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Tratamento neonatal com agonista 5-HT1A: repercussões sobre o desenvolvimento da atividade locomotora em ratosda Silva Aragão, Raquel 31 January 2009 (has links)
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Previous issue date: 2009 / A locomoção é uma importante função para os seres vivos. Alterações ambientais que
ocorram durante o período crítico do desenvolvimento podem promover mudanças no
desenvolvimento da atividade locomotora, trazendo prejuízos para o indivíduo. Trabalhos que
utilizam a análise automática de comportamentos são de grande importância para o estudo da
locomoção. Dentre os sistemas que podem influenciar o desenvolvimento da atividade
locomotora, encontra-se o sistema serotoninérgico. Sugere-se que sua atuação seja
intermediada via receptores 5-HT1A. Esta dissertação teve como objetivo estudar as
repercussões da manipulação farmacológica, crônica ou aguda, com agonista parcial 5-HT1A,
sobre a atividade locomotora em ratos. No primeiro estudo, foi desenvolvido um sistema
automático de análise da atividade locomotora de pequenos animais, avaliados em um campo
aberto. Este sistema permite estudar a atividade locomotora e evidenciar se estimulações
ambientais adversas podem promover alterações no padrão de locomoção. Deste sistema, são
extraídos parâmetros de distância percorrida, velocidade média, potência média, tempo de
imobilidade, número de paradas, tempo de permanência nas áreas do campo e relação tempo
de imobilidade/número de parada. Sua validação ocorreu a partir a análise do
desenvolvimento da locomoção em ratos normais. Foram utilizados 19 ratos Wistar machos,
avaliados no 8º, 14º, 17º, 21º, 30º e 60º dia pós-natal, durante 2 minutos. O sistema mostrouse
capaz de extrair eficazmente os parâmetros desejados. Dessa forma, foi possível observar
modificações no padrão de locomoção dos animais, devido ao seu desenvolvimento. No
segundo estudo, buspirona foi administrada cronicamente, 1º ao 21º dia de vida pós-natal, via
subcutânea, nas doses de 2,5 (n=13), 5 (n=13) e 10 (n=13) mg/Kg, em ratos. Nos animais
controle, foi administrada salina (n=14). Foram utilizados 53 ratos Wistar machos. O sistema
utilizado, as idades e parâmetros avaliados foram os mesmos do primeiro estudo. O
tratamento neonatal reduziu a potência média, aos 60 dias, em todas as doses utilizadas.
Também alterou a evolução da característica de número de paradas e relação tempo de
imobilidade/número de parada, nas doses mais baixas, durante o desenvolvimento. Nos
mesmos animais, submetidos à manipulação neonatal, foi realizada aplicação aguda de
buspirona (5mg/Kg), aos 70 dias, e, 30 minutos após a administração, a locomoção avaliada
durante 10 minutos. Em todos os animais, ocorreu diminuição da atividade locomotora,
indicando um possível efeito sedativo da droga. Notavelmente, observou-se redução da
distância percorrida e do número de paradas, e aumento no tempo de imobilidade. Entretanto,
o grupo que recebeu a dose mais alta de buspirona durante o aleitamento, a redução da
distância percorrida foi menor. Em resumo, a manipulação neonatal com buspirona altera
alguns parâmetros da atividade locomotora. A administração aguda de buspirona ocasiona
redução da locomoção. Porém, em menor intensidade nos animais tratados com a maior dose
do fármaco, durante o aleitamento, sugerindo ocorrência do fenômeno da programação
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