• Refine Query
  • Source
  • Publication year
  • to
  • Language
  • 1
  • Tagged with
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • 1
  • About
  • The Global ETD Search service is a free service for researchers to find electronic theses and dissertations. This service is provided by the Networked Digital Library of Theses and Dissertations.
    Our metadata is collected from universities around the world. If you manage a university/consortium/country archive and want to be added, details can be found on the NDLTD website.
1

Emprego em serviços domésticos e efeitos sobre a saúde

Amorim, Andréa Monteiro de January 2008 (has links)
p. 1-96 / Submitted by Santiago Fabio (fabio.ssantiago@hotmail.com) on 2013-04-25T17:20:17Z No. of bitstreams: 1 44444.pdf: 580194 bytes, checksum: 8f081dd6b776eb6455f585da5ed40787 (MD5) / Approved for entry into archive by Maria Creuza Silva(mariakreuza@yahoo.com.br) on 2013-05-04T17:28:11Z (GMT) No. of bitstreams: 1 44444.pdf: 580194 bytes, checksum: 8f081dd6b776eb6455f585da5ed40787 (MD5) / Made available in DSpace on 2013-05-04T17:28:11Z (GMT). No. of bitstreams: 1 44444.pdf: 580194 bytes, checksum: 8f081dd6b776eb6455f585da5ed40787 (MD5) Previous issue date: 2008 / Introdução: estudos epidemiológicos sobre problemas de saúde auto-referidos por mulheres ocupadas no emprego em serviços domésticos (ESD) ainda são escassos na literatura científica, apesar de, no Brasil, representarem o mais numeroso grupo ocupacional na população feminina. O assédio sexual, apontado como comum entre empregadas em serviços domésticos, ainda não foi estudado com estas trabalhadoras. Estudos revelam que o assédio sexual ocorre em ambientes de trabalho e pode causar diferentes problemas de saúde como os transtornos mentais, baixa auto-estima e o alcoolismo. Outros efeitos à saúde também comuns entre as empregadas em serviços domésticos são os acidentes de trabalho não fatais e sintomas psíquicos. Pesquisas epidemiológicas revelam maior prevalência de sintomas de depressão e ansiedade entre empregadas em serviços domésticos quando comparadas com mulheres com outras ocupações. Já os acidentes de trabalho são um dos mais comuns agravos à saúde causados pelo trabalho no país e importante determinante de incapacidades e mortes. Estudos revelam alta incidência desses acidentes nesse grupo ocupacional, no entanto ainda não há informação sobre a força de ocorrência desse agravo nesta população. Objetivos: os objetivos desta tese foram testar a hipótese de associação positiva entre história de assédio sexual no emprego em serviços domésticos (ESD) e consumo de bebidas alcoólicas, analisado com o consumo abusivo (CAA) e a dependência de bebidas alcoólicas (DA); testar a hipótese de associação entre o ESD e a depressão maior (DM), considerando-se fatores de interação ou de confusão; e estimar a taxa de incidência dos acidentes de trabalho não fatais entre empregadas em serviços domésticos e testar a hipótese de que o ESD é fator de risco para acidentes de trabalho, considerando-se o tratamento de confundidores e modificadores de efeito. Métodos: os três artigos apresentam um desenho transversal de base populacional realizado com todas as mulheres de 10 a 65 anos de idade, no qual dois deles compõem as amostras de estudos realizados com metodologia semelhante, em Salvador e Aracaju. O outro é restrito apenas à população de Salvador. As amostras foram obtidas com o método de conglomerados de área, aleatório, de estágio único, domiciliar, nas respectivas regiões urbanas. Todos os membros familiares foram registrados e os que referiram ter uma atividade remunerada responderam a questionários sobre aspectos sociais, demográficos, ocupacionais e de saúde. Para cada estudo foram definidas diferentes estratégias de análise visando atender aos objetivos propostos em cada artigo. Assim, no Artigo 1, restrito apenas às empregadas em serviços domésticos, a variável independente foi o assédio sexual no local do trabalho, identificado pela pergunta "Alguma vez o seu patrão ou alguém da casa onde você trabalha(va) tomou ‘ousadia’ com você?". Para o desfecho empregou-se o PHQ (SPITZER et al., 1999) para identificar consumidores de bebidas alcoólicas que utiliza critérios da DSM-IV (2002). Foram consideradas na análise as seguintes co-variáveis modificadores de efeito: cor da pele, idade que começou a trabalhar, sente-se infeliz, racismo percebido e falta de apoio social. A idade e o nível educacional foram considerados como potenciais confundidoras da associação principal. No Artigo 2, a variável independente foi o emprego em serviços domésticos. Para o desfecho considerou-se a variável Depressão Maior (DM), definida a partir de um escore calculado com base nas respostas dadas às perguntas do PHQ desenvolvido e validado por Spitzer et al. (1999) instrumento que se baseia nos critérios da DSM-IV, criada pela Associação Americana de Psiquiatria (2002). As seguintes co-variáveis foram examinadas para modificação do efeito da associação principal: idade, estado civil, idade de início no trabalho pago e discriminação racial percebida. Como potenciais confundidoras da associação principal consideraram-se: nível educacional e discriminação no trabalho. Para o Artigo 3, a variável independente também foi o ESD e os acidentes de trabalho não fatais, o desfecho. Estes foram definidos a partir de uma narrativa dos entrevistados e classificados de acordo com Hagberg et al. (1997). Taxas de Incidência (TI) foram estimadas considerando-se no denominador o somatório da medida de pessoa-tempo, calculada em horas de trabalho nos últimos 12 meses. Para tal foi definida 100 FTE (de full time equivalent) que representa o número de trabalhadores em tempo integral. Para estimar associações utilizou-se a Razão da Taxa de Incidência (RTI) calculada a partir da regressão de Poisson. A idade e o nível educacional foram consideradas como potenciais confundidoras da associação principal. A cor da pele, a idade que começou a trabalhar, o tempo de experiência na ocupação, sentir-se infeliz, sentir-se sem saúde e o CAA foram consideradas como potenciais modificadoras de efeito. Estes últimos foram identificados em todos os estudos pelo Teste da Razão da Máxima Verossimilhança. Resultados: No Artigo 1 foram identificadas 454 empregadas em serviços domésticos. A proporção de assédio sexual referido foi de 5,5%. O consumo abusivo de álcool foi estimado em 23,8% e a dependência do álcool em 6,0%. Mulheres que referiram assédio sexual tinham maior prevalência de consumo de bebidas alcoólicas (RP=2,1; IC 95% 1,48 – 3,11), e dependência do álcool (RP=3,9; IC95% 1,86 – 8,19) do que as demais trabalhadoras. Não se encontraram evidências de modificação de efeito nem de confundimento. No Artigo 2, a população do estudo foi composta por 1.181 mulheres, sendo 256 empregadas em serviços domésticos e 925 com outras ocupações. A prevalência de DM foi 20,4%. Não houve associação entre o ESD e a DM (RP=1,22; IC 95% 0,92-1,62). Verificou-se que não ser casada modifica o efeito da associação principal (RPajust= 2,63; IC90% 1,16-6,00). A percepção da discriminação racial também modificou o efeito da associação principal, mas não houve significância estatística quando ajustada pelo nível de escolaridade. Esta última foi a única variável de confusão encontrada no estudo. No Artigo 3, a população do estudo compreendeu 2.825 mulheres, sendo 454 empregadas em serviços domésticos (ESD) e 2.371 com outra ocupação. A taxa de incidência de acidentes de trabalho não fatais foi estimada em 6,4/100FTE entre as empregadas em serviços domésticos e de 4,7/100FTE entre as demais trabalhadoras, diferença não estatisticamente significante (RTI=1,37; 0,90–2,08). A associação entre ESD e acidentes de trabalho foi positiva e estatisticamente significante apenas entre as ESD que começaram a trabalhar na faixa etária de 4 a 15 anos (RTI=2,02; IC 95% 1,05–3,90) e quando referiram infelicidade (RTI=2,15; IC 95% 1,12-4,17), sendo esta a única variável modificadora do efeito encontrada. Nenhum fator de confusão foi identificado neste estudo. Conclusão: os achados destes estudos, embora não sejam conclusivos, revelam que: os traumas emocionais que acompanham a violência sexual no trabalho podem acarretar conseqüências sobre o comportamento como o consumo abusivo de drogas e até mesmo a dependência. Evidências disso foram verificadas entre empregadas domésticas, especificamente para o álcool. Além disso, apesar da ausência de associação entre o ESD e a depressão maior (DM) há uma grande necessidade de novas pesquisas, principalmente com abordagem longitudinal, que possam esclarecer a relação entre a depressão e a percepção de discriminação racial, e o papel que esta tem para a associação entre o emprego em serviços domésticos e sofrimento psíquico. Ademais, a maior taxa de acidentes de trabalho entre as ESD que referiram o sentimento de infelicidade indica que a depressão ou sintomas depressivos são relevantes para a ocorrência ou percepção destes acidentes, achado importante ao se considerar que sintomas depressivos são comuns entre as empregadas em serviços domésticos. Assim, nota-se que o papel da depressão e dos sintomas depressivos devem ser avaliados tanto para o esclarecimento de sua relação com o ESD, quanto com os acidentes de trabalho entre mulheres nesta ocupação. Serviços de saúde e sindicatos devem disseminar os perigos do assédio sexual e suas conseqüências para a saúde psíquica e programas de proteção dessas trabalhadoras devem enfocar o controle do assédio sexual e a punição de perpetradores. Deve-se ainda rever as políticas de proteção dos acidentes de trabalho, sinalizando para a importância do bem estar como condição de vulnerabilidade para esses agravos. / Salvador

Page generated in 0.143 seconds