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Influência do controle vagal na resistência vascular pulmonar e desvio intracardíaco em Crotalus durissus (Squamata: Viperidae) /

Filogonio, Renato. January 2012 (has links)
Orientador: Augusto Shinya Abe / Coorientador: Cleo Alcantara Costa Leite / Banca: José Eduardo de Carvalho / Banca: Luiz Henrique Florindo / Resumo: Em répteis não crocodilianos, o ventrículo parcialmente dividido permite que o sangue venoso pobre em oxigênio recircule no circuito sistêmico, configurando um desvio sanguíneo intracardíaco ("shunt") da direita para a esquerda (DSIc D-E), ou que o sangue arterial rico em oxigênio retorne ao circuito pulmonar, configurando um desvio sanguíneo intracardíaco da esquerda para a direita (DSIc E-D). Teoricamente, se o DSIc apresentar alguma vantagem adaptativa, seria controlado, ao invés de uma mera consequência passiva do sistema circulatório às mudanças das resistências vasculares. O nervo vago inerva o tronco pulmonar e possui influência no controle da resistência do circuito pulmonar. Assim, o aumento ou diminuição desta resistência poderia definir a direção do desvio sanguíneo resultante. Neste estudo foi postulada a hipótese de que a ausência do tônus vagal causaria mudanças no controle do DSIc em animais submetidos a variações na temperatura e na atividade. Para tanto, foram comparados dois grupos de cascavéis, Crotalus durissus, com nervo vago intacto ou seccionado, submetidas às mesmas condições de temperatura e de atividade. Os parâmetros hemodinâmicos foram aferidos através de canulação oclusiva. De forma geral, o aumento da temperatura e da atividade aumentaram a frequência cardíaca (fH), débito cardíaco (DC), fluxo sanguíneo pulmonar (Qpul) e fluxo sanguíneo sistêmico (Qsis), embora apenas a atividade tenha feito com que as serpentes desenvolvessem um DSIc E-D como resposta ao aumento da demanda de O2 nos tecidos. A atividade também foi responsável pelo aumento das pressões arteriais média sistêmica e pulmonar. A vagotomia unilateral também causa aumento dos fluxos sanguíneos, embora não afete a fH. A ausência do controle vagal tem maior efeito no controle da resistência... (Resumo completo, clicar acesso eletrônico abaixo) / Abstract: In non crocodilian reptiles, the ventricle is partially divided and allows venous blood, low in oxygen, to recirculate the systemic circuit, which is referred to as a right-to-left shunt (R-L shunt), or the oxygen-rich blood to return to the pulmonary circuit, referred to as a left-to-right shunt (L-R shunt). In theory, if intracardiac shunts provide any adaptive advantage, it would be controlled rather than be a passive consequence of changes in vascular resistances. The vagus nerve innervates the pulmonary trunk and has a role in controlling the resistance of the pulmonary circuit (Rpul). Thus, the control of Rpul could set the direction of the resulting shunt. In this study we hypothesized that the lack of vagal tone causes changes in control of intracardiac shunts in animals subjected to variations in temperature and activity. Therefore, we compared two groups of South American rattlesnakes, Crotalus durissus, with the vagus nerve intact or severed, subjected to the same conditions of temperature and activity. Hemodynamic parameters were measured by occlusive cannulation. Generally, increasing the temperature and the activity increased heart rate (fH), cardiac output (CO), pulmonary blood flow (Qpul) and systemic blood flow (Qsys), although only activity has caused to develop a R-L shunt in response to increased demand for O2 in the tissues. The activity was also responsible for increase in mean systemic and pulmonary arterial pressure. Unilateral vagotomy also increased blood flow, but did not affect fH. The absence of vagal control has more effect in controlling Rpul, causing changes in shunt patterns, especially when the animal was active. Under such condition, the organism seemed to offset the effects on hemodynamic shunt, resulting from changes in systemic resistance, with changes in CO. Thus, CO is elevated until Qpul is at an... (Complete abstract click electronic access below) / Mestre
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Influência do controle vagal na resistência vascular pulmonar e desvio intracardíaco em Crotalus durissus (Squamata: Viperidae)

Filogonio, Renato [UNESP] 01 November 2012 (has links) (PDF)
Made available in DSpace on 2014-06-11T19:30:14Z (GMT). No. of bitstreams: 0 Previous issue date: 2012-11-01Bitstream added on 2014-06-13T19:18:42Z : No. of bitstreams: 1 filogonio_r_me_rcla.pdf: 657959 bytes, checksum: 37b2e2fd5df4b378bb998638fbf738c2 (MD5) / Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) / Em répteis não crocodilianos, o ventrículo parcialmente dividido permite que o sangue venoso pobre em oxigênio recircule no circuito sistêmico, configurando um desvio sanguíneo intracardíaco (“shunt”) da direita para a esquerda (DSIc D-E), ou que o sangue arterial rico em oxigênio retorne ao circuito pulmonar, configurando um desvio sanguíneo intracardíaco da esquerda para a direita (DSIc E-D). Teoricamente, se o DSIc apresentar alguma vantagem adaptativa, seria controlado, ao invés de uma mera consequência passiva do sistema circulatório às mudanças das resistências vasculares. O nervo vago inerva o tronco pulmonar e possui influência no controle da resistência do circuito pulmonar. Assim, o aumento ou diminuição desta resistência poderia definir a direção do desvio sanguíneo resultante. Neste estudo foi postulada a hipótese de que a ausência do tônus vagal causaria mudanças no controle do DSIc em animais submetidos a variações na temperatura e na atividade. Para tanto, foram comparados dois grupos de cascavéis, Crotalus durissus, com nervo vago intacto ou seccionado, submetidas às mesmas condições de temperatura e de atividade. Os parâmetros hemodinâmicos foram aferidos através de canulação oclusiva. De forma geral, o aumento da temperatura e da atividade aumentaram a frequência cardíaca (fH), débito cardíaco (DC), fluxo sanguíneo pulmonar (Qpul) e fluxo sanguíneo sistêmico (Qsis), embora apenas a atividade tenha feito com que as serpentes desenvolvessem um DSIc E-D como resposta ao aumento da demanda de O2 nos tecidos. A atividade também foi responsável pelo aumento das pressões arteriais média sistêmica e pulmonar. A vagotomia unilateral também causa aumento dos fluxos sanguíneos, embora não afete a fH. A ausência do controle vagal tem maior efeito no controle da resistência... / In non crocodilian reptiles, the ventricle is partially divided and allows venous blood, low in oxygen, to recirculate the systemic circuit, which is referred to as a right-to-left shunt (R-L shunt), or the oxygen-rich blood to return to the pulmonary circuit, referred to as a left-to-right shunt (L-R shunt). In theory, if intracardiac shunts provide any adaptive advantage, it would be controlled rather than be a passive consequence of changes in vascular resistances. The vagus nerve innervates the pulmonary trunk and has a role in controlling the resistance of the pulmonary circuit (Rpul). Thus, the control of Rpul could set the direction of the resulting shunt. In this study we hypothesized that the lack of vagal tone causes changes in control of intracardiac shunts in animals subjected to variations in temperature and activity. Therefore, we compared two groups of South American rattlesnakes, Crotalus durissus, with the vagus nerve intact or severed, subjected to the same conditions of temperature and activity. Hemodynamic parameters were measured by occlusive cannulation. Generally, increasing the temperature and the activity increased heart rate (fH), cardiac output (CO), pulmonary blood flow (Qpul) and systemic blood flow (Qsys), although only activity has caused to develop a R-L shunt in response to increased demand for O2 in the tissues. The activity was also responsible for increase in mean systemic and pulmonary arterial pressure. Unilateral vagotomy also increased blood flow, but did not affect fH. The absence of vagal control has more effect in controlling Rpul, causing changes in shunt patterns, especially when the animal was active. Under such condition, the organism seemed to offset the effects on hemodynamic shunt, resulting from changes in systemic resistance, with changes in CO. Thus, CO is elevated until Qpul is at an... (Complete abstract click electronic access below)
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Estresse térmico em cabras Saanen nos períodos seco e chuvoso criadas em clima tropical quente e úmido no Estado do Ceará / Heat stress in Goats Saanen during the dry created in rainy weather and tropical hot and humid in Ceará

Souza, Priscila Teixeira de January 2010 (has links)
SOUZA, Priscila Teixeira de. Estresse térmico em cabras Saanen nos períodos seco e chuvoso criadas em clima tropical quente e úmido no Estado do Ceará. 60 f. : Dissertação (mestrado) - Universidade Federal do Ceará, Centro de Ciências Agrárias, Departamento de Zootecnia, Programa de Pós-Graduação em Zootecnia, Fortaleza-CE, 2010. / Submitted by demia Maia (demiamlm@gmail.com) on 2016-08-12T13:50:24Z No. of bitstreams: 1 2010_dis_ptsouza.pdf: 460141 bytes, checksum: b2cd1ae6cbd7dde232cde4d6345e51a6 (MD5) / Approved for entry into archive by Nádja Goes (nmoraissoares@gmail.com) on 2016-08-12T13:52:02Z (GMT) No. of bitstreams: 1 2010_dis_ptsouza.pdf: 460141 bytes, checksum: b2cd1ae6cbd7dde232cde4d6345e51a6 (MD5) / Made available in DSpace on 2016-08-12T13:52:02Z (GMT). No. of bitstreams: 1 2010_dis_ptsouza.pdf: 460141 bytes, checksum: b2cd1ae6cbd7dde232cde4d6345e51a6 (MD5) Previous issue date: 2010 / This study aimed to evaluate the existence of heat stress in Saanen goats during the dry season and rainy in a hot humid tropical climate in the state of Ceara. For this, we assessed the climatic factors, air temperature (TA) and relative humidity (RH) inside and outside the shed, from 8 to 16 h, used to calculate the index of temperature and humidity (ITU) and as the monitoring of physiological parameters (rectal temperature, surface temperature, respiratory rate and heart rate) of 15 lactating goats twice a week, in the morning (9:00 am) and afternoon (14:00 h). The coefficient of adaptability (CA) was estimated by the test Benezra. The data were submitted to analysis of variance at 5% probability. Correlations between environmental variables and physiological parameters were performed using the method of Pearson (P <0.01). The results showed that the highest values of temperature inside and outside the shed, were recorded during the dry season, when the maximum temperatures (TAmax) and minimum (TAmin) was more out of the shed (FG) that in the shed (DG). In the rainy season, only significant difference at 12 h for TAmax (FG - 30.4 º C; DG - 28.5 º C) and 13 h for TAmin (FG - 29.3; DG - 28.2 º C). For relative humidity (RH) showed a statistical difference (P <0.05) at all times between the periods as the URAmax and URAmin inside and outside the shed, and values are always higher in the rainy season. The ITUmax was higher outside the shed at all times during the dry season, whereas in the rainy season only between 9 and 14 hours. Comparing the periods, ITUmax was higher in the rainy season, significant difference (P <0.05) in the shed between 9 and 12 and out of the shed between 9 and 11. For the average ITUmin, the highest values were also observed in the rainy season. All physiological parameters were higher in the afternoon and in the dry season, except for rectal temperature (RT) which was higher in the rainy season. The ITU estimated at the time of collection of physiological parameters was also higher in the afternoon, but between periods, was higher in the rainy season. The TA and the ITU had the best correlation with rectal temperature (r = 0.501 and r = 0.503, P <0.01) and FR (r = 0.642 and r = 0.578, P <0.01) in the rainy season and the surface temperature (TS) and the udder (TSU) with TA in the dry season (TS - r = 0.873 and TSU - r = 0.840), showing that temperature alone is the environmental factor with greatest impact on animal welfare. All correlations of environmental variables and the heart rate were low. The CA among the goats ranged from 4.5 to 6.0 in the dry season to 4.0 / 5.0 out rainy, and those well above the standard coefficient of adaptability, which equals 2.0. Environmental conditions of this study concluded that regardless of the period of the year, Saanen goats are exposed to a hostile environment, and the rainy season is the propitious period to cause heat stress, with higher rates of UTI and consequently high rectal temperature / Este trabalho teve o objetivo de avaliar a existência de estresse térmico em cabras Saanen, nos períodos seco e chuvoso, criadas em clima tropical quente e úmido no estado do Ceará. Para tanto, foram avaliados os elementos climáticos, temperatura do ar (TA) e umidade relativa do ar (URA), dentro e fora do galpão, das 8 às 16 h, utilizados no cálculo do índice de temperatura e umidade (ITU), bem como o acompanhamento dos parâmetros fisiológicos (temperatura retal, temperatura superficial, frequência respiratória e frequência cardíaca) de 15 cabras lactantes, duas vezes por semana, nos turnos da manhã (9:00 h) e da tarde (14:00 h). O coeficiente de adaptabilidade (CA) foi estimado a partir do teste de Benezra. Os dados foram submetidos a analise de variância a 5% de probabilidade. Correlações entre as variáveis ambientais e os parâmetros fisiológicos foram realizadas através do método de Pearson (P<0,01). Os resultados mostraram que os maiores valores de temperatura ambiente, dentro e fora do galpão, foram registrados no período seco, quando as temperaturas máximas (TAmax) e mínimas (TAmin) foram maiores fora do galpão (FG) que dentro do galpão (DG). Já no período chuvoso, só houve diferença significativa às 12 h para a TAmax (FG – 30,4ºC; DG – 28,5ºC) e às 13 h para a TAmin (FG – 29,3; DG – 28,2ºC). Para umidade relativa do ar (URA) constatou-se diferença estatística (P<0,05) em todos os horários entre os períodos quanto a URAmax e URAmin, dentro e fora do galpão, sendo os valores sempre maiores no período chuvoso. O ITUmax foi mais elevado fora do galpão em todos os horários no período seco, enquanto que no período chuvoso somente entre 9 e 14 horas. Ao se comparar os períodos, o ITUmax foi maior no período chuvoso, havendo diferença significativa (P<0,05) dentro do galpão entre 9 e 12 horas e fora do galpão entre 9 e 11 horas. Para as médias de ITUmin, os maiores valores também foram observados no período chuvoso. Todos os parâmetros fisiológicos foram mais elevados à tarde e no período seco, exceto a temperatura retal (TR) que foi maior no período chuvoso. O ITU calculado no momento da coleta dos parâmetros fisiológicos, também foi maior no turno da tarde, contudo entre os períodos, foi mais elevado no período chuvoso. A TA e o ITU apresentou maior correlação com a temperatura retal (r = 0,501 e r = 0,503; P<0,01) e FR (r = 0,642 e r = 0,578; P<0,01) no período chuvoso e a temperatura superficial (TS) e do úbere (TSU) com a TA no período seco (TS - r = 0,873 e TSU - r = 0,840), mostrando que a temperatura ambiente é, isoladamente, o fator ambiental de maior impacto sobre o bem estar animal. Todas as correlações das variáveis ambientais com a freqüência cardíaca foram baixas. O CA entre as cabras variou de 4,5 a 6,0 no período seco e de 4,0 a 5,0 no período chuvoso, estando esses valores bem acima do coeficiente padrão de adaptabilidade, cujo valor é 2,0. Nas condições ambientais do presente estudo, conclui-se que independente do período do ano, as cabras Saanen estão sujeitas a um ambiente hostil, sendo o período chuvoso o mais propício a causar estresse térmico, apresentando os maiores valores de ITU e, consequentemente, de temperatura retal.

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