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Fichte e o primado da prática / Fichte and the primacy of practiceGaspar, Francisco Augusto de Moraes Prata 18 May 2009 (has links)
Trata-se de compreender como se articula um sistema de filosofia que, emerso da Crítica kantiana, não pode nem fazer apelo aos objetos da metafísica especial, nem pressupor qualquer positividade, como a lógica e a coisa em si, constituindo-se, pois, como uma doutrina-da-ciência. Ao nosso ver, essa articulação tem seu núcleo central em um primado da prática: a Fundação da Ciência do Prático, terceira parte da Fundação de toda a Doutrina-da-Ciência, tem seu lugar no sistema ao solucionar as contradições e limites que o saber teórico deixou e que, como mera teoria, é incapaz de dar conta , mostrando que é apenas a partir do primado da faculdade prática, fundada na exigência do eu absoluto de realizar a infinitude e na lei do eu de refletir sobre si mesmo como realizando tal idéia, que se funda o sistema do saber humano e, portanto, a representação. Parece-nos que este momento da exposição da doutrina-daciência de 1794 permite a descrição do idealismo transcendental de Fichte como um idealismo crítico, herdeiro da filosofia kantiana. / Our aim is to understand how Fichte´s system of philophy is articulated, provided that it, coming from Kant´s Critic, cannot make appeal either to the objects of special metaphysics or pressuposes any positivity like logics or the thing in itself and therefore arrives at a Doctrine of Science (Wissenschaftslehre). In our interpretation, this articulation is centered on the primacy of practice: the \"Foundation of the Science of Practice\", third part of the Foundation of the Entire Doctrine of Science, fits in the system as it solves the contradictions and limits of the theoretical knowledge by showing that only the primacy of the practical faculty, grounded in the necessity of the realization of infinity by the absolute I and in the law of self-reflection as the realization of this idea, can found the system of human knowledge and hence the representation. It seems that this moment of the exposition of 1794´s Doctrine of Science allows the description of Fichte´s transcendental idealism as a critic idealism, heir of kantian philosophy.
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Fichte e o primado da prática / Fichte and the primacy of practiceFrancisco Augusto de Moraes Prata Gaspar 18 May 2009 (has links)
Trata-se de compreender como se articula um sistema de filosofia que, emerso da Crítica kantiana, não pode nem fazer apelo aos objetos da metafísica especial, nem pressupor qualquer positividade, como a lógica e a coisa em si, constituindo-se, pois, como uma doutrina-da-ciência. Ao nosso ver, essa articulação tem seu núcleo central em um primado da prática: a Fundação da Ciência do Prático, terceira parte da Fundação de toda a Doutrina-da-Ciência, tem seu lugar no sistema ao solucionar as contradições e limites que o saber teórico deixou e que, como mera teoria, é incapaz de dar conta , mostrando que é apenas a partir do primado da faculdade prática, fundada na exigência do eu absoluto de realizar a infinitude e na lei do eu de refletir sobre si mesmo como realizando tal idéia, que se funda o sistema do saber humano e, portanto, a representação. Parece-nos que este momento da exposição da doutrina-daciência de 1794 permite a descrição do idealismo transcendental de Fichte como um idealismo crítico, herdeiro da filosofia kantiana. / Our aim is to understand how Fichte´s system of philophy is articulated, provided that it, coming from Kant´s Critic, cannot make appeal either to the objects of special metaphysics or pressuposes any positivity like logics or the thing in itself and therefore arrives at a Doctrine of Science (Wissenschaftslehre). In our interpretation, this articulation is centered on the primacy of practice: the \"Foundation of the Science of Practice\", third part of the Foundation of the Entire Doctrine of Science, fits in the system as it solves the contradictions and limits of the theoretical knowledge by showing that only the primacy of the practical faculty, grounded in the necessity of the realization of infinity by the absolute I and in the law of self-reflection as the realization of this idea, can found the system of human knowledge and hence the representation. It seems that this moment of the exposition of 1794´s Doctrine of Science allows the description of Fichte´s transcendental idealism as a critic idealism, heir of kantian philosophy.
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O conceito de natureza em Schelling: um estudo sobre os escritos de 1797-1799 / The concept of nature in Schelling: a study on the 1797-1799 writingsAdriana Alves de Lima Lopes 31 August 2008 (has links)
FundaÃÃo Cearense de Apoio ao Desenvolvimento Cientifico e TecnolÃgico / FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / Este trabalho visa analisar a concepÃÃo de natureza de Schelling a partir de seus escritos iniciais para mostrar que, à luz do jovem Schelling, a Filosofia da Natureza surge como um avanÃo da teoria de Fichte (que reduz a natureza ao NÃo-eu) numa dinamicidade da prÃpria natureza. Mas, por outro lado, surge tambÃm como um resgate desta postura que assume um Eu absoluto e incondicionado como fundamento de todo saber racional. A partir desta relaÃÃo originÃria entre Eu e NÃo-eu, Schelling elabora a idÃia de uma natureza enquanto produtividade livre, orientada por uma atividade originÃria e incondicionada. Desse modo, sua Filosofia da Natureza surge como fÃsica especulativa, onde se faz necessÃrio considerar nÃo apenas os seus produtos, mas tambÃm sua produtividade; logo, hà na natureza uma organizaÃÃo, de onde se deduz que tudo o que à comprovado na experiÃncia à fruto de um princÃpio constitutivo da prÃpria natureza, e nÃo simplesmente por princÃpios regulativos (como pensara Kant). Portanto, para alÃm de uma metafÃsica da natureza de Kant, Schelling a concebe como unidade objetiva de matÃria e forma.
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Aenesidemus: as objeções de G.E. Schulze à leitura de Reinhold da Filosofia Crítica / Aenesidemus: G. E. Schulze\'s objections to Reinholds reading of the Critical PhilosophySilva, Bárbara Assis Vianna da 24 October 2013 (has links)
As principais objeções do Aenesidemus (1792) de Gottlob Ernst Schulze (1761-1833) à filosofia kantiana segundo a Filosofia elementar de Reinhold sinalizam duas tendências. Por um lado, servindo-se de argumentos que recusam a proposição suprema proposta por K. L. Reinhold (1757-1823) apontam para o esgotamento de investigações relativas ao âmbito puramente teórico em filosofia, mais especificamente, o da busca por um primeiro princípio universal em filosofia. Por outro lado, dão ensejo à solução dialética no iminente idealismo alemão, através da leitura que J. G. Fichte (1762-1814) faz das objeções, partindo então para a construção da Doutrina da ciência. É com a dialética, elemento central neste novo período, que Fichte irá propor o que entende ser o primeiro princípio capaz de fundamentar a filosofia como saber do saber. Mais que uma proposição teórica, este princípio será o Eu absoluto. / In its main objections to the Kantian philosophy as presented by K. L. Reinhold\'s Elementary Philosophy, G. E. Schulze\'s (1761-1833) Aenesidemus (1792) brings two different tendencies to the fore. On the one hand, by relying on arguments which refuse the supreme proposition as proposed by Reinhold (1757-1823), they signal the exhaustion of investigations regarding the purely theoretical side of philosophy - more specifically the one concerning the search for a first universal principle. On the other hand, they prepare the context for the dialectic solution by rising German idealism, namely through J. G. Fichte\'s (1762-1814) reading of those objections as he moves on to the construction of his Doctrine of Science. It is with his dialectic, a key element of this new period, that Fichte will propose what he takes to be the first principle capable of grounding philosophy as the \"knowledge of knowledge\". More than a theoretical proposition, this principle will be the absolute I.
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O conceito de natureza em Schelling: um estudo sobre os escritos de 1797-1799 / The concept of nature in Schelling: a study on the 1797-1799 writingsLopes, Adriana Alves de Lima January 2007 (has links)
LOPES, Adriana Alves de Lima. O conceito de natureza em Schelling: um estudo sobre os escritos de 1797-1799. 2007. 110f. – Dissertação (Mestrado) – Universidade Federal do Ceará, Programa de Pós-graduação em Filosofia, Fortaleza (CE), 2007. / Submitted by Márcia Araújo (marcia_m_bezerra@yahoo.com.br) on 2013-11-05T16:45:56Z
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Previous issue date: 2007 / Este trabalho visa analisar a concepção de natureza de Schelling a partir de seus escritos iniciais para mostrar que, à luz do jovem Schelling, a Filosofia da Natureza surge como um avanço da teoria de Fichte (que reduz a natureza ao Não-eu) numa dinamicidade da própria natureza. Mas, por outro lado, surge também como um resgate desta postura que assume um Eu absoluto e incondicionado como fundamento de todo saber racional. A partir desta relação originária entre Eu e Não-eu, Schelling elabora a idéia de uma natureza enquanto produtividade livre, orientada por uma atividade originária e incondicionada. Desse modo, sua Filosofia da Natureza surge como física especulativa, onde se faz necessário considerar não apenas os seus produtos, mas também sua produtividade; logo, há na natureza uma organização, de onde se deduz que tudo o que é comprovado na experiência é fruto de um princípio constitutivo da própria natureza, e não simplesmente por princípios regulativos (como pensara Kant). Portanto, para além de uma metafísica da natureza de Kant, Schelling a concebe como unidade objetiva de matéria e forma.
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Aenesidemus: as objeções de G.E. Schulze à leitura de Reinhold da Filosofia Crítica / Aenesidemus: G. E. Schulze\'s objections to Reinholds reading of the Critical PhilosophyBárbara Assis Vianna da Silva 24 October 2013 (has links)
As principais objeções do Aenesidemus (1792) de Gottlob Ernst Schulze (1761-1833) à filosofia kantiana segundo a Filosofia elementar de Reinhold sinalizam duas tendências. Por um lado, servindo-se de argumentos que recusam a proposição suprema proposta por K. L. Reinhold (1757-1823) apontam para o esgotamento de investigações relativas ao âmbito puramente teórico em filosofia, mais especificamente, o da busca por um primeiro princípio universal em filosofia. Por outro lado, dão ensejo à solução dialética no iminente idealismo alemão, através da leitura que J. G. Fichte (1762-1814) faz das objeções, partindo então para a construção da Doutrina da ciência. É com a dialética, elemento central neste novo período, que Fichte irá propor o que entende ser o primeiro princípio capaz de fundamentar a filosofia como saber do saber. Mais que uma proposição teórica, este princípio será o Eu absoluto. / In its main objections to the Kantian philosophy as presented by K. L. Reinhold\'s Elementary Philosophy, G. E. Schulze\'s (1761-1833) Aenesidemus (1792) brings two different tendencies to the fore. On the one hand, by relying on arguments which refuse the supreme proposition as proposed by Reinhold (1757-1823), they signal the exhaustion of investigations regarding the purely theoretical side of philosophy - more specifically the one concerning the search for a first universal principle. On the other hand, they prepare the context for the dialectic solution by rising German idealism, namely through J. G. Fichte\'s (1762-1814) reading of those objections as he moves on to the construction of his Doctrine of Science. It is with his dialectic, a key element of this new period, that Fichte will propose what he takes to be the first principle capable of grounding philosophy as the \"knowledge of knowledge\". More than a theoretical proposition, this principle will be the absolute I.
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