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Uso de dispositivos eletrônicos e padrões do ciclo vigília/sono de crianças e adolescentes urbanos

Anacleto, Tâmile Stella January 2017 (has links)
Orientador : Prof. Dr. Fernando M. Louzada / Co-orientador : Prof. Dr. Érico P. G. Felden / Tese (doutorado) - Universidade Federal do Paraná, Setor de Ciências Biológicas, Programa de Pós-Graduação em Biologia Celular e Molecular. Defesa: Curitiba, 22/03/2017 / Inclui referências : f. 136-145 / Resumo: Pesquisas em todo o mundo têm indicado a ampliação do acesso a dispositivos eletrônicos por crianças e adolescentes, sendo que o hábito de uso de dispositivos eletrônicos tem se tornado parte da rotina diária dos sujeitos nessa faixa etária, inclusive próximo à hora de dormir e durante despertares noturnos. Diversos estudos encontraram associações entre o uso de dispositivos eletrônicos e prejuízos dos padrões de sono de crianças e adolescentes. No entanto, em função da falta de resultados conclusivos sobre o tema, da escassez desse tipo de estudos no Brasil e do avanço tecnológico contínuo, desenvolveu-se o presente estudo. Os dados de uso de dispositivos eletrônicos e de padrões de sono de 2.340 estudantes de 18 escolas estaduais do município de Curitiba, com idades entre 10 e 18 anos foram obtidos por meio de questionários aplicados em sala de aula. Os padrões de sono, de posse e uso de dispositivos eletrônicos e as associações entre esses padrões foram avaliados. Entre os voluntários de nossa amostra total, 89,9% possuíam celular pessoal, 91,3% possuíam acesso à internet em casa e 67,5% possuíam hábito de assistir televisão ou de utilizar o celular ou computador antes de dormir. Os estudantes de ambos os turnos escolares que faziam uso de algum tipo de dispositivo eletrônico antes de dormir apresentavam atrasos dos horários de dormir e acordar, menor tempo na cama, maior sonolência diurna e pior qualidade de sono quando comparados aos sujeitos que não os utilizavam. Dentre os usuários de dispositivos eletrônicos, observou-se que sujeitos que utilizavam o celular antes de dormir apresentavam maior pontuação na escala pediátrica de sonolência diurna (PDSS) e 3,6 vezes mais chances (IC 95%:1,87-7,05) de retomada do uso do celular durante despertares noturnos do que os usuários de outros dispositivos. Por meio de análises de regressão logística binária observou-se que fatores como turno escolar, faixa etária, e status de peso associaram-se à redução do tempo na cama dos sujeitos, enquanto sexo e atividade física associaram-se à ocorrência de sonolência diurna. Assim, é possível afirmar que o uso de dispositivos eletrônicos antes de dormir está relacionado a prejuízos aos padrões de sono de crianças e adolescentes urbanos. Além disso, o uso de aparelhos celulares antes do horário de deitar está associado à retomada do uso desse dispositivo eletrônico durante despertares noturnos e à maior sonolência diurna do que a observada entre usuários de outros dispositivos eletrônicos. Por fim, outros fatores, além do uso de dispositivos eletrônicos, devem ser observados em razão da sua associação com os padrões de sono, sonolência diurna e qualidade de sono de crianças e adolescentes. Palavras-chave: Ciclo vigília/sono. Sonolência diurna. Dispositivos eletrônicos. Crianças. Adolescentes. / Abstract: Researchs around the world have indicated the expansion of access to electronic devices by children and adolescentes. The habit of using electronic devices has become part of the daily routine of subjects in this age group, including around bedtime and during nocturnal awakenings. Several studies have found associations between the use of electronic devices and impairment of sleep patterns in children and adolescents. However, due to the lack of conclusive results, the scarcity of this type of studies in Brazil and the continuous technological advance, the present study was developed. Data from electronic device use and sleep patterns from 2,340 students from 18 public schools in the city of Curitiba, aged between 10 and 18 years old were obtained through questionnaires filled out in class. The patterns of sleep, ownership and use of electronic devices and the associations between these patterns were evaluated. Of the total number of volunteers in our sample, 89.9% had a personal cell phone, 91.3% had internet access at home, and 67.5% had a habit of watching television or using a cell phone or computer before sleep. Students in both school schedules who used some type of electronic device before bedtime had delays in sleeping and waking hours, shorter bedtime, greater daytime sleepiness, and poor sleep quality when compared to subjects who did not use them. Children and adolescents using cell phones before bedtime scored higher on the pediatric daytime sleepiness scale (PDSS) and presented a 3.6 greater chance of resuming cell phone use during nocturnal arousals (CI 95%: 1.87-7.05) when compared to users of other electronic devices. By means of binary logistic regression analysis, factors such as school schedule, age group, and weight status were associated with a reduction in the bedtime of the subjects, while sex and physical activity were associated with the occurrence of daytime sleepiness. Thus, it is possible to affirm that the use of electronic devices before sleeping is related to impairments to sleep patterns of urban children and adolescents. In addition, the use of cell phones before bedtime is associated with the resumption of use of this electronic device during nocturnal awakenings and greater daytime sleepiness than that observed among users of other electronic devices. Finally, other factors besides the use of electronic devices should be observed because of their association with sleep patterns, daytime sleepiness and sleep quality of children and adolescents. Key-words: Sleep/wake cycle. Daytime sleepiness. Electronic devices. Children. Adolescents.
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O sono na adolescência: Como o professor, o aluno e sua família lidam com ele?

Lima, Maria de Lourdes Alves de 20 October 2006 (has links)
Made available in DSpace on 2016-04-28T20:57:09Z (GMT). No. of bitstreams: 1 PED - Maria de Lourdes Alves de Lima.pdf: 466116 bytes, checksum: 1e10647438bd1d9f76c61032827e38de (MD5) Previous issue date: 2006-10-20 / Secretaria da Educação do Estado de São Paulo / This research aimed to analyze how secondary teachers deal with the sleepiness of their adolescents students, when it occurs in classroom. In order to do so, the review of the literature focused on authors who studied sleepiness at school and, also, those who adopted, in studying human development, either a social-historical theoretical framework or an inatista one: Wallon, Vygotski and Gesell. The first two authors believed, as the researcher do, that man is, at birth, only a candidate to humanity, needing to become human through interactions with its social and physics environment. The method employed interviews (during the morning period) with two teachers of a public school situated at east side of São Paulo, one of their students and her mother. Observations of the dynamic of the classroom and of the way teachers deal with pupil s sleepiness were also done. The results showed that there is permissiveness in treating this aspect and, also, that the teachers did not articulate school environment and the learning that takes place in it. The conclusions pointed out that it is necessary to discuss sleepiness at classroom, either during the time reserved for teachers collective work or during initial teachers formation, since sleep/vigil rhythm, without being noticed, interferes in students learning, during classes / Esta pesquisa buscou analisar como professores de Ensino Médio lidam com o sono de alunos adolescentes, em sala de aula. Para tanto, a revisão da literatura centrou-se em autores que pesquisam o sono e, também, naqueles que analisam o desenvolvimento humano com base tanto na perspectiva sócio-histórica como na inatista em Psicologia: Gesell, Wallon e Vygotski. Os dois últimos acreditam, como a pesquisadora, que o homem, ao nascer, faz tão somente parte da espécie humana; para torna-se humano , é preciso apropriar-se da cultura acumulada pela espécie, algo que só acontece na e pela interação com o meio físico, social e cultural. Do ponto de vista do método, foram feitas, no período da manhã, entrevistas com duas professoras e uma aluna de uma escola pública estadual da Zona leste de São Paulo, bem como com a mãe da estudante. Foram também realizadas observações durante as primeiras e as últimas aulas do dia da aluna, as quais eram ministradas pelas professoras que foram entrevistadas. O objetivo, aqui, era o de apreender tanto a dinâmica da sala de aula como a forma por meio da qual lidavam com o sono da aluna selecionada. Os resultados mostraram que há permissividade em relação a esse aspecto e, ainda, que as docentes fazem poucas articulações entre o ambiente escolar e a aprendizagem que nele tem lugar. Concluiu-se apontando a necessidade de haver, nos horários coletivos de trabalho dos docentes, mais discussões sobre o sono em sala de aula. Sugeriu-se, igualmente, que o ritmo biológico sono/vigília seja incorporado ao currículo dos cursos de formação inicial docente, uma vez que o primeiro interfere, sem que os professores se dêem conta, na aprendizagem dos alunos, durante as aulas ministradas

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