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AnÃlise de sobrevida de pacientes renais crÃnicos em hemodiÃlise / Survival Analysis of Chronic Renal Patients in HemodialysisFernanda das GraÃas Costa Melo 04 July 2006 (has links)
FundaÃÃo de Amparo à Pesquisa do Estado do Cearà / O elevado nÃmero de pacientes renais crÃnicos em hemodiÃlise no Brasil e a escassez de dados acerca de sua sobrevida justificam a necessidade da realizaÃÃo de estudos nesse campo. Conhecer o perfil de morbidades dessa populaÃÃo e verificar as taxas de sobrevivÃncia desses indivÃduos. Estudo observacional longitudinal retrospectivo, de seguimento de pacientes renais crÃnicos em hemodiÃlise por mais de trÃs meses, em cinco unidades de diÃlise de Fortaleza (CE). Pacientes de 18-88 anos de idade foram incluÃdos no estudo no perÃodo de janeiro/1998 a dezembro/2000 e acompanhados atà dezembro/2004. Os dados foram obtidos mediante registros em arquivos nos respectivos centros de tratamento, atravÃs de formulÃrio padronizado com informaÃÃes acerca de dados sÃcio-demogrÃficos, histÃria clÃnica, uso de medicamentos e parÃmetros laboratoriais. Na anÃlise estatÃstica foram utilizados o teste exato de Fisher, Student (t) e Wilcoxon; considerando-se o nÃvel de significÃncia p < 0,05. As curvas de sobrevida foram construÃdas pelo mÃtodo de Kaplan-meier e com teste de diferenÃa por log rank. Foram acompanhados 239 pacientes com uma mÃdia de idade de 45  16,6 anos; a maioria pertencia ao sexo masculino e era casada (56,9% e 54,0%, respectivamente). Os principais diagnÃsticos de base da doenÃa renal crÃnica em fase terminal foram: o diabetes mellitus, a hipertensÃo arterial, as glomerulonefrites e as causas indeterminadas (19,7%, 19,2%, 13,4% e 28,0%). Dentre as comorbidades, as mais freqÃentes foram: hipertensÃo arterial (64,0%), infecÃÃes (55,2%), diabetes mellitus (20,1%) e doenÃa cardÃaca (20,1%). Ao tÃrmino do estudo, 49 pacientes foram a Ãbito (20,5%). Os medicamentos mais utilizados foram os relacionados ao sistema cardiovascular (50,3%), sendo os agentes com aÃÃo no sistema renina-angiontensina (21,8%) e outros anti-hipertensivos (10,0%) os mais usados. Dos pacientes acompanhados, 81,2% usaram ferro endovenoso e 89,1%, eritropoetina recombinante humana. A sobrevida atuarial foi de 94,3%, 88,9%, 84,4%, 78,7% e 75,5%, aos 12, 24, 36, 48 e 60 meses, respectivamente. Os pacientes diabÃticos apresentaram sobrevida significantemente inferior aos nÃo-diabÃticos (p<0,001). Pacientes brancos (p=0,004), aqueles com mais de 60 anos (p<0,001) e, os que usaram uma dose de ferro inferior a 8000mg (p=0,002) tambÃm apresentaram sobrevida significantemente menor.
A sobrevida atuarial foi de 94,3%, 88,9%, 84,4%, 78,7% e 75,5%, aos 12, 24, 36, 48 e 60 meses, respectivamente.
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