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Conflito familiar, vida urbana e estigmatização na África Proconsularis: o caso de Apuleio de Madaura (século II d.C.)

LIMA NETO, B. M. 26 June 2015 (has links)
Made available in DSpace on 2016-08-29T15:07:38Z (GMT). No. of bitstreams: 1 tese_8789_Tese Belchior Monteiro Lima Neto20150721-153137.pdf: 4540321 bytes, checksum: 223f840beac87e483c7fceb54e52a073 (MD5) Previous issue date: 2015-06-26 / Na sociedade romana, o matrimônio era um meio de consolidação de alianças familiares, atendendo, muitas vezes, a conveniências políticas, econômicas e sociais, como no caso do casamento de Apuleio com Emília Pudentila, em Oea. Unindo-se a Apuleio, Pudentila usufruiria da amicitia do autor com personagens importantes da sociedade imperial, abrindo possibilidades de ascensão social para seu filho mais velho, Sicínio Ponciano. O casamento de Apuleio com Pudentila, contudo, representou um novo paradigma de relações político-matrimoniais em Oea, rompendo uma aliança ancestral entre duas das mais importantes famílias locais: os Aemilii e os Sicinii. Como consequência, parte da elite oeaense se opôs à presença de Apuleio na cidade, disseminando boatos que o estigmatizavam como magus e homo extrarius, fato que denotava, em última instância, um processo de degradação da honra do autor perante a opinião pública de Oea. Frente a este cenário, Apuleio foi julgado por crimen magiae diante do tribunal do governador da África Proconsular, instalado na basílica de Sabrata, cidade vizinha de Oea. A despeito do perigo de poder ser punido com a pena capital, Apuleio concebia seu julgamento como uma arena pública de absolvição de sua honra, uma vez que, da basílica de Sabrata, seu discurso de defesa poderia reverberar e influenciar aqueles que o tinham como mago. Para tanto, Apuleio baseou seu discurso numa lógica de construção de identidades, investindo numa retórica de diferenciação. O autor distinguiu-se de seus adversários por intermédio de uma representação excelsa de si, como filósofo platônico possuidor da paideia, ao mesmo tempo que representava os seus acusadores como ignorantes e rústicos; quer dizer, como incapazes de diferenciar filósofos de magos. Esta estratégia apresentou-se bem-sucedida, como demonstra a distinção pública posteriormente gozada por Apuleio em Cartago, onde o autor foi homenageado com a construção de uma estátua e se consagrou como orador público e magistrado. O estigma e a posterior recuperação da honra de Apuleio evidenciam, em nossa percepção, a forma como as diferentes representações podem ser construídas de acordo com o modo como os vários grupos sociais produzem suas distintas interpretações muitas vezes concorrentes e diferenciadas do mundo. Em suma, as problemáticas analisadas nesta tese esclarecem os múltiplos processos pelos quais as identidades são diferentemente definidas.
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Felicitas Imperii: The Roman African Modes of Antonine Dynastic Commemoration in African Proconsularis (138-192 A.D.)

Gordon, Jody Michael 31 March 2004 (has links)
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Mourir enfant en Afrique romaine : gestes, pratiques et rituels : Afrique Proconsulaire, Numidie et Mauritanie Césarienne, Ier-IIIe siècle de notre ère

De Larminat, Solenn 06 December 2011 (has links)
L’objectif de cette étude est de caractériser les gestes, les pratiques et les rituels entourant la mort des enfants dans les provinces romaines d’Afrique Proconsulaire, de Numidie et de Maurétanie césarienne aux trois premiers siècles de notre ère. La documentation disponible provient de nombreuses publications de nécropoles, plus ou moins bien documentées en fonction de la date des fouilles, et de la nécropole de Pupput (Hammamet) qui offre pour la première fois un corpus suffisamment important pour être statistiquement crédible. En raison de leur disparité, les données sont présentées sous différents catalogues mais elles sont en revanche analysées simultanément lorsqu’elles renseignaient la même séquence des funérailles. Il a été opté d’étudier dans un premier temps la gestion des corps, de l’emplacement de la sépulture à sa fermeture, puis dans un second temps, les rituels réalisés dans et autour de la sépulture. Le postulat de départ est que les différentes pratiques funéraires adoptées par les familles responsables de l’enterrement de leurs enfants dépendaient d’un certain nombre de facteurs. Parmi eux, l’âge des enfants qui déterminait en grande partie le statut du défunt a été mis en évidence. D’après les données archéo-anthropologiques étudiées, les âges de 6 mois, 3 ans et 7 ans marquaient des étapes importantes dans la socialisation de l’enfant dans sa famille et la société africaine. / The aim of this study is to characterize the gestures, practices and rituals about the children’s death in the Roman provinces of Africa Proconsularis, Numidia and Mauretania cesarean in the first three centuries AD. The available documentation is divided between numerous publications of cemeteries, more or less well documented depending on the date of excavation, and unpublished literature of the necropolis of Pupput (Hammamet), which provides for the first time a corpus large enough to be statistically credible. Because of their differences, the data are presented in various catalogs but analyzed simultaneously when associated to the same funeral sequence. At first, it was decided to study how corpses were managed from the localization of burial to its closure, then in a second time, the rituals performed in and around the grave. The initial postulate is that different burial practices adopted by families in charge of the funeral of their children depended on a number of factors. Among them, the children's age that determined the status of the deceased has been identified. According to archaeological and anthropological data studied, the ages of 6 months, 3 years and 7 years marked important steps in the socialization of the child in his family and the African society.

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