graus e o relaxamento perineal, diminuindo a possibilidade de disfunção sexual e a incontinência urinária e fecal decorrente. Além de tudo, haveria a substituição de uma laceração irregular por um corte cirúrgico de mais fácil reparação e cicatrização. A episiotomia também preveniria o sofrimento fetal, ao diminuir a duração do período expulsivo, evitando a ocorrência de asfixia neonatal, trauma craniano, hemorragia cerebral e retardo mental, além de proteger os fetos prematuros da excessiva pressão causada por um períneo excessivamente distendido. Seu uso também se impôs nos partos operatórios e nos distócicos. Com a medicalização do parto, ocorrida sobretudo no início do século XX, o procedimento tornou-se rotineiro, alcançando uma prevalência de mais de 90% em alguns países. Objetivos: Revisar os conhecimentos atuais sobre episiotomia disponíveis na literatura e verificar sua prevalência no Hospital das Clínicas da UFPE, quando da implantação da norma de episiotomia seletiva, bem como os fatores associados a esse procedimento. Métodos: Foi realizada revisão da literatura médica através dos bancos de dados do MEDLINE, SCIELO e LILACS com as palavras-chave episiotomia e fatores determinantes, no período de 2000 a 2005. Foram selecionados estudos com metodologia científica adequada e também revisões sistemáticas. Realizou-se também estudo transversal em uma amostra de 323 mulheres submetidas a parto normal, com feto vivo, durante os meses de junho a agosto de 2000. Resultados: A literatura consultada demonstra a necessidade de realização da episiotomia apenas sob indicações obstétricas precisas, rejeitando seu uso rotineiro e indiscriminado. A prevalência encontrada de episiotomia no Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco foi de 37,8% no período estudado. Verificou-se um percentual significativamente mais elevado de episiotomia entre as adolescentes, as primigestas e durante o plantão diurno. Não se verificou associação significativa entre a realização de episiotomia e os fatores relacionados ao recém-nascido e ao profissional responsável pela assistência. Conclusão: A despeito das recomendações da literatura, observamos uma freqüência da episiotomia acima da recomendação internacional. O presente estudo evidencia a necessidade de incrementar a prática profissional no sentido de diminuir a realização da episiotomia
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Efeito do tipo de parto vaginal sobre a perda hemática em mulheres / Effect of vaginal delivery mode on women’s blood loss

Armellini, Cláudia Junqueira [UNIFESP] 28 April 2010 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2015-07-22T20:49:56Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2010-04-28 / Objetivos: Analisar a prevalência de anemia no parto e sua incidência no pós-parto, bem como o efeito do tipo de parto vaginal (espontâneo com episiotomia, espontâneo sem episiotomia e fórceps com episiotomia) sobre a variação dos níveis de hemoglobina e hematócrito no pós-parto. Método: Trata-se de um estudo epidemiológico, prospectivo observacional, realizado em duas maternidades da cidade de São Paulo, no período de 15 de julho de 2008 a 16 de outubro de 2009. A amostra foi constituída de 328 mulheres primíparas, com gestação a termo, feto vivo, único em apresentação cefálica, com no mínimo três consultas de pré-natal registradas no cartão de gestante. A coleta de dados foi realizada em três fases: admissão, alta hospitalar e retorno puerperal. Foram utilizados formulário semiestruturado e coleta de sangue venoso. Para o diagnóstico da anemia, foi empregada a dosagem de hemoglobina; para a análise do efeito do tipo de parto sobre a perda hemática foram usadas a dosagem de hemoglobina e a concentração de hematócrito. A análise dos dados empregou os Testes t de Student, Qui-quadrado e Análise de Proporção, de acordo com cada grupo de variáveis estudadas. O intervalo de confiança adotado foi de 95%. Resultados: A prevalência da anemia foi de 4,0% na fase da admissão para o parto, com incidência de 67,4% na alta hospitalar e de 5,8% no retorno puerperal. O parto fórceps com episiotomia causou significativamente maior redução da hemoglobina entre as fases da admissão e alta hospitalar em comparação aos partos espontâneos com e sem episiotomia O parto espontâneo com episiotomia provocou significativamente maior redução do valor da hemoglobina entre as fases da admissão e alta hospitalar se comparado ao espontâneo sem episiotomia. O parto espontâneo sem episiotomia resultou em aumento da hemoglobina significativamente maior entre as fases de retorno puerperal e de alta hospitalar quando comparado ao parto fórceps com episiotomia e ao espontâneo com episiotomia. Conclusão: O percentual de anemia variou, aumentando entre as fases de admissão e alta hospitalar, reduzindo entre a alta hospitalar e o retorno puerperal. Partos fórceps com episiotomia e espontâneo com episiotomia provocaram maior perda hemática quando comparados ao parto espontâneo sem episiotomia. Portanto, é relevante a avaliação da perda hemática no parto, tendo em vista o diagnóstico e o tratamento precoces de possível morbidade materna, especialmente, da anemia. / Objectives: analyze the prevalence of anemia during pregnancy and its incidence on the postpartum period, as well as the effect of vaginal birth (spontaneous with episiotomy, spontaneous without episiotomy, and forceps with epsiotomy) on the variation of hemoglobin and hematocrit levels after birth. Method: It is an epidemiological, prospective and observational study, developed in two maternities in the city of São Paulo/Brazil, from June 15, 2008 to October 16, 2009. The sample was of 328 primiparous women, who gave birth at term to a single live baby in cephalic presentation, and had at least three prenatal visits registered on the pregnancy card. The data collection was done in three phases: admission, hospital discharge and puerperal evaluation; through a semi-structured form and the collection of venous blood samples. To diagnose anemia, hemoglobin levels were measured; to analyze the effect of the birth procedure on the blood loss, hemoglobin levels and hematocrit concentration were measured. In the data analysis, Student´s t-test, Chi-square test, and Proportion Analysis test were used, according to each variable group studied. The confidence interval was of 95%. Results: The prevalence of anemia was of 4% at admission, with an incidence of 67.4% at hospital discharge, and 5.8% at puerperal evaluation. Forceps with episiotomy deliveries have caused a significant higher hemoglobin decrease between the admission and hospital discharge phases, when compared to spontaneous births with or without episiotomy. Spontaneous deliveries with episiotomy led to a significant higher hemoglobin value reduction between the phases of admission and hospital discharge, when compared to spontaneous deliveries without episiotomy. Spontaneous deliveries without episiotomy resulted in a significantly higher hemoglobin raise between the phases of puerperal evaluation and hospital discharge, when compared to forceps with episiotomy and spontaneous deliveries with episiotomy. Conclusion: Anemia percentage has varied, raising between the admission and hospital discharge phases; and dropping between hospital discharge and puerperal evaluation. Forceps with episiotomy deliveries and spontaneous deliveries with episiotomy, led to higher blood loss, when compared to spontaneous deliveries without episiotomy. Therefore, it is relevant to evaluate blood loss due to birth, considering the early diagnose and treatment of maternal morbidity, especially, of anemia. / TEDE
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Influência da epsiotomia na mobilidade da junção uretrovesical e da uretra proximal avaliação ultrasonográfica em puérperas

CASTRO, Raimundo Maciel Feitosa e January 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2014-06-12T16:27:16Z (GMT). No. of bitstreams: 2 arquivo5580_1.pdf: 688373 bytes, checksum: 5131dd2ea1ced3f16516cffb5684d2db (MD5) license.txt: 1748 bytes, checksum: 8a4605be74aa9ea9d79846c1fba20a33 (MD5) Previous issue date: 2006 / A associação entre incontinência urinária de esforço (IUE) e hipermobilidade da junção uretrovesical está estabelecida. Como não existem na literatura dados concretos mostrando quais as modificações anatômicas e funcionais decorrentes da episiotomia médiolateral direita sobre as medidas ultra-sonográficas da junção uretrovesical e da uretra proximal, realizou-se estudo tendo como objetivo a avaliação dos parâmetros ultra-sonográficos relacionados à junção uretrovesical (JUV) e uretra proximal (UP) mediante a realização da episiotomia. O estudo foi transversal e realizado na Unidade de Pesquisa em Incontinência Urinária da Universidade Federal de Pernambuco entre janeiro de 2005 a janeiro de 2007. Foram determinadas por ultra-sonografia transvulvar as medidas das distâncias pubouretral (DPU), da distância horizontal da JUV (DHJUV), da distância vertical da JUV (DVJUV e da uretra proximal (UP), tanto no repouso como no esforço, entre puérperas de parto transpelviano que se submeteram ou não à episiotomia. Um total de 66 pacientes puérperas de partos vaginais de gravidez única, com ou sem episiotomia, entre 18 e 30 anos foram recrutadas para o estudo no período de janeiro de 2005 a janeiro de 2007. Todas as pacientes foram submetidas à ultrasonografia transvulvar da junção uretrovesical e da uretra proximal com a bexiga vazia. As idades das 32 pacientes do grupo submetido à episiotomia variaram entre 18 e 30 anos, com média igual a 22,50 ± 3,71 anos, enquanto que as idades das 34 pacientes do grupo sem episiotomia também variaram entre 18 e 30 anos, com média igual a 22,20 ± 3,12 anos. Não foram encontradas diferenças significativas tanto em repouso como no esforço dos parâmetros avaliados pela ultra-sonografia transvulvar entre os grupos, assim como, o peso dos recém-nascidos não interferiu no diagnóstico de hipermobilidade da JUV (p=0,46). A episiotomia não parece interferir na mensuração dos parâmetros ultra-sonográficos relacionados à junção uretrovesical e à uretra proximal. A existência de lacerações foi significativamente maior (p=0,00007815) no grupo sem episiotomia
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O uso da episiotomia e sua associação com as alterações maternas e neonatais / Episiotomy and its association with maternal and neonatal changes

LÔBO, Sara Fleury 24 March 2010 (has links)
Made available in DSpace on 2014-07-29T15:04:30Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Sara Fleury Lobo.pdf: 856033 bytes, checksum: 839f02c09b0c18b9e0d0ef2972bd5d74 (MD5) Previous issue date: 2010-03-24 / Episiotomy is a surgical incision made on the vulvar area at the time of the expulsion of the fetus. It is one of the most common procedures in obstetrics, second only to the clamping and cutting of the umbilical cord. The objective of the present study was to evaluate the performance of episiotomy and its association with maternal and neonatal changes. The study population consisted of pregnant women undergoing vaginal delivery in two public maternity hospitals in the city of Goiânia, state of Goiás, Brazil, between June 2007 and May 2008. Data was collected from medical records. A total of 1,129 medical records were reviewed. Episiotomy was performed in 57.55% (n = 636) of all vaginal deliveries and in 83.7% (n = 325) of primiparous deliveries. The rate of episiotomy was higher than the average 30% recommended by the World Health Organization (WHO). A statistically significant association was found between episiotomy and primiparity (p<0.001). There was no association between episiotomy performance and maternal (p<0.19) and/or neonatal changes (p<0.622). No association was seen between episiotomy technique (midline or mediolateral) and risk of laceration (p=0.663), although data suggest an association between episiotomy and increased risk of severe laceration (p<0.001). The rate of episiotomy was similar in both hospitals studied. The results of this study confirm indiscriminate performance of episiotomy and point to the need of strategies to reduce it. / A episiotomia é uma incisão cirúrgica realizada na região da vulva, no momento da expulsão do concepto. É um dos procedimentos mais comuns em obstetrícia, sendo superado apenas pelo corte e pinçamento do cordão umbilical. O objetivo deste estudo foi avaliar o uso da episiotomia e sua associação com as alterações maternas e neonatais em duas maternidades públicas na cidade de Goiânia, Goiás. A população constituiu-se de parturientes submetidas ao parto normal, no período de junho de 2007 a maio de 2008, mediante revisão dos prontuários. Foram analisados 1.129 prontuários. A episiotomia foi utilizada em 57,55% (n=636) de todos os partos normais e em 83,7% (n=325) dos partos de primíparas, observa-se uma freqüência do uso da episiotomia acima da media recomendada pela Organização Mundial de Saúde, de 30%. A associação entre o uso da episiotomia e a primiparidade é estatisticamente significante (p<0,001). Não houve associação entre as alterações maternas (p<0,19) e/ou neonatais (p<0,622) com o uso da episiotomia. Também não houve associação entre a técnica utilizada (mediana ou mediolateral) e o risco de laceração (p=0,663), embora os dados sugiram a associação da episiotomia e aumento do risco de lacerações graves (p<0,001). O emprego da episiotomia mostrou-se semelhante nas duas maternidades. Os resultados deste estudo ratificam o uso indiscriminado da episiotomia, e apontam para a necessidade de propor estratégias para reduzir o emprego desta técnica.
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Uso do laser infravermelho em episiotomia: ensaio clínico aleatorizado / Use of infrared laser in episiotomy: a randomized controlled trial

Alvarenga, Marina Barreto 07 May 2012 (has links)
Introdução: A episiotomia é uma ampliação cirúrgica do períneo amplamente utilizada na assistência ao parto, embora seu emprego rotineiro não seja justificado pelas evidências científicas. Está associada à dor e ao desconforto no período pós-parto. O Laser em Baixa Intensidade (LBI) vem se destacando na literatura como uma tecnologia promissora em relação ao tratamento de feridas. Apresenta efeitos de redução da dor, inflamação e estímulo à cicatrização. Objetivo: Avaliar os efeitos do laser em baixa intensidade na cicatrização da região perineal, na frequência e magnitude da dor perineal, após a episiotomia médio-lateral direita. Método: Ensaio clínico aleatorizado, paralelo e triplo cego, com uma amostra de 54 puérperas, divididas em grupo experimental (recebeu irradiação de laser) e controle (recebeu simulação de irradiação). As puérperas foram incluídas no estudo entre 6 e 10 horas após o parto no Alojamento Conjunto do Hospital Universitário da Universidade de São Paulo. Os critérios de inclusão foram: idade 18 anos, idade gestacional 37 e <42 semanas; sem parto vaginal anterior; parto espontâneo de feto único, vivo e em apresentação cefálica, com episiotomia médio-lateral direita; ausência de processo infeccioso, hemorroidas, hematomas ou varizes na região vulvoperineal; não ter realizado preparo da região perineal na gravidez; não ter feito uso de drogas fotossensibilizantes e sem intercorrências clínicas ou obstétricas. Foram excluídas do estudo mulheres que utilizaram qualquer produto diferente de água e sabão na região vulvoperineal. A intervenção com o laser consistiu em três irradiações (primeira: de 6 a 10 horas após o parto, segunda: 20 a 24 horas e terceira: 40 a 48 horas após a primeira aplicação), com laser diodo infravermelho, meio ativo semicondutor Gallium-Aluminum-Arsenide (GaAIAs), tamanho do spot de 0,04 cm2, densidade de energia de 5J/cm2, potência de 20 mW, duração da irradiação de 10 segundos por ponto. Em cada sessão, a episiotomia foi irradiada em nove pontos diferentes, com 0,2J por ponto e energia total de 1,8J por sessão. Na simulação da irradiação, a ponteira que emite o laser vermelho foi modificada pelo próprio fabricante, que substituiu o laser por uma luz guia. Em ambos os grupos, a cicatrização perineal foi avaliada em quatro momentos: antes das três irradiações e 7 a 10 dias após a alta hospitalar, por meio da escala Redness Edema Echymosis Discharge Aproximation (REEDA). A avaliação da dor perineal foi feita em sete ocasiões: antes e após as três irradiações e 7 a 10 dias, após a alta hospitalar pelo questionamento de presença ou ausência de dor e pela escala numérica de 0 a 10. A coleta de dados foi realizada entre junho e outubro de 2011. Resultados: Foram randomizadas 54 mulheres (29 no grupo experimental e 25 no grupo controle). Houve perda de seguimento de 11 mulheres na última avaliação (7 a 10 dias). Os grupos foram semelhantes quanto às variáveis: idade materna em anos completos; Índice de Massa Corporal; idade gestacional; peso do recém-nascido em gramas; Apgar de 1º, 5º e 10º minutos; perímetro cefálico em centímetros; extensão da episiotomia em centímetros; número de gestações, partos e abortos; cor; escolaridade; profissão; estado marital; presença de acompanhante; número de doses analgésicas e intervalo entre a ingestão do analgésico e a avaliação. A anestesia raquidiana foi usada com maior frequência no grupo controle (p=0,043). Quanto à cicatrização, os grupos não diferiram na escala REEDA em nenhuma das avaliações. Quanto às médias de dor perineal, os grupos diferiram nas seguintes ocasiões: o experimental apresentou maiores médias de dor na avaliação antes (grupo experimental 4,5; grupo controle 2,0; p=0,002), após a primeira irradiação (grupo experimental 4,1; grupo controle 2,0; p=0,008), e após a terceira irradiação (grupo experimental 1,5; grupo controle 0,6; p=0,019). Quanto à presença de dor, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos nos distintos momentos de avaliação. Não houve diferenças estatisticamente significantes entre os dois grupos entre a redução média de dor antes e após a irradiação laser, tanto em porcentagem quanto em relação a uma melhora <30% e 30%, nos três momentos em que a intervenção foi realizada. O procedimento foi considerado muito bom por 44,4% das mulheres, bom por 53,4% delas e ruim por 2,2% delas; 95,6% delas referiram o fariam novamente. Conclusão: O uso de LBI não teve efeito na cicatrização ou na frequência e na magnitude da dor perineal em mulheres com episiotomia, após o parto vaginal espontâneo. / Introduction: An episiotomy is a surgical widening of the perineum largely used in the childbirth, despite the fact that its routine use has not been justified by scientific evidence. It is associated with pain and discomfort in the postpartum period. The Low-Level Laser Therapy (LLLT) has been pointed out in the literature as a promising technology for the treatment of wounds. It has the effects of reducing pain and inflammation and healing stimulation. Objective: Evaluate the effects of low intensity laser therapy in the healing of the perineal region and in the frequency and magnitude of perineal pain, after right mediolateral episiotomy. Method: Parallel, triple blind randomized clinical trial, with a sample of 54 mothers who were divided into experimental (received laser irradiation) and control group (received simulated radiation). Postpartum women were included in the study from 6 to 10 hours after birth in the Rooming-in Unit of the Hospital of the University of São Paulo. Inclusion criteria were: age 18 years, gestational age 37 and <42 weeks, no previous vaginal delivery, to have a spontaneous delivery of a singleton fetus in cephalic presentation with right mediolateral episiotomy, absence of infection, hemorrhoids, bruises or varicose veins in the vulvoperineal region; no perineum preparation during pregnancy, no use of photosensitizing drugs and no clinical or obstetric complications. We excluded women who had used any product other than soap and water in the vulvoperineal region. The LLLT intervention consisted of three irradiations (first: from 6 to 10 hours after birth, second: from 20 to 24 hours after birth and third one from 40 to 48 hours after the first application), using infrared diode laser, with a semiconductor active medium Aluminum-Gallium-arsenide (GaAlAs), a size spot of 0.04 cm, 2 5J/cm2 energy density, power of 20 mW, and length of irradiation of 10 seconds per point. In each session, the episiotomy was irradiated in nine different points, with a total of 0.2 J per point and a total energy of 1.8 J per session. To simulate the irradiation, the tip that emits the red laser was modified by the manufacturer, who replaced the infrared laser by a guiding light in the same pen that emits the laser. In both groups, the perineal wound healing was assessed at four time moments: before the three irradiations and from 7 to 10 days after hospital discharge, through the scale Echymosis Discharge Aproximation Redness Edema (REEDA). The perineal pain was assessed in seven occasions: before and after the three sessions of irradiation and in one occasion from 7-10 days after birth, using numerical scale from 0 to 10 and questioning the woman on the presence or absence of pain. Data collection was carried out between June and October 2011. Results: We randomized 54 women (29 in the experimental group and 25 in the control group). Eleven women were lost in the follow-up, in the last evaluation (7-10 days). Both groups were similar with regard to the variables: maternal age in years, body mass index, gestational age, weight of the newborn in grams; Apgar score at 1, 5 and 10 minutes and head circumference in centimeters; episiotomy length in centimeters, number of pregnancies, births and miscarriages, skin color, education, profession, marital status, presence of caregiver, the number of analgesic doses and interval between the intake of analgesics and evaluation. The spinal anesthesia was more frequently used in the control group (p = 0.043). Regarding the healing, the groups did not differ in any assessments of the REEDA scale. Regarding the means of perineal pain, the groups differed on the following occasions: the experimental group had higher means of pain scores in the evaluation before (experimental group 4.5, control group 2.0, p = 0.002), and after the first irradiation (experimental group 4.1, control group 2.0, p = 0.008), and after the third irradiation (experimental group 1.5, control group 0.6, p = 0.019). Regarding the presence of pain, there was no statistically significant difference between groups in different stages of evaluation. There was no statistically significant differences between the two groups, both regarding the mean reduction of pain before and after laser irradiation in percentage and regarding an improvement <30% and 30% in the three moments when the intervention was performed. The procedure was evaluated as very good by 44.4% of women, as good by 53.4% and as bad by 2.2% of them; 95.6% of women who had the procedure reported that would have it again. Conclusion: The use of LLLT had no effect on wound healing or in the frequency and magnitude of perineal pain in women with episiotomies after spontaneous vaginal delivery, with the dosage and number of sessions used in this study.
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Discurso sobre episiotomia nos livros populares sobre gravidez e parto comercializados no Brasil / Discourse about episiotomy in popular pregnancy and childbirth books sold in Brazil

Niy, Denise Yoshie 29 August 2012 (has links)
Resumo Introdução: Desde meados da década de 1980 existem evidências científicas sólidas para que a episiotomia não seja praticada de modo rotineiro, porém, ela continua sendo amplamente realizada, no Brasil inclusive. A alfabetização em saúde compreende a capacidade de buscar informações e convertê-las em ações. Os livros para gestantes comercializados no país podem ou não contribuir para a alfabetização em saúde da mulher no que se refere à episiotomia. Objetivo: Descrever o conteúdo relativo à episiotomia de livros sobre gravidez e parto disponíveis no Brasil e analisar seus possíveis efeitos de sentido. Métodos: Foram selecionados 11 livros sobre gravidez publicados no Brasil a partir de buscas em lojas virtuais. Todo o conteúdo sobre episiotomia foi destacado para leitura. Conforme aporte teórico de Patrick Charaudeau, esse conteúdo foi descrito quanto a identificação e qualificação da episiotomia, qualificação de seus riscos e benefícios e qualificação das alternativas à episiotomia. Resultados: Apenas quatro livros mencionam a episiotomia, que é identificada também como corte, incisão, procedimento, intervenção, entre outros termos. De modo geral, a episiotomia é qualificada quanto ao que ela supostamente evita, a lesão perineal, que seria também um dos seus principais benefícios, segundo as obras analisadas, o que não condiz com as evidências científicas. Os riscos da episiotomia, quando abordados, são minimizados e os métodos de proteção do períneo raramente são expostos. Os livros analisados refletem o atual panorama da assistência ao parto no Brasil, em que a episiotomia ou é um procedimento invisível ou tem seus efeitos adversos minimizados ou mesmo ignorados. Conclusão: O discurso das obras está descolado das evidências científicas no que se refere à episiotomia. Os textos analisados reforçam a posição do médico como detentor do conhecimento e não contribuem para a alfabetização em saúde da mulher. / Abstract Introduction: Since the mid-1980s, there has been sound scientific evidence showing that episiotomy should not be used on a routine basis, even though its use largely persists to this day, including in Brazil. Health literacy means the ability to search for information and convert it into action. Childbirth and pregnancy books sold in Brazil may or may not help improve womens health literacy regarding episiotomy. Objective: To describe the content of books about pregnancy and childbirth which are available in Brazil, mainly as far as episiotomy is concerned, and to analyze their possible meaning effects. Methods: Eleven childbirth books published in Brazil were selected from online stores. All the content related to episiotomy was highlighted for further reading. As proposed by Patrick Charaudeau, the texts highlighted were described as to identification and qualification of episiotomy, qualification of episiotomy risks and benefits and qualification of alternative methods. Results: Only four books mention episiotomy, and it is also referred to as cut, incision, procedure, intervention, among other designations. Altogether, episiotomy is qualified as to what it is supposed to prevent, perineal tear. According to the literature analyzed, the prevention of perineal tear would be one of the main benefits from episiotomy, which does not match the evidence. Whenever mentioned, risks of episiotomy are understated and the protection of the perineum through alternative methods is stated scarcely. The books analyzed reflect the current state of Brazils childbirth practices, where episiotomy is either invisible or has its side effects either understated or disregarded. Conclusion: The books discourse regarding episiotomy is not supported by scientific evidence. The texts analyzed reinforce the physicians authority as knowledge keeper and do not help improve womens health literacy.
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Efeito da eletroestimulação nervosa transcutânea de alta e baixa frequência no alívio da dor de puérperas pós-episiotomia: estudo clínico, randomizado e duplo cego / Effect of high and low frequency transcutaneous electrical nerve stimulation in postpartum pain relief after episiotomy: a clinical, randomized and double blind study

Araujo, Ana Carolina Rodarti Pitangui de 12 July 2011 (has links)
A Eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS) é um recurso não invasivo que tem como principal finalidade o alívio da dor. A dor perineal pós-episiotomia é uma queixa frequente no puerpério que pode interferir em diversas atividades diárias das puérperas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da TENS de alta e baixa frequência no alívio da dor de puérperas pós-episiotomia. Trata-se de um estudo clínico, randomizado, controlado e duplo cego com placebo, composto por 32 puérperas submetidas ao parto normal com episiotomia. As participantes foram divididas em três grupos, TENS alta frequência (TAF), TENS baixa frequência (TBF) e TENS placebo (TP). Os eletrodos foram posicionados paralelamente, próximos a episiotomia, na região dos nervos pudendo e genitofemural. O grupo TAF recebeu frequência de 100 Hz e largura de pulso de 100 ?s e o grupo TBF recebeu frequência de 5 Hz com largura de pulso de 100 ?s. No grupo TP o aparelho permaneceu ligado, mas não emitiu estímulo elétrico. A duração da aplicação da TENS foi de 30 minutos. Inicialmente, foi preenchido o formulário de dados, composto pelas variáveis relacionadas à identificação das puérperas, dados sócio-demográficos, obstétricos, do trabalho de parto e parto atual, do recém-nascido e requisição e/ou consumo de recurso de alívio de dor. Foram realizadas quatro avaliações. A avaliação inicial ocorreu antes da TENS. As puérperas que referiram presença de dor na episiotomia responderam a escala visual numérica (EVN) na posição repouso e aos movimentos sentar e deambular. Na verificação da limitação funcional, as puérperas responderam questões referentes às atividades de vida diárias que estavam limitadas. A segunda avaliação foi iniciada imediatamente após a retirada da TENS, sendo aplicado a EVN nas mesmas atividades avaliadas anteriormente. Nos três grupos de estudo foi aplicado o instrumento da opinião da puérpera em relação ao uso da TENS. A terceira avaliação ocorreu após 30 minutos da retirada da TENS, houve nova avaliação da dor apenas para a posição repouso. A quarta avaliação foi realizada após se passarem 60 minutos da retirada da TENS, foi feita a última avaliação da dor na posição repouso. Na coleta de dados, um examinador ficou responsável pelas avaliações da dor e pelo preenchimento da ficha de avaliação e o outro pela aplicação da TENS. Foram utilizados testes estatísticos não paramétricos, com nível de significância de p <= 0.05. A análise descritiva foi usada para apresentação dos dados. Na análise intragrupo foi verificada nos grupos TAF e TBF diferença estatística significativa na intensidade da dor na posição repouso e nas atividades sentar e deambular, não houve diferença significativa nas avaliações analisadas no grupo TP. Nos resultados da análise intergrupo, houve diferença estatística significativa na posição repouso e sentar nos grupos TAF e TBF. Não foi verificada diferença estatística significativa entre os três grupos na atividade deambular. A TENS nas frequências alta e baixa demonstrou ser eficaz no alívio de dor das puérperas submetidas à episiotomia pós-parto normal, podendo ser utilizada na rotina das maternidades. / Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) is a non-invasive method that has as main purpose the relief of pain. The perineal pain after episiotomy is a frequent complaint in the puerperium that can interfere in many daily activities of puerperae. The aim of this study was to evaluate the effect of high and low frequency TENS in postpartum pain relief after episiotomy. This is a clinical, randomized, controlled, double blind study with placebo, consisting of 32 puerperal women undergoing to vaginal delivery with episiotomy. The participants were divided into three groups, high frequency TENS (TAF), low frequency TENS (TBF) and TENS placebo (TP). The electrodes were placed parallel near episiotomy, in the region of the pudendal and genitofemoral nerves. The TAF group has received 100 Hz frequency and pulse width of 100 ?s and the TBF group received frequency of 5 Hz with pulse width of 100 ?s. In the TP group the device was connected but did not deliver the electrical stimulation. The duration of TENS application was 30 minutes. Initially, it was filled the form data\'s, composed of the variables related to the women\'s identification, data\'s socio-demographic, obstetric, labor and actual delivery, the newborn and request and/or consumption of pain relief resource. Four evaluations were done. The initial assessment occurred before TENS. The puerperae who reported pain in episiotomy responded the visual numeric scale (VNS) in the rest position and the movements sit and walk. In the verification of functional limitation, the puerperaes answered questions regarding the activities of daily living that were limited. The second evaluation was initiated immediately after removal TENS, being applied the EVN in the same activities previously assessed. In the three study groups was applied the instrument about the puerperae opinion regarding the use of TENS. The third assessment occurred 30 minutes after removal of TENS, there was a new pain assessment only for the rest position. The fourth assessment was carried out to pass 60 minutes from the removal of TENS, was done the latest assessment of pain in the rest position. In collecting data, one examiner was responsible by the assessment of pain and to completing the evaluation form and the other by application of TENS. It was used nonparametric statistics tests, with a significance level of p <= 0.05. Descriptive analysis was used for data presentation. In the intragroup analysis was observed in groups TAF and TBF statistically significant difference in pain intensity at rest position and activities sit and walk, no significant difference in the analyzed evaluations in the TP group. The results of the intergroup analysis, showed a statistically significant difference in resting position and sit in groups TAF and TBF. There isn\'t verified significantly different between the three groups in walking activity. TENS in the high and low frequencies has proven effective in relieving pain of the puerperae undergoing episiotomy after normal delivery, can be routinely used in the maternity routine.
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A dor perineal no pós-parto normal com episiotomia: mensuração, caracterização e efeitos da crioterapia / Perineal pain after natural childbirth with episiotomy: the measurement, characterization and effects of cryotherapy.

Beleza, Ana Carolina Sartorato 08 September 2008 (has links)
A dor perineal no pós-parto é uma das morbidades mais comuns que acometem as mulheres no período puerperal. Recursos farmacológicos e não farmacológicos têm sido investigados para aliviar tal sintoma. A crioterapia é uma técnica frequentemente utilizada na clínicaobstétrica, porém existem poucos estudos que fundamentam tal terapêutica. Diante disso, este estudo teve como objetivo geral avaliar o efeito da crioterapia no alívio da dor da região perineal em primíparas submetidas ao parto normal com episiotomia. Os objetivos específicos foram: mensurar a dor perineal em primíparas submetidas ao parto normal com episiotomia por meio instrumento unidimensional de dor, caracterizar a dor perineal por meio de instrumento de avaliação multidimensional de dor, verificar quais atividades realizadas pelas puérperas dentro da maternidade estavam limitadas pela presença da dor, verificar o efeito da crioterapia no alívio da dor imediatamente após a aplicação e uma hora pós-tratamento, verificar a temperatura da região perineal antes, durante e depois da crioterapia e a correlação com a intensidade da dor, verificar possíveis efeitos adversos provocados pela crioterapia e verificar a opinião das puérperas sobre o tratamento. Trata-se de um estudo do tipo ensaio clínico aleatório e controlado realizado em uma maternidade localizada no interior do estado de São Paulo. Foram selecionadas aleatoriamente 50 mulheres primíparas que apresentavam dor perineal após o parto vaginal com episiotomia, divididas em 26 mulheres no grupo controle e 24 no grupo experimental. Foi utilizado um formulário para a coleta de dados sócio-demográficos, sobre a assistência ao parto e os dados do recém-nascido; para avaliar a dor foi utilizada a escala numérica compartimentada em 11 pontos e os descritores do questionário McGill; também foi utilizado um formulário sobre as atividades funcionais desempenhadas pelas puérperas que estavam limitadas pela dor; por fim, foi aplicado um questionário sobre a opinião das mulheres sobre a terapêutica. A técnica de crioterapia utilizada consistiu de bolsa plástica no formato de um absorvente, contendo gelo triturado, aplicada durante 20 minutos. Foram realizadas três avaliações em ambos os grupos: avaliação inicial onde era questionada a intensidade da dor pela escala numérica e a aplicação do questionário McGill; avaliação dois: realizada após 20 minutos da primeira avaliação, sendo que no grupo experimental foi realizada após a crioterapia; avaliação três: realizada após uma hora da segunda avaliação. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética da EERP/USP. Verificou-se alívio da dor para o grupo experimental comparado ao controle na segunda avaliação e na terceira avaliação (p=0,000). As puérperas de ambos os grupos apresentavam limitadas as funções de sentar, deitar e deambular. A dor perineal foi caracterizada pelas puérperas como latejante, que repuxa, que esquenta, ardida, dolorida, chata, incômoda, que prende e que deixa tenso. A média da temperatura perineal antes da crioterapia foi a 34,5o C, baixando para 23,4ºC após a técnica. Uma hora após o tratamento a média passou para 33,7ºC. Foi encontrada correlação positiva entre a intensidade da dor e as modificações da temperatura perineal. Sobre a satisfação das mulheres com a crioterapia 87,5% referiram estar satisfeitas com o recurso e 12,5% referiram estar muito satisfeitas. A crioterapia mostrou-se eficaz no alívio da dor perineal, entretanto, são necessários demais estudos que possam elucidar questões tais como tempo de alívio do sintoma, intervalo entre as aplicações e os efeitos sobre demais sinais e sintomas do processo inflamatório. / Postpartum perineal pain is among the most common morbidities affecting women in the puerperal period. Studies have been conducted to assess the effectiveness of pharmacological and non-pharmacological resources to relief this symptom. Cryotherapy is a frequently used clinical-obstetric technique, but few studies have provided the foundations of this therapeutics. In this view, this study had the purpose to: assess the effect of cryotherapy in providing pain relief of the perinal region of primiparae submitted to natural childbirth with episiotomy using a one-dimensional pain instrument; characterize perineal pain using a multidimensional pain assessment tool, verify what activities performed by the puerperae in the maternity were limited due to the presence of pain; verify the effect of cryotherapy in relieving pain immediately after it application, and one hour later; verify the temperature of the perineal region before, during, and after cryotherapy, and the correlation with the intensity of pain, verify the possible adverse effects caused by cryotherapy; and verify the puerperaes opinion about the treatment. This is a controlled and random clinical trial carried out in a maternity in the interior of Sao Paulo state, and it was approved by the EERP/USP Research Ethics Committee. Fifty primiparae with perineal pain after vaginal delivery with episiotomy were randomly selected and 26 were assigned to the control group and 24 to the experimental group. A form was used to collect socio-demographic data, as well as information about care during the delivery and regarding the newborn; an 11-point numerical scale and descriptors from the McGill questionnaire were used to assess the pain. In addition, a form was used to assess the functional activities performed by the puerperae that were limited due to the pain. Finally, a questionnaire was applied to obtain the womens opinion about the therapy. The cryotherapy technique used consisted of a plastic bag in the shape of an absorbent pad, containing ground ice, which was applied for 20 minutes. Three assessments were performed in both groups: an initial assessment, in which the women were asked about the intensity of the pain using the numerical scale and by administering the McGill questionnaire. The second assessment was performed 20 minutes after the first, and in the experimental group it was performed after the cryotherapy. The third assessment was performed one hour after the second. This study was approved by the EERP/USP Ethics Committee. It was verified there was pain relief in the experimental group compared to control in the second and third assessment (p=0.000). On the other hand, the women reported feeling pain again in the third assessment. The puerperae from both groups had limited functions when sitting, laying down, and walking. The puerperae characterized the perineal pain as pulsing, pulling, hot, stinging, hurting, annoying, troublesome, tight and tense. The average perineal temperature before cryotherapy was 34.5 o C, dropping to 23.4 o C after the technique. One hour after the treatment, the average lowered to 33.7 o C. There was a positive correlation between the intensity of pain and the changes in perineal temperature. As for the womens satisfaction toward the cryotherapy, 87.5% reported being satisfied with the resource and 12.5% reported being much satisfied. Cryotherapy was effective in relieving perineal pain, however further studies are needed in order to elucidate issues like time of symptom relief, interval time between applications, and the effects over other signs and symptoms of the inflammatory process.
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Efeito da eletroestimulação nervosa transcutânea de alta e baixa frequência no alívio da dor de puérperas pós-episiotomia: estudo clínico, randomizado e duplo cego / Effect of high and low frequency transcutaneous electrical nerve stimulation in postpartum pain relief after episiotomy: a clinical, randomized and double blind study

Ana Carolina Rodarti Pitangui de Araujo 12 July 2011 (has links)
A Eletroestimulação nervosa transcutânea (TENS) é um recurso não invasivo que tem como principal finalidade o alívio da dor. A dor perineal pós-episiotomia é uma queixa frequente no puerpério que pode interferir em diversas atividades diárias das puérperas. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da TENS de alta e baixa frequência no alívio da dor de puérperas pós-episiotomia. Trata-se de um estudo clínico, randomizado, controlado e duplo cego com placebo, composto por 32 puérperas submetidas ao parto normal com episiotomia. As participantes foram divididas em três grupos, TENS alta frequência (TAF), TENS baixa frequência (TBF) e TENS placebo (TP). Os eletrodos foram posicionados paralelamente, próximos a episiotomia, na região dos nervos pudendo e genitofemural. O grupo TAF recebeu frequência de 100 Hz e largura de pulso de 100 ?s e o grupo TBF recebeu frequência de 5 Hz com largura de pulso de 100 ?s. No grupo TP o aparelho permaneceu ligado, mas não emitiu estímulo elétrico. A duração da aplicação da TENS foi de 30 minutos. Inicialmente, foi preenchido o formulário de dados, composto pelas variáveis relacionadas à identificação das puérperas, dados sócio-demográficos, obstétricos, do trabalho de parto e parto atual, do recém-nascido e requisição e/ou consumo de recurso de alívio de dor. Foram realizadas quatro avaliações. A avaliação inicial ocorreu antes da TENS. As puérperas que referiram presença de dor na episiotomia responderam a escala visual numérica (EVN) na posição repouso e aos movimentos sentar e deambular. Na verificação da limitação funcional, as puérperas responderam questões referentes às atividades de vida diárias que estavam limitadas. A segunda avaliação foi iniciada imediatamente após a retirada da TENS, sendo aplicado a EVN nas mesmas atividades avaliadas anteriormente. Nos três grupos de estudo foi aplicado o instrumento da opinião da puérpera em relação ao uso da TENS. A terceira avaliação ocorreu após 30 minutos da retirada da TENS, houve nova avaliação da dor apenas para a posição repouso. A quarta avaliação foi realizada após se passarem 60 minutos da retirada da TENS, foi feita a última avaliação da dor na posição repouso. Na coleta de dados, um examinador ficou responsável pelas avaliações da dor e pelo preenchimento da ficha de avaliação e o outro pela aplicação da TENS. Foram utilizados testes estatísticos não paramétricos, com nível de significância de p <= 0.05. A análise descritiva foi usada para apresentação dos dados. Na análise intragrupo foi verificada nos grupos TAF e TBF diferença estatística significativa na intensidade da dor na posição repouso e nas atividades sentar e deambular, não houve diferença significativa nas avaliações analisadas no grupo TP. Nos resultados da análise intergrupo, houve diferença estatística significativa na posição repouso e sentar nos grupos TAF e TBF. Não foi verificada diferença estatística significativa entre os três grupos na atividade deambular. A TENS nas frequências alta e baixa demonstrou ser eficaz no alívio de dor das puérperas submetidas à episiotomia pós-parto normal, podendo ser utilizada na rotina das maternidades. / Transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) is a non-invasive method that has as main purpose the relief of pain. The perineal pain after episiotomy is a frequent complaint in the puerperium that can interfere in many daily activities of puerperae. The aim of this study was to evaluate the effect of high and low frequency TENS in postpartum pain relief after episiotomy. This is a clinical, randomized, controlled, double blind study with placebo, consisting of 32 puerperal women undergoing to vaginal delivery with episiotomy. The participants were divided into three groups, high frequency TENS (TAF), low frequency TENS (TBF) and TENS placebo (TP). The electrodes were placed parallel near episiotomy, in the region of the pudendal and genitofemoral nerves. The TAF group has received 100 Hz frequency and pulse width of 100 ?s and the TBF group received frequency of 5 Hz with pulse width of 100 ?s. In the TP group the device was connected but did not deliver the electrical stimulation. The duration of TENS application was 30 minutes. Initially, it was filled the form data\'s, composed of the variables related to the women\'s identification, data\'s socio-demographic, obstetric, labor and actual delivery, the newborn and request and/or consumption of pain relief resource. Four evaluations were done. The initial assessment occurred before TENS. The puerperae who reported pain in episiotomy responded the visual numeric scale (VNS) in the rest position and the movements sit and walk. In the verification of functional limitation, the puerperaes answered questions regarding the activities of daily living that were limited. The second evaluation was initiated immediately after removal TENS, being applied the EVN in the same activities previously assessed. In the three study groups was applied the instrument about the puerperae opinion regarding the use of TENS. The third assessment occurred 30 minutes after removal of TENS, there was a new pain assessment only for the rest position. The fourth assessment was carried out to pass 60 minutes from the removal of TENS, was done the latest assessment of pain in the rest position. In collecting data, one examiner was responsible by the assessment of pain and to completing the evaluation form and the other by application of TENS. It was used nonparametric statistics tests, with a significance level of p <= 0.05. Descriptive analysis was used for data presentation. In the intragroup analysis was observed in groups TAF and TBF statistically significant difference in pain intensity at rest position and activities sit and walk, no significant difference in the analyzed evaluations in the TP group. The results of the intergroup analysis, showed a statistically significant difference in resting position and sit in groups TAF and TBF. There isn\'t verified significantly different between the three groups in walking activity. TENS in the high and low frequencies has proven effective in relieving pain of the puerperae undergoing episiotomy after normal delivery, can be routinely used in the maternity routine.

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